A reunião do projeto "Cura Gay" começou tranquila, mas depois o pau pegou. Psicóloga foi acusada de "barraqueira". |
Gritos, bate-boca e muita confusão marcaram a audiência pública feita
nesta quinta-feira, 28, para discutir o projeto de decreto legislativo
234/11, conhecido como Projeto da Cura Gay. De autoria do deputado João
Campos (PSDB-GO), da bancada evangélica, a proposta abre caminho para
que psicólogos ofereçam "tratamento" para homossexuais mudarem sua opção
sexual. Desde 99, uma norma do Conselho Federal de Psicologia (CFP)
proíbe que profissionais façam esse tipo de promessa para seus
pacientes.
O texto de Campos propõe ainda a retirada de outra proibição feita
pelo CFP: a de profissionais usarem a mídia para reforçar preconceitos a
grupo de homossexuais. A audiência, convocada pelo relator do projeto,
deputado Roberto de Lucena (PV-SP), deveria ter cinco debatedores, mas
apenas dois compareceram.
O CFP não aceitou o convite por considerar a composição da mesa pouco
equilibrada. Em um manifesto enviado à Câmara dos Deputados,
integrantes do conselho afirmaram que atores importantes não foram
convidados para o debate e lembraram que desde 1970 a homossexualidade
não é considerada como um transtorno psicológico. A mesa esvaziada de
debatedores, no entanto, não reduziu a temperatura da reunião. A
polêmica ganhou força depois de uma das convidadas, a psicóloga Marisa
Lobo, defender o direito de psicólogos atenderem pacientes que busquem
mudar a sua orientação sexual. Ela disse acreditar ser possível que o
paciente mude sua orientação se esse for o seu desejo.
O coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT na
Câmara, deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), disse ter ficado "constrangido"
com a defesa da psicóloga. Marisa revidou, foi advertida mas, mesmo
assim, não baixou o tom. "Não ofendi o deputado. Ele é que tentou me
diminuir, tentando afirmar que minhas posições não podem ser
consideradas apenas porque sou religiosa". A partir daí, o tumulto se
formou. Um bate-boca entre Marisa e representantes do Movimento Gay se
instalou: "Ser cristão não significa ser alienada", disse a psicóloga
para uma plateia que revidava chamando-a de "barraqueira" e
"fundamentalista".
O duelo verbal somente não aumentou porque integrantes do movimento
saíram quando Jair Bolsonaro (PP-RJ) começou a falar. "Quem gostaria de
ter um filho gay?", perguntava ele, durante o discurso. Mesmo com
plenário mais vazio, o clima de auditório permaneceu. Falas do autor do
projeto, João Campos, eram volta e meia interrompidas pelos clássicos:
"muito bem!", do grupo de religiosos que acompanhava a discussão. No
final da audiência, mais um momento de embate. Depois de criticar a
decisão de o CFP não participar da audiência, o deputado Roberto de
Lucena (PV-SP), decidiu ler trechos do manifesto do conselho.
Integrantes do movimento gay presentes à reunião começaram a ler o texto
na íntegra provocando nova confusão. Eles foram retirados do plenário
da comissão por seguranças da Casa.
Luth Laporta, da Companhia Revolucionária Triângulo Rosa, que esteve
presente na audiência, disse que não havia nenhuma isenção dos deputados
durante a audiência. "Essa foi uma audiência feita pela comunidade
evangélica para comunidade evangélica. Não houve uma discussão
democrática", disse. Do site do jornal O Estado de São Paulo
5 comentários:
Marta SubLicy SupLicy vê retrocesso no combate à homofobia. Bobó Bobia Homó Fobia e Fomia e Bobé Home Boben Homen que recebe Homenagem.
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) criticou neste domingo a demora na votação do projeto que criminaliza a homofobia no País.
Durante entrevista coletiva que precedeu a abertura da 16.ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), na capital paulista, Marta disse que é um "retrocesso" o fato de o assunto não ter sido votado no Congresso após 16 anos de edições da Parada Gay. Neste ano, o tema escolhido pelos organizadores foi "Homofobia Tem Cura: Educação e Criminalização".
Marta é relatora na Comissão de Direitos Humanos do Senado do projeto de lei 122/06, que criminaliza a homofobia no Brasil. O projeto foi apresentado originalmente pela então deputada Iara Bernardi (PT-SP) em 2001. Só no Senado a tramitação já dura seis anos.
Ao ser questionada sobre a razão da ausência no evento do pré-candidato petista a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, Marta, vestida com uma jaqueta de paetês prateados - "que a ocasião pede" -, foi evasiva. Perguntada se o fato de Haddad não participar da parada era um modo de evitar perda de votos entre evangélicos, segmento do eleitorado no qual é questionado por haver proposto o kit anti-homofobia quando era ministro da Educação, a senadora disse: "Isso é muito sério.
Temos de pensar o que está acontecendo com a sociedade brasileira, que vive um retrocesso. Uma força de setores conservadores que não representam a maioria da sociedade acaba impondo essas ações e esses valores", afirmou, sem citar diretamente Haddad.
O ministério, na época de Haddad, chegou a preparar material composto de vídeos, boletins e um caderno que trabalhava o tema do homossexualismo em sala de aula e no ambiente escolar. A distribuição do chamado kit anti-homofobia, no entanto, foi suspensa pela presidente Dilma Rousseff após protestos das bancadas religiosas no Congresso.
ttaccon
Salve.
Ah, essa mídia incapaz de fugir dos padrôes "pogressistas"!
Do jeito que a matéria está redigida parece que a Dr.a Marisa é uma charlatã... por fazer promessas de cura, do tipo "trago a pessoa amada em 3 dias"... e pregadora do ódio, embora só o diabo deva saber exatamento o que o CFP considera como sendo "reforçar o prconceito a grupos de homosexuais"... talvez contestar os números mentirosos das tais paradas do orgulho gay ou críticar a matemática torta do Kit gay, afinal ficaria implícita a insinuação que a gayzada é além de mentirosa, burra... homophobia pura, não?
Como se fosse charlatã!? Ela é charlatã. Esses evangélicos vigaristas que vivem de enriquecer às custas dos trouxas que lhes pagam o dízimo, pegaram os homossexuais para Cristo (que ironia) e não param de persegui-los. Esse papo de cura gay é o cúmulo do ridículo e do absurdo! Fora que se trata de questão particular do código de ética dos psicólogos e não questão do Estado. Só mesmo nesse brasil medieval para se ver uma coisa dessas. Esses vagabundos desses políticos deviam fazer alguma coisa útil pelo país em vez de viver perseguindo segmentos da população.
Tédio...
"É curioso que os ativistas tentem nos fazer acreditar que a orientação sexual de um indivíduo, no caso, um homossexual, seja o único traço verdadeiramente normal e saudável de sua identidade, enquanto que seus sentimentos de rejeição diante desta orientação, sempre e necessariamente, refletiriam a parte mais doentia de sua personalidade. É como se o desejo sexual e o erotismo fossem o que há de mais essencial, sublime, verdadeiro e irredutível de sua identidade, sendo tudo o mais mero produto de convenções sociais arbitrárias e impositivas (...)"
http://www.midiasemmascara.org/artigos/direito/13187-carta-aberta-aos-psicologos-do-brasil.html
evangélicos são altamente dementes com uma suave pitada de nazistas. Corro léguas!
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