A manchete da Folha de São Paulo desta sexta-feira é mais um indicador do desespero do governo do PT do que uma solução para o descalabro da economia que ameaça do Plano Real, a única coisa conseqüente alcançada até hoje na história da República. O pacotão é justificado pela desordem econômica que já fez reaparecer a inflação, coisa que já é desconhecida por uma geração de brasileiros, pelos menos. Sim, pretende o governo baixar a contribuição das empresas para o INSS, enquanto a contribuição dos trabalhadores em folha continua a mesma.
Do jeito que a coisa está sendo apresentada é uma temeridade, principalmente porque permanece incólume a roubalheira existente no governo, o esbanjamento dos recursos públicos, os cartões corporativos secretos e o empreguismo enlouquecido que pretende acomodar e satisfazer a corriola de uma miríade de partidos nanicos atrelados ao PT.
Apos este prólogo transcrevo a matéria da Folha de São Paulo que consiste num press-release ordinário e assinado por um tal de Valdo Cruz e depois um texto que analisa mal e porcamente essa proposta descabida, e é assinado por um tal de Gustavo Patu, enquanto de forma subreptícia já se anuncia a probabilidade de criação de um novo imposto para cobrir o evidente rombo no INSS que tal medida acarretará.
É claro que a carga tributária brasileira é altíssima e a brutal arrecadação do governo some pelo ralo da sacanagem e da patifaria. Há necessidade de diminuir essa carga de impostos? Há sim, porém antes disso é imperiosa a realização de uma assepsia financeira que implica a erradicação da roubalheira e do empreguismo estatal, da partidarização da administração pública que vem sendo impiedosamente aparelhada por cupinchas do PT.
O pacotão da Dilma é, por isso, uma excrescência, uma malandragem com a qual certamente o PT salda a sua "dívida" com o empresariado sabujo que não sabe viver sem o Estado cartorial e que financiou boa parte campanha presidencial mais corrupta da história do Brasil quando a máquina pública foi usada de forma desbusada e afrontosa para eleger um poste.
Da forma como esse pacotão vem à luz fica muito claro que se trata da mais pura lavagem de dinheiro!
A Oposição tem o dever de se pronunciar imediatamente ao ler as últimas linhas deste meu comentário.
Transcrevo na íntegra a reportagem da Folha seguida da dita análise do próprio jornal. Leiam:
A presidente Dilma Rousseff proporá uma redução escalonada na tributação sobre a folha de pagamento, com um corte inicial de pelo menos dois pontos percentuais na alíquota de contribuição previdenciária das empresas, hoje de 20%.
Nos anos seguintes à aprovação dessas medidas, a ideia é fazer outros cortes, que também podem continuar sendo de dois pontos, até que a contribuição patronal ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) fique em 14%.
A medida beneficiaria imediatamente as empresas por meio da redução de custos com a folha de pagamento. Os trabalhadores devem ser beneficiados indiretamente a médio prazo, já que um dos efeitos esperados pelo governo é o aumento da contratação de trabalhadores com carteira assinada.
A expectativa mais otimista no governo é que, com a redução dos encargos trabalhistas, o mercado formal -hoje estimado em 52%- alcance o patamar de 60% apenas nos primeiros 12 meses de redução da alíquota.
PROPOSTA
Essa é a principal proposta em estudo pela equipe responsável por elaborar projetos pontuais de reforma tributária, que a presidente quer enviar ao Congresso ainda em fevereiro, logo depois da abertura dos trabalhos legislativos.
A medida já vinha sendo estudada pela equipe do ministro Guido Mantega (Fazenda), que pretende incluir ainda algum tipo de compensação à Previdência Social pela perda de arrecadação no primeiro momento com o corte na contribuição previdenciária das empresas.
O projeto ainda não está fechado. Há quem defenda, por exemplo, que a alíquota caia no médio prazo para 12% ou 10% ao longo de três ou seis anos, mas está praticamente definido que no primeiro ano ela seria reduzida em dois pontos percentuais.
A equipe da Previdência Social preferia uma redução menor, de um ponto percentual a cada ano na contribuição, temendo efeitos sobre o financiamento das aposentadorias do setor privado.
Assessores de Dilma argumentam, porém, que para atingir os efeitos desejados de redução dos custos das empresas e torná-las mais competitivas é preciso fazer, de saída, um corte de pelo menos dois pontos percentuais na alíquota.
COMPETIÇÃO
Preocupada com o aumento da competição de empresas estrangeiras por conta do dólar barato, a presidente espera que o projeto compense a valorização do real, que torna os produtos brasileiros mais caros no exterior, e os importados mais atraentes para consumo interno.
Além da redução na contribuição previdenciária das empresas, o governo estuda também acabar com o salário-educação, uma tributação de 2,5% sobre a folha de pagamento. A contribuição ao INSS dos trabalhadores do setor privado, que varia de 8% a 11% conforme a faixa salarial, não mudaria.
A desoneração da folha de pagamento é um dos quatro projetos de reforma tributária que Dilma vai enviar ao Congresso. Os demais devem tratar da redução de tributos sobre investimentos e unificação da legislação do ICMS.
RESISTÊNCIA
As centrais sindicais resistiam à proposta de desoneração da folha por não conter uma compensação direta pela perda de receita para o sistema previdenciário. Elas defendem a vinculação direta para a Previdência de um outro imposto, o que a equipe econômica não aceita.
Na avaliação dos sindicalistas, sem essa compensação, o resultado será um aumento do deficit da Previdência, que deve ter fechado o ano passado em R$ 45 bilhões -o número fechado ainda não foi divulgado. Segundo eles, isso pode reforçar a necessidade de uma reforma previdenciária.
Dilma, porém, já deu indicações de que não pretende fazer uma reforma da Previdência durante seu governo, apesar de assessores defenderem pelo menos uma proposta que atinja apenas as gerações futuras.
Assim, os trabalhadores hoje no mercado de trabalho não seriam atingidos. Com isso, seria dada uma sinalização de que o setor seria sustentável no futuro. Da Folha de São Paulo desta sexta-feira
Nos anos seguintes à aprovação dessas medidas, a ideia é fazer outros cortes, que também podem continuar sendo de dois pontos, até que a contribuição patronal ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) fique em 14%.
A medida beneficiaria imediatamente as empresas por meio da redução de custos com a folha de pagamento. Os trabalhadores devem ser beneficiados indiretamente a médio prazo, já que um dos efeitos esperados pelo governo é o aumento da contratação de trabalhadores com carteira assinada.
A expectativa mais otimista no governo é que, com a redução dos encargos trabalhistas, o mercado formal -hoje estimado em 52%- alcance o patamar de 60% apenas nos primeiros 12 meses de redução da alíquota.
PROPOSTA
Essa é a principal proposta em estudo pela equipe responsável por elaborar projetos pontuais de reforma tributária, que a presidente quer enviar ao Congresso ainda em fevereiro, logo depois da abertura dos trabalhos legislativos.
A medida já vinha sendo estudada pela equipe do ministro Guido Mantega (Fazenda), que pretende incluir ainda algum tipo de compensação à Previdência Social pela perda de arrecadação no primeiro momento com o corte na contribuição previdenciária das empresas.
O projeto ainda não está fechado. Há quem defenda, por exemplo, que a alíquota caia no médio prazo para 12% ou 10% ao longo de três ou seis anos, mas está praticamente definido que no primeiro ano ela seria reduzida em dois pontos percentuais.
A equipe da Previdência Social preferia uma redução menor, de um ponto percentual a cada ano na contribuição, temendo efeitos sobre o financiamento das aposentadorias do setor privado.
Assessores de Dilma argumentam, porém, que para atingir os efeitos desejados de redução dos custos das empresas e torná-las mais competitivas é preciso fazer, de saída, um corte de pelo menos dois pontos percentuais na alíquota.
COMPETIÇÃO
Preocupada com o aumento da competição de empresas estrangeiras por conta do dólar barato, a presidente espera que o projeto compense a valorização do real, que torna os produtos brasileiros mais caros no exterior, e os importados mais atraentes para consumo interno.
Além da redução na contribuição previdenciária das empresas, o governo estuda também acabar com o salário-educação, uma tributação de 2,5% sobre a folha de pagamento. A contribuição ao INSS dos trabalhadores do setor privado, que varia de 8% a 11% conforme a faixa salarial, não mudaria.
A desoneração da folha de pagamento é um dos quatro projetos de reforma tributária que Dilma vai enviar ao Congresso. Os demais devem tratar da redução de tributos sobre investimentos e unificação da legislação do ICMS.
RESISTÊNCIA
As centrais sindicais resistiam à proposta de desoneração da folha por não conter uma compensação direta pela perda de receita para o sistema previdenciário. Elas defendem a vinculação direta para a Previdência de um outro imposto, o que a equipe econômica não aceita.
Na avaliação dos sindicalistas, sem essa compensação, o resultado será um aumento do deficit da Previdência, que deve ter fechado o ano passado em R$ 45 bilhões -o número fechado ainda não foi divulgado. Segundo eles, isso pode reforçar a necessidade de uma reforma previdenciária.
Dilma, porém, já deu indicações de que não pretende fazer uma reforma da Previdência durante seu governo, apesar de assessores defenderem pelo menos uma proposta que atinja apenas as gerações futuras.
Assim, os trabalhadores hoje no mercado de trabalho não seriam atingidos. Com isso, seria dada uma sinalização de que o setor seria sustentável no futuro. Da Folha de São Paulo desta sexta-feira
PREVIDÊNCIA PERDERIA R$ 9,2 BILHÕES, DIZ JORNAL
A redução da carga tributária incidente sobre a folha de salários, nos moldes estudados por Dilma Rousseff, provocaria no primeiro ano uma perda de pelo menos R$ 9,2 bilhões para os cofres da Previdência, duas vezes as verbas da reforma agrária.
Em três anos, seriam, portanto, R$ 27,6 bilhões a menos, quase a metade dos recursos federais aplicados em educação. Ou, em qualquer prazo, o suficiente para fazer o deficit previdenciário do país se tornar ainda maior do que parece hoje.
A medida tem justificativa econômica, é simples do ponto de vista legislativo e desperta simpatia política. Seus poucos, mas influentes, adversários se concentram na própria administração petista e seu entorno sindical.
Por parâmetros internacionais, é excessivo o peso da tributação brasileira sobre a folha de salários. Arrecada-se o equivalente a mais de 8% da renda nacional dessa forma, a maior parte para financiar aposentadorias, pensões e auxílios.
Trata-se de um percentual mais próximo dos de países mais ricos e de população mais velha. No México, os tributos destinados à proteção social somam 2,7% do PIB; no Chile, 1,3%.
É explicável: a estrutura de seguridade construída no Brasil a partir da Constituição de 1988 -que inclui, além da Previdência, acesso universal à saúde pública, seguro-desemprego e benefícios assistenciais a pobres, idosos e deficientes- não tem paralelo no mundo emergente.
Mas paga-se o preço de encarecer a contratação com carteira assinada, em razão de tributos e encargos como a contribuição previdenciária, o salário-educação, o FGTS e as contribuições para entidades como Sesi, Senai, Sesc, Senac e semelhantes.
Não por acaso, o país ainda apresenta alta taxa de informalidade [QUE INFORMALIDADE, CARA PÁLIDA? TRATA-SE DE ILEGALIDADE - I L E G A L I D A D E - E COMO TAL TEM DE SER COIBIDA CONFORME A LEI. 'INFORMALIDADE' É UM EUFEMISMO MATREIRO PARA ESCONDER O DESRESPEITO À LEGALIDADE] no mercado de trabalho, a despeito das melhoras proporcionadas nos últimos anos pelo crescimento da economia.
A desoneração da folha explicitaria ainda mais o desequilíbrio orçamentário da Previdência e, de forma mais ampla, da seguridade -mesmo com a tributação atual, ambas são deficitárias. Ganhariam força as propostas de reforma, rechaçadas por sindicatos e entidades abrigadas na área social.
Compensar as contas exigiria elevar outro tributo ou cortar despesas permanentes; a esperada formalização de empregos cobriria uma parcela minoritária e difícil de estimar das perdas. Por isso, a desoneração, que pode ser feita por medida provisória, tem sido adiada nos últimos oito anos.
Em 2003, no primeiro ano do governo Lula, chegou-se a aprovar uma lei fixando prazo de 120 dias para que o Executivo apresentasse um projeto de redução da contribuição previdenciária patronal. A ideia, depois abandonada, era reduzir a taxação de 20% para 10%.
O assunto voltou à pauta durante os estudos para o lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e para a proposta de reforma tributária do segundo mandato de Lula.
Na última ocasião, a desoneração foi condicionada a mudanças mais profundas no sistema tributário, como uma nova legislação para o ICMS -uma forma politicamente correta de deixar o problema para depois. Da Folha de São Paulo desta sexta-feira
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8 comentários:
Dos empresarios? Por que não do trabalhador que consumiria mais e tbm geraria empregos?
Morro e não vejo tudo!!!
Me espanta é o trobeteamento na hora dos reajustes, não aumento, dos aposentados a Previdência está quebrada e vão diminuir repasse?
Não entendi mesmo!!!
Qual a próxima sacanagem com o trabalhador vão fazer?
Bem feito para esse povo imbecilizado! Que venham os impostos!
Lou
Opa, isso é pouco, é um começo, o que custa é o encargo social sobre o salario.
Ela poderia reduzir um ponto os valores descontados em folha, mas sabe-se que há um teto de aposentadoria, enquanto os 20% não tem limite.
Corrija a tabela do IR tb.
Nem se preocupe. O que dona deelma dá com uma mão vai tirar com aoura (ou outras, o que é mais provável). Pode aguardar.
Alô Aluizio
Astro famoso vai se meter com botocudos africanos e SAI COM MALÁRIA.
eheheehehehehe
http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/george-clooney-contraiu-malaria-no-sudao
abraços
karlos
A desoneração da folha é interessante,sem dúvida. Contudo melhor seria se acabassem com as aposentadorias privilegiadas dos políticos - deputados, senadores, governadores - mais as mordomias de que desfrutam, sem falar dos moços e moças do judiciário, e quejandos, e usassem esses recursos para garantir o caixa da previdência dos escorchados trabalhadores da iniciativa privada. Cadê fator previdenciário para deputados? Cadê para os funcs?
Cortar gastos do governo, nem pensar.
Aluizio,
Será que essa é a forba forma da Dilma interbretá TemBestade? Essas Bebidas Bedidas Medidas é pra sobrar dinheiro pra sogorrê o Povo de Deus contra a Tembesta Tempestade brobocadas provocadas por Mudanças Blibáticas Glimáticas que Dilma confudiu com o Beio Abi Meio Ambí Ente? Abãe do BAC PAC é uma Boamãe Boa Mão. Senão vejamos.
Cientistas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertam que os governos do Brasil e, principalmente, dos Estados do Sudeste devem se preparar para enfrentar eventos climáticos extremos nos próximos anos. "Esse não foi um evento isolado (a devastação na região serrana do Rio).
Os acontecimentos no Brasil confirmam uma tendência mundial de que tempestades tendem a ser cada vez mais fortes e em locais onde não ocorriam com a mesma força", afirmou Rupakumar Kolli, especialista da OMM.
A entidade diz que ainda não pode confirmar se a intensidade das chuvas no Rio foi causada diretamente pelas mudanças climáticas que afetam o planeta, mas tudo indica que sim. "É difícil dizer se as mudanças climáticas já atuam nesse caso", afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud. "O que está claro é que vemos um aquecimento do planeta e um número cada vez maior de eventos climáticos extremos e o que aconteceu no Brasil vai nessa direção."
"Governos precisam entender que esses fenômenos vão se repetir. Essa é a tendência que vemos em todo o mundo, com chuvas mais intensas em locais que não conheciam eventos tão drásticos", ressaltou Kolli. "O governo brasileiro precisa lidar com a vulnerabilidade de suas populações nas áreas de risco porque podemos dizer quase com certeza que novos eventos extremos vão ocorrer."
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