“Se compete a alguém mentir é aos líderes da cidade, nos interesses da
própria cidade, em virtude dos inimigos ou dos cidadãos”, escreveu
Platão em sua obra A República. “A todas as demais pessoas não é
lícito esse recurso.”Não pela primeira vez, o assunto abordado pelo
filósofo grego no século IV a.C. foi retomado recentemente pelo premiado
autor John Mearsheimer, professor de ciências políticas e codiretor do
programa de Política de Segurança Internacional da Universidade de
Chicago.
Seu livro Por que os líderes mentem foi lançado no
Brasil recentemente, pela Editora Zahar. Diferentemente de obras
anteriores que se propõem a ressaltar a dificuldade de dissociar
política e mentira, Mearsheimer traz conclusões surpreendentes.
Os
políticos, diz ele, usam a mentira de maneiras diferentes no contexto
doméstico e internacional: se mentem com certa frequência ao seu povo, é
bem mais raro que mintam entre si. Segundo Mearsheimer, os chefes de
governo de países democráticos também mentiriam mais do que os
autocratas. Confira a entrevista concedida ao site de VEJA
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