O Zé é uma espécie de Che Guevara brasileiro."
Foi assim que o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) apresentou o ex-ministro José Dirceu a cerca de cem sindicalistas que se reuniram ontem de manhã para ouvi-lo, na sede da Força Sindical.
Seis anos depois de ser derrubado da Casa Civil e cassado na Câmara, o petista acusado de chefiar o esquema do mensalão voltou a sonhar com o retorno à cena política.
Ele marcou uma série de palestras e noites de autógrafos pelo país para se promover e badalar o livro "Tempos de planície" [Alameda Editorial, 376 págs., R$ 44], que lançará dia 28 em Brasília.
Na obra, obtida pela Folha, Dirceu se apresenta como mártir de uma "campanha política e midiática" para "derrubar o governo Lula ou impedir sua reeleição".
Nas palestras, relembra os tempos de ex-guerrilheiro, exalta feitos do PT e procura demonstrar influência no governo Dilma Rousseff.
"Mudei o rosto, fiz plástica, criei um personagem que tinha nascido em Guaratinguetá", afirmou ontem, num resumo autobiográfico.
Em seguida, começou a fixar metas para a presidente, como a redução dos juros e o crescimento de 5% ao ano.
"O desafio que temos é manter o Brasil crescendo na turbulência internacional. Foi o que a nossa presidenta falou agora na ONU", disse, em tom de cumplicidade.
Em 54 minutos, ele ainda citaria Dilma mais oito vezes, referindo-se aos programas de seu governo sempre na primeira pessoa do plural.
"O que vamos fazer é a interligação das bacias", disse, sobre as obras de transposição do rio São Francisco.
Único de terno e gravata no auditório, Dirceu defendeu a volta da CPMF, mostrou conhecimento sobre bastidores do Ministério da Saúde ("tem dois decretos com a presidenta") e prometeu ajudar Dilma a aprovar a reforma política.
No meio da palestra, interrompeu a fala com ar de mistério para atender a uma ligação no celular.
"É que eu estou acertando a agenda com o nosso Luiz Inácio Lula da Silva", explicou depois, a uma plateia atônita. "Ele está viajando, está indo para a Europa, e eu vou encontrar com ele."
A cena impressionou sindicalistas que esperavam para fazer perguntas.
"Posso chamar de ministro, deputado, doutor... qualquer coisa, né?", perguntou Ivo Borges, dirigente da Força Sindical no Pará.
Dirceu apenas sorriu.
O petista indicou preferência por Fernando Haddad na disputa com Marta Suplicy em São Paulo, mas afirmou que só anunciará seu voto no dia da prévia do partido.
Questionado sobre o próprio futuro, disse que espera ser absolvido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para se candidatar novamente.
"Eu nunca fui [para fora da política], então não posso deixar de voltar." Da Folha de S. Paulo deste sábado
7 comentários:
"guerrilheiro" de araque, que só fugiu e se escondeu mas posa de "líder" terrorista.Esse canalha se inclui no grande erro da Contra-Revolução assim como muitos outros canalhas iguais a elle. Mas a "comissão da verdade" petralhossuaro-canalha vai redimi-lo e até quem sabe, torná-lo "herói" como marighela e lamarca.
E o nosso pobre Brasil caminha para onde???
Eduardo.45
Lixo humano.
Realmente o brasil é a fossa das "cagadas" dos mais infames seres que rastejam sobre a Terra.
Um verme, assim como o seu cumplice que a pouco era o dirigente dessa pocilga, dão as cartas e tem em suas opiniões, as dicas malévolas no desgoverno.
Realmente o brasil é a fossa das "cagadas" dos mais infames seres que rastejam sobre a Terra.
Um verme, assim como o seu cumplice que a pouco era o dirigente dessa pocilga, dão as cartas e tem em suas opiniões, as dicas malévolas no desgoverno.
Aluízio,
Che Guevara já era botocudo, hehehe
Sim, Morena Flor,
Ambos sempre foram bocudos...hehe...tinha certeza que alguém faria este comentário sobre o título do post. abs
ANTA CHERADORA
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