Países emergentes, como o Brasil, devem ficar atentos aos riscos potenciais do crescimento econômico, cuja euforia pode ser seguida de laxismo, descontrole fiscal, crise financeira e recessão, a exemplo do cenário que hoje afeta os países desenvolvidos da Europa.
A advertência foi feita em relatório distribuído ontem, em Basileia, na Suíça, pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS). Segundo a instituição, as economias em ritmo acelerado de desenvolvimento apresentam sintomas semelhantes ao período pré-crise na Irlanda, Espanha e Reino Unido. Para o BIS, o momento deve ser de cautela para as economias emergentes, apesar dos altos índices de crescimento. "As economias de mercado emergentes escaparam da última crise", diz a instituição. "Agora precisam tomar nota daquela que é provavelmente a lição mais importante: é melhor prevenir do que remediar."
Os técnicos da instituição alertam que o mundo emergente começa a verificar desequilíbrios macroeconômicos que precisam ser enfrentados. O primeiro deles diz respeito às pressões inflacionárias, que se verificam em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil.
Para tanto, o BIS sugere que os bancos centrais iniciem um processo de endurecimento das políticas monetárias, elevando os juros e mantendo a flexibilidade das taxas de câmbio. O relatório ainda exorta as autoridades monetárias a redobrarem a atenção neste momento. "O crescimento foi forte nos mercados emergentes, e a retomada parece bem engajada nas economias avançadas. Mas as autoridades errariam se relaxassem seus esforços", diz o documento. Leia MAIS
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