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segunda-feira, abril 04, 2011

ENORME CONTINGENTE DE ELEITORES CONSERVADORES NÃO TEM MAIS REPRESENTATIVIDADE POLÍTICA NO BRASIL

Ilustração do site da Veja mostra espectro político botocudo
No dia 10 de fevereiro postei no blog um artigo intitulado 'A hora e a vez de um partido conservador' em que faço uma crítica a um editorial da Folha de São Paulo. O artigo gira em torno das movimentações do prefeito Gilberto Kassab para a criação de um novo partido. 
Nesse post chamo a atenção para o fato de que há uma lacuna no espectro político brasileiro, ou seja, a falta de um partido conservador. Lembro que os 44 milhões de votos contabilizados na última eleição presidencial pelo candidato José Serra não foram sufrágios partidários, mas a expressão de um elevado contingente de eleitores conservadores que sem alternativa votou no ex-governador paulista.
Observo que Kassab é uma nova liderança que tem tudo para liderar um eventual partido que abrigue esse apreciável contigente de eleitores que continua órfão de um partido que o represente, a exemplo do que ocorre nas grandes democracias. O resultado das articulações de Kassab deram no que deram, ou seja, na criação de um partido que se preocupa em vestir paramentos da idiotia esquerdista e ainda retorna ao passado para ressucitar a sigla PSD.
Agora a Veja produziu uma matéria abordando esta questão que há mais um mês aventei aqui no blog. Complementa-a com uma entrevista com o filósofo Olavo de Carvalho, que transcrevo no post abaixo e que merece ser lida por constituir boa análise sobre esta jabuticaba em que se transformou a representação partidária no Brasil depois que um mensaleiro que virou Doutor em Coimbra após ter desgovernado o Brasil por oito anos. Leiam:
O espectro político brasileiro é peculiar: na ponta esquerda, tem o jurássico PCO. Passa por socialistas radicais, como o PSOL e o PSTU, pelos comunistas conformados do PPS, pelos social-democratas do PT e do PSDB, pela esquerda verde do PV e se encerra no centro, onde estão PP e DEM. Não há, entre os 27 partidos brasileiros, um que se assuma como direitista. E o recente anúncio da criação do PSD, que se define como social-democrata, abre um buraco no DEM e empurra o eixo da política brasileira ainda mais para a esquerda.
A situação é única. Todas as grandes democracias do mundo têm ao menos um partido conservador forte, como o PP espanhol, o Partido Republicano dos Estados Unidos, a UMP francesa e o PDL italiano. O que teria levado a direita brasileira à lona enquanto, em outros países, como os vizinhos Peru e Colômbia, ela ocupa o poder máximo? Para especialistas e políticos ouvidos pelo site de VEJA, a causa está na herança maldita da ditadura militar.
O primeiro a definir o conservadorismo como uma doutrina política foi o inglês Edmund Burke, no século XVII. Esta corrente política considera que os indivíduos realizam as coisas melhor do que o estado. Que as liberdade individuais devem ser mantidas a todo o custo. E que os valores tradicionais da sociedade devem ser preservados. Nas democracias modernas, o conservadorismo se traduz como uma recusa ao estatismo, a defesa do livre mercado, a proteção da família e a oposição a medidas como a legalização de drogas e do aborto.
No Brasil, o discurso adotado pelos partidos políticos pouco se diferencia: todos adotam termos como “justiça social”, “distribuição de riqueza”, “igualdade”. Obviamente, ninguém é contra essas bandeiras, mas o linguajar denuncia que todos, por razões diversas, adotam um vocabulário de esquerda. Expressões como "livre iniciativa", "responsabilidade individual" e "valores morais" raramente são ouvidas pelos corredores do Congresso ou do Palácio do Planalto. As palavras “social” e “trabalhista” e “socialista” aparecem na maioria dos nomes das legendas. Há apenas um partido que faz referência ao liberalismo – o PSL, que, ainda assim, também se diz social – e nenhum que tenha a expressão "conservador" no nome. Do site da revista Veja - Leia MAIS

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3 comentários:

Anônimo disse...

Acredito que direita mesmo só houve no meio militar e mais especificamente no período da ditabranda. Hoje até mesmo no ambiente das forças armadas reina um certo centro-esquerdismo.
Esses partidos aí demonstrados, a meu ver, sempre foram oportunistas. Tanto é que vários integrantes deles, hoje estão em partidos de esquerda, ou têm um discurso esquerdopata.
Classe política no Brasil é um lixo!

Anônimo disse...

Descobriu-se o "ovo-de-colombo".
KKKKK....
Há meses tenho dito aqui e em outros espaços democráticos:
Não há direita mais no Brasil há pelo menos 20 anos.
Brilhante a análise do Prof. Olavo.
O Brasil deu, definitivamente, à esquerda volver.

Anônimo disse...

Bolsanaro JA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Tava demorando aparecer alguém com coragem e esta corretissimo. Apenas um pouco de moralidade nessa casa de Irene que virou o Brasil!!!