Com queda dos investimentos das empresas e do governo, o desempenho da
economia brasileira no primeiro trimestre ficou abaixo das expectativas
mais pessimistas -e os dados não prenunciam uma aceleração tão cedo.
Segundo divulgou o IBGE, a produção nacional, reunindo indústria,
agricultura e serviços, praticamente não cresceu no período e se mantém
perto da estagnação desde a metade do ano passado, a despeito da queda
dos juros e da sucessão de pacotes oficiais de estímulo.
Tudo somado, o Produto Interno Bruto -ou seja, toda a renda gerada no
país- medido de janeiro a março foi apenas 0,2% superior ao dos três
meses anteriores. As previsões mais comuns no mercado e em Brasília
variavam de 0,3% a 0,6%.
O resultado não só é incompatível com a meta do governo Dilma Rousseff
de um crescimento de 4,5% neste ano, já sepultada, como põe em risco até
o prêmio de consolação de uma taxa acima dos modestos 2,7% de 2011.
Não há um cenário de alarme, porque o desemprego se mantém baixo, preserva o consumo das famílias e atenua o desgaste político.
Mas a estagnação ameaça as promessas de um caminho mais curto rumo ao
desenvolvimento: desde o início do mandato da presidente, foram cinco
trimestres consecutivos de expansão abaixo de 1%, o que não acontecia
desde o final dos anos 90.
PIOR FORA DA EUROPA
Entre as maiores economias que já divulgaram os resultados do trimestre, o desempenho brasileiro é o pior fora da Europa.
Detalhados, os números evidenciam o impacto da crise global sobre um dos
calcanhares de aquiles da economia nacional: a escassez de
investimentos para ampliar a capacidade produtiva.
Diante das incertezas do quadro internacional, as obras de
infraestrutura e as compras de máquinas e equipamentos tiveram a maior
queda desde o colapso do final de 2008, no momento mais agudo da crise.
Apenas 18,7% da renda nacional foram destinados aos investimentos,
abaixo dos 19,5% há um ano. A política econômica tem como meta uma taxa
de 25%, para que o crescimento do consumo interno possa ser atendido sem
uma escalada da inflação ou das importações.
"VOO DE GALINHA"
Motor do crescimento na era Lula e alvo principal dos recentes pacotes
de Dilma, o consumo das famílias se mantém em alta, mas não exibe mais o
antigo fôlego.
Para Armando Castelar, da Fundação Getúlio Vargas, o modelo de estimular
o consumo de bens duráveis está esgotado. "As famílias estão
endividadas. A inadimplência está em alta, apesar da queda do
desemprego."
Em consequência, o ritmo de expansão anual da economia é decrescente
desde o salto de 7,5% comemorado em 2010. "Voltamos ao padrão do voo de
galinha."
O consumo é insuficiente para uma retomada vigorosa do comércio e dos
serviços, que respondem por quase 70% do PIB e são os setores mais
resistentes a crises.
Para piorar, a agricultura teve resultado desastroso no trimestre em
razão dos efeitos da seca no Sul em lavouras de soja. A indústria, setor
mais afetado pela freada, teve crescimento, mas graças à comparação com
o fraco desempenho no final de 2011. Da Folha de S. Paulo deste sábadoMEU COMENTÁRIO: Querer dizer, como diz este texto da Folha que a economia brasileira é melhor do que a da Europa não tem nenhum cabimento. Isso é um delírio. A menos que o editor da Folha de S. Paulo acredite que países como Portugal, Grécia e Espanha sejam realmente países europeus no estilo da Alemanha e Inglaterra.
O Brasil continua sendo um país em que a produção em ciência e tecnologia é zero. A salvação é a lavoura. Todavia, se prevalecerem as teses ecochatas capitaneadas por aquela inteligência rara que é a tal de Marina Silva, juntamente com o seu séquito de idiotas, o Brasil estará liquidado. Ou seja, do jeito que os ecochatos gostam. Todo mundo andando de tanga e fumando maconha.
3 comentários:
Sr Aluizio Amorim:
O pessoal do estadão,jornal que não serve para embrulhar peixe,comentava que a folha era um projeto de jornal.
Hoje posso afirmar, que a folha de São Paulo, de graça é caro pois o projeto de jornal deu errado.
A folha de São Paulo hoje é um canteiro onde se planta notas e noticias falsas ou desvirtuadas
Saudações
Para reforçar o seu comentário ao final do post digo que o correto é dizer que a economia na Europa está pior que no Brasil e não que o Brasil está melhor que a Europa, afinal não fomos nós que melhoramos , foram eles que pioraram. Da mesma forma quando a economia brasileira passou a ser a 6° do mundo passando a britânica, a comemoração foi descabida, pois o que aconteceu foi que a economia britânica retraiu muito e não a brasileira que cresceu. Se um atleta mediano ganha uma corrida somente porque o favorito tropeçou e torceu o tornozelo nos últimos metros da prova ele não pode sair por aí falando que é o bom, que é melhor que o outro; deixa o tornozelo do outro sarar para ver se o exibido de momento terá alguma chance. Citei este exemplo pois ele exemplifica bem uma das caracteristica de um petralha: um petralha não tenta melhorar, ele fica torcendo para os outros piorarem (na maioria das vezes não fica só na torcida, tenta derrubar mesmo).
Titônio - Mga
Anônimo disse... o fato é que os grandes do velho mundo cresceram com as colonizações, e se mantiveram no alto com a industrialização, em que eles eram os detentores,a maiorias dos países hoje possui um setor industrial grande o pequeno, mais a china veio para desequilibrar as economias, emergentes e mesmo as grandes,no brasil o fato e que a má distribuição de renda dita a regra, e o governo pensou que a solução era endividar a classe média com financiamento a ver navios o rico tem seus próprios recursos o pobre miserável e um excluído, mais uma vez foi sacrificado a classe média, ou aquele que pensa que pode. metodologia que não funciona é querer resultado a curto prazo ou apenas mostrar que se faz alguma coisa, mais a população mesmo que ignorante sabe que a desigualdade da sociedade e muito grande e as massas iram se movimentar para mudar espere e verá.
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