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quinta-feira, agosto 30, 2012

CONDENADO POR 3 CRIMES, PETISTA JOÃO PAULO CUNHA DESISTE DA CANDIDATURA.

João Paulo Cunha é tido como um modelo da espécie petista. Reparem no seu olhar e o cabelo ensebado.
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participar do mensalão, o deputado João Paulo Cunha comunicou ao PT a decisão de retirar sua candidatura à prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo. O vice de sua chapa, Jorge Lapas (PT), ex-secretário municipal de Governo, assumirá a candidatura.
Ainda que predomine a avaliação que a candidatura de Jorge Lapas não terá tempo hábil para ganhar musculatura, os petistas pressionaram o deputado para que ele abandonasse a disputa. A avaliação é que o desgaste pela condenação por corrupção inviabilizou sua permanência nas eleições e que ele seria bombardeado na propaganda de rádio e TV – além, é claro, da incerteza sobre sua possível prisão ao término do julgamento do mensalão. "Não tinha mais condições", afirmou João Góis. presidente municipal do PT em Osasco. 
Além disso, João Paulo foi orientado por dirigentes do PT a se dedicar, a partir de agora, à tentativa de manter seu mandato de deputado federal na Câmara. Ele deverá enfrentar processo de cassação em Brasília tão logo os trâmites judiciários da ação penal acabem, possivelmente só em 2013.
Não será a primeira vez que ele terá de lutar para não ser defenestrado do Congresso: em 2006, livrou-se da cassação por apenas um voto no plenário após sucessivas tentativas de acordo com a oposição.
Vice - Dirigentes do PT, entre eles João Paulo, estão reunidos na noite desta quinta-feira na sede do Sindicato dos Bancários, em Osasco, para traçar os rumos da campanha e oficializar a renúncia. Durante a reunião, o atual prefeito da cidade, o petista Emídio de Souza, afirmou que "estamos enxugando lágrimas". Entretanto, pediu aos dirigentes do partido "energia redobrada e total empenho para eleger Jorge Lapas".  Segundo aliados, João Paulo pressiona agora para emplacar Valmir Prascidelli como novo vice. Prascidelli é vereador e pertence ao mesmo grupo político de João Paulo.
Agressão - Ao final do encontro, cerca de 50 militantes do PT formaram um cordão de isolamento para a saída do carro de João Paulo e seus aliados. Houve tumulto e briga com a imprensa, principalmente com fotógrafos e cinegrafistas, com xingamentos por parte dos militantes do partido. Aproximadamente 10 minutos após a confusão, e quando já não havia mais nenhum militante no local, a Polícia Militar chegou.
Nos bastidores, petistas avaliam que é real o risco de perder a prefeitura de Osasco para Celso Giglio, do PSDB. A condenação nesta quarta-feira também deu força a uma ala do partido que sempre foi refratária à candidatura de João Paulo. O argumento central é que, além da pecha de mensaleiro, ele não conseguiu fazer a candidatura decolar mesmo respaldado por uma coligação de 20 partidos. Do site da revista Veja

2 comentários:

Atha disse...

Enquanto isso acontece, eis que Em Angola, marqueteiro do PT busca reeleição de líder há 33 anos no poder.

Numa movimentada avenida de Luanda, capital de Angola, um brasileiro segura o trânsito para que um trio elétrico ilustrado com fotos do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, possa manobrar. A poucos metros dali, outro brasileiro, braços tatuados e barba por fazer, dá instruções a três jovens angolanos que tocam violão sentados numa praça: "Atenção, pessoal, já vamos começar a gravar!"

Outros três brasileiros acionam as câmeras no instante em que o trio elétrico passa por baixo de um outdoor de Dos Santos, no poder desde 1979 e que nesta sexta-feira concorrerá às eleições para um novo mandato de cinco anos. Enquanto os jovens cantam uma música que venera o líder, ao fundo quatro retratos do presidente compõem o cenário.

Os responsáveis pela gravação, presenciada pela BBC Brasil na última segunda-feira, integram a numerosa equipe que o publicitário João Santana montou para produzir a campanha eleitoral do MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola), partido que governa o país rico em petróleo no sudoeste africano desde sua independência, em 1975.

Principal marqueteiro do PT – comandou as últimas campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff à Presidência, além de assessorá-los em seus governos –, Santana tem internacionalizado sua atuação nos últimos anos. Ele está à frente da campanha para a reeleição do presidente Hugo Chávez na Venezuela e atuou nas últimas disputas presidenciais em El Salvador e na República Dominicana – venceu ambas.

Leia mais na BBCBrasil.

Atha disse...

Thomaz Bastos diz que voto de Peluso pode ser anulado.

Se você estudou Direito de Direita, aprenda com Bastos que já basta, o Direito de Esquerda do Escardo escardizado.

O advogado e ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos disse, nesta terça-feira (28/8), que o voto do ministro Cezar Peluso no julgamento da Ação Penal 470 pode ser anulado. “Se ele condenar alguns dos réus, ele não dará a pena.

Teremos um voto amputado, com o preceito, mas sem a sanção, de modo que provavelmente se anulará esse voto”, afirmou, durante palestra no 18º Seminário Internacional do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IbcCrim), em São Paulo.

De acordo com Thomaz Bastos, a cisão entre avaliação de culpabilidade e aplicação da pena está prevista no ordenamento jurídico brasileiro apenas para o Tribunal do Júri, que julga crimes contra a vida.

Nesse caso, sete jurados formam o conselho de sentença, responsável por condenar ou absolver o réu, enquanto ao juiz cabe apenas determinar as punições ao eventual condenado. “Estabeleceu-se [no julgamento do mensalão] uma sistemática em que primeiro se condena, para depois, no final, dar-se a pena. É um exemplo único que só encontra paralelo no Tribunal do Júri”, explicou o advogado

Durante o evento, Bastos afirmou que o instituto da defesa está se enfraquecendo no mundo inteiro e considerou a imprensa como parcialmente responsável. “Com a presença avassaladora da mídia, estamos criando figuras que, aos olhos da opinião publicada, não merecem e não podem ser defendidas”, criticou. Na avaliação do advogado, há no Brasil até mesmo um conceito para caracterizar esses réus: são os “indignos de defesa”.