Com toda a razao Reinaldo Azevedo manifesta justificada surpresa com o teor de editorial publicado na edição desta sexta-feira, haja vista que o Estadão consagrou-se em sua trajetória justamente pela qualidade dos textos de seus editoriais e, em especial, pelo conteúdo de inarredável compromisso com a democracia e a liberdade. Entretanto, deu uma preocupante e inusita guinada. Pressinto que aquele bastião de resistência ao avanço da patrulha do jornalismo militante do PT sofreu sua primeira baixa. Transcrevo o post do Reinaldo Azevedo na íntegra e assino embaixo. Leiam:
O Estadão publica sempre três editoriais. Eu os avalio de primeira linha, mesmo quando discordo. Hoje, algum espírito obsessor baixou por lá e conseguiu publicar um texto afirmando que não passa de falso escândalo estranhar que João Paulo Cunha, o mensaleiro, seja presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, ou que gente como Valdemar da Costa Neto e Paulo Maluf cuidem da reforma política. O argumento tonto: se eles são deputados, não há deputado pela metade; logo, podem ser qualquer coisa na Casa.
Por alguma razão, o espírito obsessor acha que não se pode fazer uma crítica da qualidade dos parlamentares que ocupam cargos importantes. E também deve ter a estrelinha do PT escondida no paletó: viu um sinal de honra em João Paulo, que reconheceu a sua condição de processado pelo STF. O reconhecimento, afinal, muda o quê?
No auge da confusão, o texto ataca é o Judiciário porque ainda não aprovou o Ficha Limpa — que, não custa lembrar, traz inconstitucionalidades segundo, ao menos, cinco ministros do STF (mais o Tio Rei, ministro de si mesmo). Sugere que, aprovado tal projeto, Maluf estaria fora da Câmara. Infelizmente, nem isso é verdade. Um editorial completamente fora do parâmetro, vazado, inclusive, num meio meio irritadiço, pouco característico da página.
2 comentários:
Pelos vistos a PT, é fonte de contorvérsia em muitos países. Pelo menos em Portugal acontece o mesmo. PT e governantes....
Gostei de conhecer este blog.
Interessante.
Abraço amigo
Estadão ,jornal chinfrim,como a Folhinha.
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