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terça-feira, julho 26, 2011

OPOSIÇÃO NEGA 'CHEQUE EM BRANCO' A OBAMA

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez ontem um apelo em rede nacional de TV para que haja um comprometimento de republicanos e democratas com um acordo para elevar o teto da dívida pública do país, hoje em US$ 14,3 trilhões. O risco real de suspensão de pagamentos a partir de 3 de agosto levou Obama a alertar a nação sobre o "perigoso jogo" dos republicanos e a convocar os americanos a pressionar o Congresso por uma solução equilibrada, para não serem vítimas de uma "guerra política".
"Se seguirmos pelo caminho do não acordo, nossa crescente dívida pode custar postos de trabalho e causar sérios danos à economia", disse o presidente. Segundo ele, "embora o povo americano tenha votado num governo dividido, não votou num governo que não funciona".
Momentos após o discurso de Obama, o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse que os Estados Unidos não podem suspender os pagamentos, mas não se pode dar um "cheque em branco" ao governo. Ele advertiu que o povo americano não aceitará um aumento da dívida sem cortes significativos nos gastos e uma reforma.
A apenas oito dias do prazo final para a elevação do teto da dívida pública americana, a divergência maior entre o Senado de maioria democrata e a Câmara dos Deputados de maioria republicana já não está em questões sensíveis ao eleitorado dos dois partidos, mas no ambiente para as eleições presidenciais de 2012. Republicanos querem expor a Casa Branca a um novo risco de suspensão de pagamentos no início da campanha de reeleição de Obama. Os democratas querem se livrar dessa ameaça.
Sete votos. O aspecto eleitoral ficou evidente com a apresentação de uma nova proposta do democrata Harry Reid, presidente do Senado, para elevar em US$ 2,4 trilhões o atual teto da dívida dos EUA, de US$ 14,3 trilhões.
A cifra permitiria ao governo Obama encerrar 2012 sem o risco de ver o passivo bater no teto. A última proposta do presidente da Câmara aumentaria o limite em apenas US$ 1 trilhão, forçaria a Casa Branca a iniciar novas negociações com o Congresso no início de 2012 e tornaria seu governo ainda mais vulnerável ao anúncio de uma possível suspensão de pagamentos.
A votação no plenário do Senado deverá ser realizada até quarta-feira. Mas a aprovação do texto depende da conquista de mais sete votos republicanos. Para permitir uma rápida tramitação nas duas Casas, Reid excluiu as medidas rechaçadas pelos democratas - corte nos gastos com a assistência médica e a Previdência Social - e republicanos - o fim da redução de impostos aos mais ricos. Incluiu apenas medidas já aceitas na votação de outros planos. Com isso, previu um esforço fiscal menor do que o esperado, de US$ 2,7 trilhões, até 2022. Do portal do Estadão


MEU COMENTÁRIO: Se prevalecer o que deseja Obama, os Estados Unidos desmoronam e, com eles, os pilares da civilização ocidental.

4 comentários:

Anônimo disse...

A questão parece trivial mas não é, os republicanos defendem menos governo enquanto os democratas defendem o contrário, sei que é demagogia dos republicanos, pois Bush gastou bilhões em guerras, mas a questão é importante eleitoralmente, pois muitos americanos são contra aumento de impostos.
Obama errou na maneira que conduziu a questão, tentar jogar a culpa no Congresso certamente não é a melhor opção.

rafernandes disse...

Aluísio,

O que Obama quer é mais do que razoável pois se for para enxugar as despesas do governo em 20% do PNB americano, como querem os republicanos da ala "Tea Party", em plena recessão, aí sim o País mergulha numa crise profunda que arrastará o resto do mundo. Obama quer controlar a questão do déficit de forma gradualista pois o ambiente recessivo não permite um tratamento de choque. A direção do Partido Republicano, no fundo, quer o mesmo mas ela perdeu o controle do partido pois o Tea Party tem mais ou menos uns 100 deputados federais e uns 20 senadores e a posição radical deles impossibilita um acordo das lideranças republicanas com o Presidente. O que está em risco é o pacto democrático que sustenta o País há mais de 200 anos.

Anônimo disse...

A Camara apresentou um plano, o Senado outro plano, estes todos divulgados na midia. Porem, cade o plano do Barack, alias nao tem nenhum plano. O que ele esta querendo e um cheque em braco ate 2013 para garantir re-eleicao

Anônimo disse...

Oposição agindo como oposição, coisa bonita de se ver. O Obama não convence ninguém, passada o reação pela morte do Bin Laden, o povo americano voltou sua atenção para a economia do país. O Obaminha vai para a TV fazer cara de coitadinho e não convence ninguém. Marqueteiros não conseguem sustentar aquela imagem holográfica de suposta sapiência por muito tempo. Vamos aguardar os próximos capítulos.