O Fernando Rodrigues escreve um artigo na Folha de São Paulo desdta quarta-feira que reproduzo após este prólogo fazendo uma análise pertinente naquilo que concerne ao inchaço da máquina pública. O artigo está perfeito se não fosse a frase de fechamento do derradeiro parágrafo quando afirma que "a presidente tem meios para frear o inchaço da máquina pública, mas não demonstra apetite pelo tema".
É aí que o jornalismo é implacavelmente pisoteado para alinhar-se a uma estratégia política do PT porquando elide os fatos consagrando a ideologia.
Explico: o PT continua sendo tratado pela grande imprensa nacional - com raríssimas exceções - como um partido democrático e isto não corresponde à verdade. O objetivo do PT desde sua criação é o de ser um partido revolucionário. Se utilizou dos mecanismos da democracia representativa para chegar ao poder. Lá chegando deu início a uma nova etapa contemplando a eterna permanência no poder, arrogando-se como portador da verdade absoluta e, por isso, qualquer contestação que lhe seja feita é qualificada de reacionária, de discurso udenista, direitista e afirmativas correlatas vazadas em conceitos que poderiam ser tipificados como expressões do marxismo vulgar.
Não coloco em causa o direito de Fernando Rodrigues ser militante do PT. O que não concordo é que esse tipo de firmativa seja feita como um fato. Ora, quem não sabe que Dilma Rousseff é fruto de uma criação do marketing político do PT e que foi eleita num dos pleitos mais escandalosos da história da República quando Lula pintou o bordou utilizando desabusadamente da máquina estatal e do dinheiro público para empurrar goela abaixo dos brasileiros uma mulher que nunca foi eleita para nada.
Dizer que Dilma não tem apetite para a frear o inchaço da máquina pública petista é portanto piada pura. Todas as ações da Dilma e do PT são calculadas, obedecem a um método e não são praticadas de improviso. Aliás, essa mulher só chegou à presidência justamente pelo inchaço de todas as áreas da administração pública que hoje estão completamente partidarizadas, aparelhadas. O PT transformou a administração direta e as estatais em aparelhos do partido. E assim continuará a ocorrer enquanto não for desalojado do poder e proscrito.
É por essas e outras que a Folha de São Paulo tornou-se um jornal que na verdade é uma extensão do PT e perdeu toda a credibilidade. E acreditem, nem mesmo aquela matéria que denunciou o surpreendente enriquecimento de Palocci pode ser considerada verdadeira na acepção limpa do jornalismo. Tanto é que a Folha deu aquela manchete e se recolheu. A revista Veja, na verdade, é que aprofundou o tema fazendo Palocci tombar pela segunda vez.
A Folha criou um falso verniz de imparcialidade. Tanto é que os leitores bem informados e atentos já abandonaram a leitura desse jornal cuja redação está completamente dominada por áulicos e penas alugadas do PT. Acompanho a Folha diariamente por dever de ofício, profissionalmente, para mostrar aos leitores do blog a deletéria ação desse jornal que na verdade é um diário oficial do PT e de toda a idiotia esquerdista e politicamente correta. Tanto é que tratam o PT, como já disse, na forma de um partido democrático, como se vê neste artigo de Fernando Rodrigues, intitulado "Marcha da insensatez". Leiam:
Duas notícias mostram o Brasil na contramão das boas práticas gerenciais. Dilma Rousseff pretende mesmo criar a 39ª cadeira de ministro. No Congresso, em breve, chegarão mais 16 deputados federais e 6 senadores por causa da divisão do Estado do Pará.
Não há consenso entre gurus corporativos sobre o número ideal de diretores em uma grande empresa ou governo. Mas prevalece o senso comum: muitos cargos de chefia provocam o colapso gerencial de qualquer organismo.
Com a criação da pasta da Micro e Pequena Empresa, a 39ª, Dilma terá de fazer suas reuniões ministeriais durante vários dias seguidos se quiser dialogar com todos os seus principais assessores.
Na hipótese de cada um dos 39 ministros dar seu recado inicial à presidente em meros 5 minutos, a reunião ministerial gastará 3 horas e 15 minutos. Esse tempo será cumprido no caso de ninguém estourar sua fala e Dilma se contentar só em ouvir e não interromper o interlocutor nem fazer questionamentos.
No Congresso, a situação ainda é mais dramática. A Constituição estabelece um piso (8) e um teto (70) para o número de deputados federais de cada Estado. O crescimento do eleitorado e a criação de novas unidades da Federação produzirão, num futuro próximo, uma Câmara com 600 ou mais vagas.
Hoje já é quase inviável praticar política de alto nível com os atuais 513 deputados representando os 191 milhões de brasileiros. Só como comparação, nos EUA (307 milhões de habitantes) a Câmara dos Representantes tem apenas 435 deputados com direito a voto.
Em Brasília, esses argumentos são ignorados. Está em curso uma marcha da insensatez. Logo chegam o 39º ministro e mais congressistas. Embora nem tudo seja obra de Dilma Rousseff, esse será um legado de sua passagem pelo poder. A presidente tem meios para frear o inchaço da máquina pública, mas não demonstra apetite pelo tema. Da Folha de São Paulo desta quarta-feira
Não há consenso entre gurus corporativos sobre o número ideal de diretores em uma grande empresa ou governo. Mas prevalece o senso comum: muitos cargos de chefia provocam o colapso gerencial de qualquer organismo.
Com a criação da pasta da Micro e Pequena Empresa, a 39ª, Dilma terá de fazer suas reuniões ministeriais durante vários dias seguidos se quiser dialogar com todos os seus principais assessores.
Na hipótese de cada um dos 39 ministros dar seu recado inicial à presidente em meros 5 minutos, a reunião ministerial gastará 3 horas e 15 minutos. Esse tempo será cumprido no caso de ninguém estourar sua fala e Dilma se contentar só em ouvir e não interromper o interlocutor nem fazer questionamentos.
No Congresso, a situação ainda é mais dramática. A Constituição estabelece um piso (8) e um teto (70) para o número de deputados federais de cada Estado. O crescimento do eleitorado e a criação de novas unidades da Federação produzirão, num futuro próximo, uma Câmara com 600 ou mais vagas.
Hoje já é quase inviável praticar política de alto nível com os atuais 513 deputados representando os 191 milhões de brasileiros. Só como comparação, nos EUA (307 milhões de habitantes) a Câmara dos Representantes tem apenas 435 deputados com direito a voto.
Em Brasília, esses argumentos são ignorados. Está em curso uma marcha da insensatez. Logo chegam o 39º ministro e mais congressistas. Embora nem tudo seja obra de Dilma Rousseff, esse será um legado de sua passagem pelo poder. A presidente tem meios para frear o inchaço da máquina pública, mas não demonstra apetite pelo tema. Da Folha de São Paulo desta quarta-feira
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2 comentários:
Ei Amorim.
Finalmente alguém conseguiu sintetizar da melhor maneira a forma como a Folha tem agido. Parabéns!
Ronaldo T
O caderno Metrópole do Jornal Estado de São Paulo é alugado pelo PT.
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