Um grupo de docentes da Universidade Federal de Brasília
(UnB) entrará, ainda nesta semana, com uma ação judicial contra a
reitoria da instituição, cujo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
(Cepe) reconheceu na última quinta-feira, 31, o movimento de greve dos
docentes, deflagrada em 21 de maio. "Queremos apenas garantir que os
nossos deveres, e não direitos, sejam cumpridos", diz Marcelo Hermes
Lima, professor dos cursos de Medicina e Nutrição da UnB.
Junto ao reconhecimento da paralisação e dos prejuízos que ela tem
trazido para a universidade, a instituição suspendeu também as datas
finais do calendário e garantiu a reposição integral das aulas após o
término da paralisação. Este último ponto tem gerado uma série de
discussões, pois implica na reposição também para aqueles que não
aderiram à greve e que permanecem dando aulas. Notas e faltas atribuídas
durante o período também poderão ser contestadas, caso os alunos
grevistas assim desejem. A decisão visa garantir o direito dos alunos
que, em apoio à luta dos professores, decidiram parar.
"O Cepe retirou dos professores o direito legítimo que eles têm de
não aderir à greve e permanecer dando aulas", diz Demas Soares, advogado
do Franco&Gonçalves Umbelino, escritório responsável pela ação que
será impetrada pelos professores. "Além disso, UnB concedeu aos alunos o
direito de faltar", diz.
A decisão tem causado efeitos reais ao movimento. Segundo Ebenezer
Nogueira, presidente da Associação dos Docentes da Universidade de
Brasília (ADUnB), a adesão à greve intensificou-se nos últimos dias. "Na
semana passada, tínhamos algo em torno de 60, 70% dos professores
apoiando a paralisação; hoje, esta adesão deve estar próxima a 100%",
afirma.
Segundo o advogado que trabalha com o caso, a ação que será movida
nos próximos dias tentará primeiro suspender a resolução do Cepe, já que
o ato administrativo referente à decisão sequer foi homologado. Ao seu
ver, a publicação da informação no site na instituição foi uma
"iniciativa arbitrária". "Com a suspensão do ato, os docentes não
grevistas poderão retornar à faculdade e ministrar suas aulas, sem
sofrer qualquer tipo de pressão contrária", comenta. A medida visa a
reforçar a validade das aulas e avaliações aplicadas desde o início da
paralisação, dispensando assim a reposição delas aos alunos grevistas.
Procurado pela reportagem, José Américo Garcia, decano de ensino de
graduação da UnB, disse desconhecer a intenção da ação e afirmou que
"antes de uma medida judicial, os (docentes) que se sentem prejudicados
poderiam ter requerido uma reconsideração da decisão do Cepe". Segundo o
professor, isso não foi feito. Do site do jornal O Estado de S. Paulo
2 comentários:
A molecada ja cresce burra,os politicos estão como querem,o povo emburrecido e contribuindo para a eternização do poder...
ABRAÇOS FRATERNOS !
ABAIXO A DITADURA!
Muito fraquinha mas se vislumbra uma luz no fim do tunel...PROFESSORES (com maisculas mesmo), verdadeiros patriotas se mobilizando para cumprir o seu dever. Que bonito! Mas, os petralhossauros não vão desistir. Por isso, vamos mobilizar o maior número possível de patriotas!
Eduardo.45
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