Lançado como uma panacéia ao descalabro administrativo do governo do PT que já chega a uma década sem que tenham sido construídas obras de infra-estrutura de grande impacto como aquelas erigidas pelos governos militares e que mantém o país funcionando até hoje, a Dilma abriu a bocarra para anunciar nada mais do que aumento do estatismo. A reboque desse plano surge mais uma empresas estatal. Como sempre Lula, o demiurgo de Garanhus foi ouvido e vaticinou que lá diante tudo volta ao controle do Estado. Em suma, sob a égide petista o Brasil continua a chafurdar na sacanagem estatal. Quando muito alguns apaniguados poderão encher os bolsos e, quiçá, cevar o caixa 2 eleitoreiro do PT.
No mais esse tal plano de desenvolvimento da Dilma não passa de uma cortina de fumaça para ofuscar o noticiário do mensalão que vem competindo até mesmo com as novelas da Rede Globo.
Vejam o que diz a Folha de S. Paulo:
O governo Dilma Rousseff anunciou seu pacote de concessões de
infraestrutura, que pretende, em cinco anos, duplicar a extensão das
rodovias duplicadas e dobrar a das ferrovias em uso no país ao longo dos
últimos 150 anos.
Nessa primeira etapa, o projeto é duplicar 5.700 km de vias e construir
10.000 km de ferrovias, com investimentos de R$ 80 bilhões. Ao todo, em
30 anos, a expectativa é gerar investimentos privados de R$ 133 bilhões.
O chamado Programa de Investimento em Logística foi elogiado e
classificado de ousado por empresários presentes ao evento, mas também
criticado. Executivos dos setores de rodovias e ferrovias levantaram
dúvidas sobre o financiamento e o prazo fixado pelo governo para a
primeira etapa de cinco anos.
A avaliação é que não há capital disponível no país e que será
necessário buscar investidores externos, num momento de escassez de
crédito.
Segundo empresários ouvidos pela Folha, outra dificuldade é a
taxa de remuneração, considerada por eles baixa em alguns projetos -na
casa de 6%. Isso deve dificultar a captação de recursos para executar os
investimentos previstos.
Quanto à viabilidade de cumprimento dos prazos, foi lembrado que, de
2003 a 2012, o governo só conseguiu concluir oito concessões
rodoviárias. Agora, espera passar à iniciativa privada, num período de
13 meses, 21 concessões, sendo 12 de trens num modelo completamente
inédito e 9 de rodovias.
A equipe presidencial diz entender os questionamentos, mas afirma que
não faltará dinheiro ao BNDES -o governo não descarta aportes do Tesouro
Nacional.
Afirma também que investidores estrangeiros já estão sendo convidados para participar do programa.
Quanto ao prazo, a resposta é que as regras hoje são diferentes e que o
governo tem mais experiência para enfrentar a burocracia e os entraves
verificados no passado.
Lembram ainda que o governo faz exatamente o que o empresariado pedia,
entregando ao setor privado as obras que vão destravar os gargalos do
país.
NOVA ESTATAL
A grande novidade foi a criação de uma estatal chamada EPL (Empresa de
Planejamento em Logística). A empresa vai gerenciar os projetos tentando
desfazer dois nós: a má qualidade e a falta de integração dos projetos.
Pelo modelo de concessão de ferrovias, a concessionária vai construir e
operar as novas ferrovias. Uma estatal pagará pela capacidade de
transporte dessa ferrovia e a revenderá ao mercado.
Se o que a estatal arrecadar for menor que o pago à concessionária, o governo arcará com o prejuízo.
Para alguns empresários, é uma estatização do sistema. Outros dizem que isso evita o monopólio no setor.
Na área de estradas, as concessionárias só poderão cobrar pedágio após
concluir 10% da duplicação. O objetivo é tentar evitar os atrasos das
concessões feitas em 2007, conforme a Folha mostrou ontem. Uma
das causas apontadas é que as empresas ofereceram pedágios muito baixos
para vencer o leilão e ficaram sem caixa.
O modelo de menor pedágio foi mantido nesse pacote. Da Folha de S. Paulo desta quinta-feira
2 comentários:
Isso tudo parece significar que o Brasil deveria ficar todo parado assistindo o julgamento do mensalão, pois tudo o que gora se faz é para ofuscar o mensalão..Francamente, o pais anda, o tempo não para e tudo vai seguindo....
"Uma estatal pagará pela capacidade de transporte ferroviária, se o que a estatal arrecadar for menor que o pago à concessionária, o governo arcará com o prejuízo".
Ideia ruim, pois o preço oferecido estará embutido o custo+lucro da concessionária e mais o custo da estatal que precisará revendê-la.
A concessionária lucrará sempre, enquanto o Estado ficará com o abacaxi, caso o serviço seja ruim e ninguém queira usá-lo.
"Na área de estradas, as concessionárias só poderão cobrar pedágio após concluirem 10% da duplicação..."
Pois é, e o 90% restante como ficarão ?
As concessionárias farão então só os 10% das duplicações pra poderem começar a lucrar...
Na verdade o PT quer privatizar, mas pra não ser acusado de traidor pela esquerda, faz um malabarismo administrativo, misturando privatização com controle estatal, que no final das contas, o Estado arcará com o risco e a iniciativa privada ficará com o lucro.
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