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quinta-feira, agosto 11, 2011

EM MEIO À GUERRA ENTRE SHOPPINGS, POLÍCIA REVELA ESQUEMA DE EXTORSÃO ENVOLVENDO FISCAIS DO IBAMA EM SANTA CATARINA

O Shopping Continente Park, em construção em São José, na Grande Florianópolis, também afirma ter sido alvo da cobrança de propina por fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para não ter as obras embargadas. Os servidores públicos teriam exigido R$ 300 mil do empreendedor, segundo apurou a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).

A investigação da Deic revelou a concorrência empresarial entre os shoppings Continente e Via Catarina, de Palhoça, além da combinação das extorsões com interesses comerciais. A polícia tem depoimentos e gravações sobre encontros e negociações para tentar impedir a construção do Shopping Continente. Elas ocorreram no primeiro semestre deste ano, o mesmo período em que houve a outra denúncia de extorsão contra os fiscais pelo Jardim Botânico, da J.A. 01 Desenvolvimento Urbano.

DenúnciaA Deic começou a apurar o caso sobre o Shopping Continente no dia 25 de março deste ano. O empresário Jaimes Almeida Júnior, dono do Grupo Almeida Júnior Shopping Centeres, registrou boletim de ocorrência relatando ser vítima de denúncias falsas de licenças ambientais referentes ao empreendimento em construção nas margens da BR-101, em São José.

Ele comunicou também a existência de e-mails anônimos falsos na tentativa de abalar o seu crédito e a gerar instabilidade no mercado. As correspondências eletrônicas teriam sido enviadas a fornecedores, clientes, funcionários, colaboradores e à instituição bancária financiadora do shopping de São José. Os textos chegaram a ser publicados em sites de notícias, cujos responsáveis foram intimados e ouvidos pela polícia.


A Deic abriu inquérito e concluiu pela existência de um um grupo que estaria extorquindo os empresários da região, ameaçando embargar as obras se não houvesse pagamento em dinheiro dos valores exigidos. A polícia afirma que a operacionalidade do esquema contou com a atuação de assessores de políticos da região, as quais agiam como interlocutores dos fiscais do Ibama. Fariam parte também os empresários e advogados. Leia MAIS


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