O terror vermelho continua ameaçando o Brasil |
O que segue é a íntegra do editorial do jornal O Globo, rebatendo a funesta tentativa do PT de intimidar os jornalistas com frequentes ameaças de censura. Pelo fato de que os veículos da grande imprensa têm suas redações controladas por esbirros comunistas que apóiam o PT, sobram apenas eventuais editoriais, como este de O Globo.
Por enquanto os demais veiculos da grande mídia praticam um silêncio que pode custar a sobrevivência da liberdade de imprensa. Foi assim, timidamente, em pequenos ataques, que comunistas, fascitas e nazistas impuseram a censura à imprensa. O resultado foi o assassinato em massa e o terror como estratégia de governo.
Os jornalões continuam pisando em ovos temendo a patrulha comunista.
Contudo, o editorial de O Globo é importante e faço a transcrição a partir do blog do Reinaldo Azevedo. Leiam:
Blogs
e veículos de imprensa chapa branca que atuam como linha auxiliar de
setores radicais do PT desfecharam uma campanha organizada contra a
revista “Veja”, na esteira do escândalo Cachoeira/Demóstenes/Delta.
A operação
tem todas as características de retaliação pelas várias reportagens da
revista das quais biografias de figuras estreladas do partido saíram
manchadas, e de denúncias de esquemas de corrupção urdidos em Brasília
por partidos da base aliada do governo.
É
indisfarçável, ainda, a tentativa de atemorização da imprensa
profissional como um todo, algo que esses mesmos setores radicais do PT
têm tentado transformar em rotina nos últimos nove anos, sem sucesso,
graças ao compromisso, antes do presidente Lula e agora da presidente
Dilma Roussef, com a liberdade de expressão.
A manobra se
baseia em fragmentos de grampos legais feitos pela Polícia Federal na
investigação das atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, pela qual
se descobriu a verdadeira face do senador Demóstenes Torres, outrora
bastião da moralidade, e, entre outros achados, ligações espúrias de
Cachoeira com a construtora Delta.
As gravações
registraram vários contatos entre o diretor da Sucursal de “Veja” em
Brasília, Policarpo Jr, e Cachoeira. O bicheiro municiou a reportagem
da revista com informações e material de vídeo/gravações sobre o baixo
mundo da política, de que alguns políticos petistas e aliados fazem
parte.
A
constatação animou alas radicais do partido a dar o troco. O presidente
petista, Rui Falcão, chegou a declarar formalmente que a CPI do
Cachoeira iria “desmascarar o mensalão”.
Aos poucos,
os tais blogs começaram a soltar notas sobre uma suposta conspiração de
“Veja” com o bicheiro. E, no fim de semana, reportagens de TV e na
mídia impressa chapas brancas, devidamente replicados na internet,
compararam Roberto Civita, da Abril, editora da revista, a Rupert
Murdoch, o australiano-americano sob cerrada pressão na Inglaterra,
devido aos crimes cometidos pelo seu jornal “News of the World”,
fechado pelo próprio Murdoch.
Comparar Civita a Murdoch é tosco exercício de má-fé, pois o jornal inglês invadiu, ele próprio, a privacidade alheia.
Quer-se
produzir um escândalo de imprensa sobre um contato repórter-fonte. Cada
organização jornalística tem códigos, em que as regras sobre este
relacionamento - sem o qual não existe notícia - têm destaque, pela sua
importância.
Como
inexiste notícia passada de forma desinteressada, é preciso extremo
cuidado principalmente no tratamento de informações vazadas por fontes
no anonimato.
Até aqui,
nenhuma das gravações divulgadas indica que o diretor de “Veja”
estivesse a serviço do bicheiro, como afirmam os blogs, ou com ele
trocasse favores espúrios. Ao contrário, numa das gravações, o bicheiro
se irrita com o fato de municiar o jornalista com informações e dele
nada receber em troca.
Estabelecem
as Organizações Globo em um dos itens de seus Princípios Editoriais:
“(…) é altamente recomendável que a relação com a fonte, por mais
próxima que seja, não se transforme em relação de amizade. A lealdade
do jornalista é com a notícia”.
E em busca
da notícia o repórter não pode escolher fontes. Mas as informações que
vêm delas devem ser analisadas e confirmadas, antes da publicação. E
nada pode ser oferecido em troca, com a óbvia exceção do anonimato,
quando necessário.
O próprio
braço sindical do PT, durante a CPI de PC/Collor, abasteceu a imprensa
com informações vazadas ilegalmente, a partir da quebra do sigilo
bancário e fiscal de PC e outros.
O
“Washington Post” só pôde elucidar a invasão de um escritório democrata
no conjunto Watergate porque um alto funcionário do FBI, o “Garganta
Profunda”, repassou a seus jornalistas, ilegalmente, informações
sigilosas.
Só alguém de dentro do esquema do mensalão poderia denunciá-lo. Coube a Roberto Jefferson esta tarefa.
A questão é
como processar as informações obtidas da fonte, a partir do interesse
público que elas tenham. E não houve desmentidos das reportagens de
“Veja” que irritaram alas do PT.
Ao
contrário, a maior parte delas resultou em atitudes firmes da
presidente Dilma Roussef, que demitiu ministros e funcionários, no que
ficou conhecido no início do governo como uma faxina ética. Transcrito do blog do Reinaldo Azevedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário