![]() |
Ilustração do site da Veja mostra espectro político botocudo |
No dia 10 de fevereiro postei no blog um artigo intitulado 'A hora e a vez de um partido conservador' em que faço uma crítica a um editorial da Folha de São Paulo. O artigo gira em torno das movimentações do prefeito Gilberto Kassab para a criação de um novo partido.
Nesse post chamo a atenção para o fato de que há uma lacuna no espectro político brasileiro, ou seja, a falta de um partido conservador. Lembro que os 44 milhões de votos contabilizados na última eleição presidencial pelo candidato José Serra não foram sufrágios partidários, mas a expressão de um elevado contingente de eleitores conservadores que sem alternativa votou no ex-governador paulista.
Observo que Kassab é uma nova liderança que tem tudo para liderar um eventual partido que abrigue esse apreciável contigente de eleitores que continua órfão de um partido que o represente, a exemplo do que ocorre nas grandes democracias. O resultado das articulações de Kassab deram no que deram, ou seja, na criação de um partido que se preocupa em vestir paramentos da idiotia esquerdista e ainda retorna ao passado para ressucitar a sigla PSD.
Nesse post chamo a atenção para o fato de que há uma lacuna no espectro político brasileiro, ou seja, a falta de um partido conservador. Lembro que os 44 milhões de votos contabilizados na última eleição presidencial pelo candidato José Serra não foram sufrágios partidários, mas a expressão de um elevado contingente de eleitores conservadores que sem alternativa votou no ex-governador paulista.
Observo que Kassab é uma nova liderança que tem tudo para liderar um eventual partido que abrigue esse apreciável contigente de eleitores que continua órfão de um partido que o represente, a exemplo do que ocorre nas grandes democracias. O resultado das articulações de Kassab deram no que deram, ou seja, na criação de um partido que se preocupa em vestir paramentos da idiotia esquerdista e ainda retorna ao passado para ressucitar a sigla PSD.
Agora a Veja produziu uma matéria abordando esta questão que há mais um mês aventei aqui no blog. Complementa-a com uma entrevista com o filósofo Olavo de Carvalho, que transcrevo no post abaixo e que merece ser lida por constituir boa análise sobre esta jabuticaba em que se transformou a representação partidária no Brasil depois que um mensaleiro que virou Doutor em Coimbra após ter desgovernado o Brasil por oito anos. Leiam:
O espectro político brasileiro é peculiar: na ponta esquerda, tem o jurássico PCO. Passa por socialistas radicais, como o PSOL e o PSTU, pelos comunistas conformados do PPS, pelos social-democratas do PT e do PSDB, pela esquerda verde do PV e se encerra no centro, onde estão PP e DEM. Não há, entre os 27 partidos brasileiros, um que se assuma como direitista. E o recente anúncio da criação do PSD, que se define como social-democrata, abre um buraco no DEM e empurra o eixo da política brasileira ainda mais para a esquerda.
A situação é única. Todas as grandes democracias do mundo têm ao menos um partido conservador forte, como o PP espanhol, o Partido Republicano dos Estados Unidos, a UMP francesa e o PDL italiano. O que teria levado a direita brasileira à lona enquanto, em outros países, como os vizinhos Peru e Colômbia, ela ocupa o poder máximo? Para especialistas e políticos ouvidos pelo site de VEJA, a causa está na herança maldita da ditadura militar.
O primeiro a definir o conservadorismo como uma doutrina política foi o inglês Edmund Burke, no século XVII. Esta corrente política considera que os indivíduos realizam as coisas melhor do que o estado. Que as liberdade individuais devem ser mantidas a todo o custo. E que os valores tradicionais da sociedade devem ser preservados. Nas democracias modernas, o conservadorismo se traduz como uma recusa ao estatismo, a defesa do livre mercado, a proteção da família e a oposição a medidas como a legalização de drogas e do aborto.
No Brasil, o discurso adotado pelos partidos políticos pouco se diferencia: todos adotam termos como “justiça social”, “distribuição de riqueza”, “igualdade”. Obviamente, ninguém é contra essas bandeiras, mas o linguajar denuncia que todos, por razões diversas, adotam um vocabulário de esquerda. Expressões como "livre iniciativa", "responsabilidade individual" e "valores morais" raramente são ouvidas pelos corredores do Congresso ou do Palácio do Planalto. As palavras “social” e “trabalhista” e “socialista” aparecem na maioria dos nomes das legendas. Há apenas um partido que faz referência ao liberalismo – o PSL, que, ainda assim, também se diz social – e nenhum que tenha a expressão "conservador" no nome. Do site da revista Veja - Leia MAISCLIQUE E SIGA ---> BLOG DO ALUÍZIO AMORIM NO TWITTER