A curadora dessa exposição é uma tremenda mistificadora. Clique nas fotos para vê-las ampliadas. É algo inaudito transformar o Museu da República em máquina de propaganda do PT. |
Depois de oito anos de megalomania lulista, a presidente Dilma Rousseff aproveitou os 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para devolvê-lo publicamente ao lugar de destaque na história recente do Brasil. Em carta aberta, Dilma definiu FH como “o ministro arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica”, e lembrou “o espírito do jovem que lutou pelos seus ideais, que perduram até os dias de hoje”.
A grandeza de espírito da carta não chegou a uma instituição importante, que tem como sua principal missão a guarda da história do Brasil republicano. No Museu da República, instalado no Rio de Janeiro no histórico Palácio do Catete, uma exposição que pretende contar a história da república brasileira apresenta Fernando Henrique como um presidente que se aproveitou eleitoreiramente do Plano Real, promoveu privatizações que “venderam o Brasil” e conseguiu sua reeleição comprando votos de deputado e senadores no Congresso Nacional. O ex-presidente Lula, ao contrário, tem sua trajetória acompanhada desde o regime militar, como o líder operário que resistiu à ditadura, enfrentou a repressão e perdeu três eleições, até conseguir chegar à presidência, lugar que lhe era destinado.
A grandeza de espírito da carta não chegou a uma instituição importante, que tem como sua principal missão a guarda da história do Brasil republicano. No Museu da República, instalado no Rio de Janeiro no histórico Palácio do Catete, uma exposição que pretende contar a história da república brasileira apresenta Fernando Henrique como um presidente que se aproveitou eleitoreiramente do Plano Real, promoveu privatizações que “venderam o Brasil” e conseguiu sua reeleição comprando votos de deputado e senadores no Congresso Nacional. O ex-presidente Lula, ao contrário, tem sua trajetória acompanhada desde o regime militar, como o líder operário que resistiu à ditadura, enfrentou a repressão e perdeu três eleições, até conseguir chegar à presidência, lugar que lhe era destinado.
A concepção geral da mostra, que tem curadoria da historiadora Maria Helena Versiani, é bem tradicional. Em todas as salas, a ideia é a mesma. Textos curtos estampados nas paredes, muitas fotos, alguns objetos e poucos comentários. O início da parte dedicada à República Cidadã, que ocupa duas salas, não é muito diferente. A narrativa, linear, passa por Tancredo Neves, José Sarney, Ulysses Guimarães e a Constituição de 1988, e uma pincelada na força dos movimentos sociais, sintetizados em um cartaz da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) pedindo pela reforma agrária. Na última, a coisa muda de figura. Só dá Lula, e Fernando Henrique merece textos como o que se segue: “Em 1998, Fernando Henrique é reeleito em um processo marcado por denúncias de favorecimento político em troca de apoio. Consolidou-se um projeto de redução do papel do Estado na economia, que envolveu privatização de várias empresas.”
Bem diferente do tom da apresentação do governo Lula. “O candidato do PT, ex-metalúrgico e líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva venceu as eleições presidenciais em 2002 e 2006, a partir da articulação de uma aliança que reunia extremos da política. Seu governo vem obtendo bons indicadores nas áreas econômica e social, com destaque para a erradicação da fome no Brasil. Não obstante, a sua gestão foi, em mais de um momento, associada a escândalos de corrupção”.
Mais do que as palavras, no entanto, o que marca a diferença de tratamento entre FH e Lula é a iconografia. O período de 1994 a 2002 é ilustrado por fotos burocráticas e charges contrárias à privatização. “Se privatizar, o Brasil vai rachar”, diz uma. Em outra, alguém diz a FH: “Presidente, não consigo achar o Brasil”. Ele responde: “Claro que não... Eu vendi”.
Enquanto isso, o louvor a Lula aparece na foto da grávida que escreveu na barriga “Lula eu te amo”, em uma pequena garrafa na qual um artesão nordestino desenhou com areia a imagem de Lula e de Mariza Letícia e escreveu: “Luiz Inácio Lula da Silva, a nação brasileira te ama.” Penduradas no teto, bandeiras do PT, do PDT, do PCdoB, do PMDB, do Movimento dos Sem Terra e da Força Sindical coroam a euforia lulista da República Cidadã. Bem diferente do tom da apresentação do governo Lula. “O candidato do PT, ex-metalúrgico e líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva venceu as eleições presidenciais em 2002 e 2006, a partir da articulação de uma aliança que reunia extremos da política. Seu governo vem obtendo bons indicadores nas áreas econômica e social, com destaque para a erradicação da fome no Brasil. Não obstante, a sua gestão foi, em mais de um momento, associada a escândalos de corrupção”.
Mais do que as palavras, no entanto, o que marca a diferença de tratamento entre FH e Lula é a iconografia. O período de 1994 a 2002 é ilustrado por fotos burocráticas e charges contrárias à privatização. “Se privatizar, o Brasil vai rachar”, diz uma. Em outra, alguém diz a FH: “Presidente, não consigo achar o Brasil”. Ele responde: “Claro que não... Eu vendi”.
Para o historiador e professor do departamento de ciências sociais da UFSCar Marco Antônio Villa, o discurso pró-Lula está contaminado pelo espírito do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) da época de Getúlio Vargas, o último presidente a morar no Palácio do Catete. “Essa história que começa no dia 1º de janeiro de 2003 não faz sentido em um museu oficial que pretende contar a história republicana. “É uma leitura religiosa e, no fundo, reacionária”, afirma. Leia MAIS
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8 comentários:
Parabéns! Ótimo artigo.
Tudo muito vergonhoso como sempre. Pobre do povo que precisa de ídolos mesmo que para enganá-los.
Mas a natureza está tratando disso. O idiota tem que ser calado de um jeito ou de outro. Que vire mito ou santo milagreiro, bemmm longe daqui!
É uma pena a nosso valoroso regime militar não ter executado sumariamente todos os comunas desse país. Mas ainda há tempo devemos começar com um nova Revolução (MO64 - Movimento pela Ordem 64) e aí finalmente, poderemos limpar esse país dessa esquerda safada que fez nossa massa miserável e ignorante pensar que pode ter os mesmos direitos de um empresário que batalhou para chegar onde chegou. O voto censitário precisa voltar urgente, juntamente com uma política de esterilização em massa. Não dá mais, antes podíamos viajar tranquilos, agora temos que dividir o avião com pessoas, que nem mereciam estar lá. E essas bolsas, soube pela internet de pessoas que largaram o emprego para usufruir de mais de 3000 reais de benefícios sociais, onde já se viu, sou obrigado a comprar um Macbook cheio de impostos para encher a barriga de vagabundos. Órgãos sérios de imprensa como VEJA precisam mobilizar nossa sociedade para uma nova Revolução, uma que devolva nosso país aos homens de bem, nesse sentido ao contrário de cotas e outras frescuras o certo seria uma separação em nossas universidades, só poderia estudar nas públicas quem pudesse provar que pagou x de imposto de renda, afinal, quem financia é que deve utilizar. Certo?
É a ignorância e o maucaratismo em ação.
Que eu saiba, Getulio Vargas suicidou-se, e com Lula, o que ira acontecer? No artigo, ja mostra o antigo DIP, bem vivo.
Uma desvantagem do vidro é que se quebra com muita facilidade.
Anonimo
A última vez que fui ao Palácio do Catete Lula ainda era presidente.
Naquele tempo,na parte em que falava dos feitos dos presidentes e suas esposas,dava pena o curriculum de D.Mariza Letícia,
estava reduzida a uma sombra
"acompanhou Lula..." ao passo que o de D.Ruth Cardoso dava inveja (no bom sentido).Será que viram a diferença como eu vi?
É mais uma LULISSE!
Fascismo puro!
Uma vergonha.!!!
Mas não se pode esperar nada diferente deste homem e seus seguidores.
Será que não se pode fazer nada contra uma coisa tão vergonhosa?
O país já está morto e entrou na fase de putrefação.
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