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terça-feira, março 01, 2011

Bornhausen descarta debandada do DEM e vê ameaça de saída de Kassab como questão restrita a SP

Nesta tarde mais uma vez confirmei todas as críticas políticas que tenho feito, sobretudo aquelas dedicadas a analisar o que veicula a grande imprensa brasileira a respeito do Democratas quando tenta transmitir o que desejam os áulicos do PT. Na última campanha presidencial Lula esbravejou em Joinville: 'O DEM tem de ser extirpado' e foi nesse município governado pelo PT que a oposição ganhou de lavada. Quem se informa pelo colunismo político dos jornalões acaba tendo uma visão adulterada do que ocorre na realidade.
Entrevistei na tarde desta terça-feira, ainda de que forma rápida, o ex-Senador Jorge Bornhausen (foto) durante a concorrida posse de seu filho, o deputado Paulo Bornahusen, como Secretário do Desenvolvimento Sustentáve do governo catarinense. 
Como é sabido, o ex-Senador Bornhausen é um dos fundadores do PFL, agora denominado Democratas, depois que passou por um processo de refundação, e faz parte do conselho nacional desse partido e teve destacada atuação nas complexas negociações que resultaram na redemocratização do Brasil.
Ao contrário do que vem noticiando a grande imprensa brasileira Bornhausen afirmou que não existe qualquer possibilidade da saída do governador catarinense Raimundo Colombo do partido, como também não tem qualquer procedência especulações a respeito de uma eventual debandada de democratas. 'Nós estamos é trabalhando com vistas às eleições de 2012' - avisou Jorge Bornahusen, para quem a questão envolvendo o prefeito paulista Gilberto Kassab, que pode deixar o Democratas, é restrita a São Paulo.
- Estamos acompanhando e analisando tudo isso com muita tranquilidade e prudência e sem qualquer açodamento até porque não poderia ser diferente. Temos pela frente a eleição de 2012 e é nisso que estamos concentrados - frisou Bornhausen.
Durante o período da manhã a Executiva catarinense do Democratas realizou uma reunião aqui em Florianópolis e coube exatamente ao ex-Senador Jorge Bornhausen abordar todas essas questões.
Fez uma exposição sobre o quadro partidário no âmbito nacional, mencionando a provável saída do prefeito Gilberto Kassab, de São Paulo para um novo partido e para uma futura fusão com o PSB. Considerou a saída como praticamente encaminhada, mas explicou a impraticabilidade de os Democratas, de uma maneira mais ampla, seguirem Kassab, dadas as ideologias de cada sigla. “Esse é um problema de São Paulo e Kassab está procurando o que for melhor para ele. Vai causar um fato novo na política, sem dúvida, mas nós vamos ajudar o nosso partido a encontrar soluções para o futuro. Nossa visão aqui é estadual, não precisamos nos precipitar”, disse.
E a prova da solidez do Democratas constatou-se na tarde desta terça-feira aqui em Florianópolis, quando o Centro de Convenções da FIESC (Federação das Indústrias do Est. de Santa Catarina, tornou-se pequeno para a solenidade que empossou o deputado federal Paulo Bornhausen como titular da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do governo catarinense. Havia pelo menos cerca de 600 pessoas, dentre elas lideranças políticas de todas as regiões catarinenses.
O governador Raimundo Colombo, do DEM, foi eleito no primeiro turno em Santa Catarina com uma expressiva votação numa bem sucedida aliança com o PMDB e o PSDB. O partido dirige importantes municípios como Blumenau, Jaraguá do Sul, Chapecó e Rio do Sul com real potencial de crescimento nas eleições de 2012.

Um comentário:

Atha disse...

Blog Presidente 40: "A mão que balança o DEM".

O Mão Ser Mão que balança o DEM tem 4 Bebos, Bedos, Medos, Dedos, Dados. Quanto Lula vai pagar pra dar um passe, Passe de Mago Magi no Kassab? Até tu, Katia Abrey?

A cúpula do PMDB atribui ao ex-presidente Lula a intervenção do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na negociação do "passe" do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, de saída do DEM.

O vice-presidente Michel Temer e seus aliados acham que Campos não atravessaria com tanta desenvoltura a conversa de Kassab com o PMDB se não tivesse o firme incentivo de Lula, de quem é muito próximo.

O diagnóstico peemedebista é que Dilma Rousseff foi comunicada previamente que o PSB entraria na negociação, mas a presidente "não tem tempo nem temperamento" para se dedicar a esse tipo de articulação.

"É o Lula que quer criar um pólo alternativo ao PMDB, para que em 2014 a vice volte à mesa de negociação", raciocina um dirigente peemedebista.

Temer percebeu a sinalização e tratou de tentar mitigar o golpe de perder Kassab. Agora negocia com os também paulistas Gabriel Chalita e Luiza Erundina, e tenta atrair para a legenda a senadora ruralista Kátia Abreu.

Os dois primeiros ensaiam deixar o PSB por falta de espaço com a chegada de Kassab e sua trupe. A última quer deixar o DEM, mas não se sente confortável de embarcar na sigla que tem "socialista" no nome.

A cúpula do PMDB acha que não é hora de criar tensão com o PT por conta da tentativa de mitigar a força do partido na aliança, mas quer se fortalecer caso o PSB ganhe musculatura a ponto de ameaçar a primazia peemedebista no governo.