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segunda-feira, fevereiro 13, 2012

OPOSIÇÃO ARRANCA COM FORÇA NA VENEZUELA!

Charge que foi twitada pelo prestigiado jornalista venezuelano Nelson Bocaranda Sardi, que diz subscrevê-la, no que concordo e subscrevo também. Bela sacada do Meollo Criollo.
Transcrevo após este prólogo, um bom texto do jornalista Lourival Sant'Anna, enviado do jornal O Estado de São Paulo à Venezuela, sobre as eleições primárias organizada pela MUD - Mesa de Unidade Democrática que conseguiu, pela primeira vez, unir os partidos oposicionistas com um só nome - Henrique Capriles Randonski, governador do estado de Miranda, para disputar a eleição presidencial prevista para 7 de outubro de 2012. A expressiva participação dos venezuelanos, inclusive de exilados perseguidos pelo regime chavista que se encontram em outros países, faz com que os oposicionistas arranquem com força para o pleito presidencial. Leiam:
Boa parte dos eleitores venezuelanos desafiou ontem o presidente Hugo Chávez e saiu para votar nas prévias que definem o candidato único da oposição que o enfrentará na eleição presidencial de outubro. Como era esperado, as filas foram maiores nos bairros de classe média, mas mesmo em áreas mais pobres e antigos redutos chavistas houve participação expressiva de eleitores.
O fechamento das seções foi prorrogado em 1 hora, até as 17 horas locais (19h30 em Brasília), porque ainda havia filas. "Em todo o país, o povo saiu para votar, superando as expectativas que tínhamos", disse Teresa Albanes, presidente da Comissão Eleitoral de Primárias da Mesa da Unidade Democrática, a frente oposicionista, que reúne cinco candidatos a presidente. Além deles, disputaram as primárias também candidatos a governadores e a prefeitos para as eleições regionais marcadas para novembro. No total, foram escolhidos candidatos para 268 cargos, de um total de 1.037 postulantes.
O dia transcorreu com tranquilidade. As primárias tiveram o respaldo do Conselho Nacional Eleitoral, que forneceu as listas de eleitores e alugou as urnas eletrônicas, e das Forças Armadas, que mobilizaram 90 mil homens para garantir a ordem. Apenas queixas localizadas de irregularidades, como propaganda nas seções eleitorais, foram registradas. "A Comissão está satisfeita com o andamento do processo", declarou Teresa Albanês.
Os resultados deveriam sair no fim da noite de ontem, no horário de Brasília. O favorito para a candidatura presidencial, segundo as pesquisas, era o governador de Miranda, Henrique Capriles Radonski - de apenas 39 anos, que se define como alguém em busca da reconciliação, num país profundamente polarizado entre pró e antichavistas.
As pesquisas colocavam Capriles cerca de 20 pontos porcentuais à frente do segundo colocado, Pablo Pérez, de 42 anos, governador de Zulia, também definido como de centro-esquerda. Concorriam ainda a deputada María Corina Machado, o ex-senador e ex-chavista Pablo Medina e o diplomata Diego Arria.
Tão importante quanto o resultado, para a oposição, era o comparecimento. Todos os 18 milhões de eleitores venezuelanos podiam votar. Nas últimas eleições, para a Assembleia Nacional, em 2010, o país se mostrou dividido praticamente ao meio, com vitória por 51% a 49% para a oposição, que, mesmo assim, ficou em minoria no Parlamento, por causa do sistema proporcional de divisão por Estados.
A Comissão Eleitoral prometeu destruir as atas de votação 48 horas após o fechamentos das urnas e dirimidos eventuais questionamentos dos resultados. Mesmo assim, muitos funcionários públicos não foram votar, com receio de perseguição pelo governo, e da formação de "listas negras", como ocorreu no passado. "Não tenho medo de vir votar porque o governo não me dá de comer", disse Reynaldo Salas, de 22 anos, dono de um loja de celulares na capital.
Chávez participou ontem de um desfile militar pelo Dia da Juventude no Estado de Aragua. Parafraseando Simón Bolívar, herói da independência, o presidente declarou: "Independência ou nada. Não podemos permitir que se feche a porta de novo, que a Venezuela volte a perder sua independência." Sem fazer referência às primárias, Chávez lembrou o golpe militar fracassado, do qual participou, em 4 de fevereiro de 1992, e destacou que, só com essa independência, conquistada em seu governo, iniciado em 1999, a Venezuela poderá "ser um país potência, nessa parte do continente americano". Do site do jornal O Estado de São Paulo

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2 comentários:

Sam Spade disse...

Excelnte notícia hein? Aluízio. Seria ótimo a vitória da oposição na Venezuela, seria uma ducha de água fria nesta esquerdalha de latinoamérica. Seria bom até para o nosso Bananão, iria pelo menos arrefecer um pouco essa sanha autoritária do lullopetismo que acha que pode tudo.

Anônimo disse...

Prezado Aluizio

No texto de L. Santanna vejo algo que se aplica perfeitamente ao nosso Brasil - o candidato Capriles diz que se apresenta como o candidato da reconciliação dos venezuelanos. Depois de doze anos de chavismo foi criado um abismo entre seus partidários e seus opositores. Aqui em nosso País vejo situação muito parecida. Uma nação brasileira dividida por um jeito de fazer política autoritário, que procura oprimir a quem se opõe ao modo petista de governar. O povo brasileiro também vai encontrar um caminho para se livrar desta imposição.

Sds

José Anibal - Taubaté