A Justiça Federal aceitou hoje a denúncia encaminhada pelo Ministério
Público Federal no último dia 23 de agosto contra 17 ex-diretores e
funcionários do Banco PanAmericano.
Para a Justiça Federal, eles são réus e vão responder a processo em que
são acusados de crimes contra o sistema financeiro nacional.
As fraudes listadas incluem maquiagem de balanço, desvio de dinheiro,
entre outros crimes financeiros, que levaram a um rombo de R$ 4,3
bilhões ao banco que pertenceu ao empresário Silvio Santos.
O caso ficará a cargo do juiz Marcelo Costenaro Cavali, substituto da 6ª Vara Federal Criminal em São Paulo.
Ele recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF)
contra o ex-presidente do conselho de administração, Luiz Sandoval, o
ex-diretor superintendente Rafael Paladino, e outras 15 pessoas que
trabalhavam no Banco Panamericano.
Segundo a 6ª Vara, entre as práticas narradas na denúncia, os réus
teriam: alterado, de maneira ilícita, o resultado do banco; apresentado
documentos falsos durante a fiscalização do Banco Central, realizado
retiradas indevidas de recursos da instituição, além de outras condutas
denominadas pelo MPF de "relações promíscuas entre o Banco Panamericano e
outras empresas do mesmo grupo econômico".
De acordo com Cavalli, há elementos suficientes para abrir o processo na Justiça.
Sobre o ex-presidente do conselho de administração, o juiz afirma que
decidiu abrir o processo em função do cargo que ocupava, alegando que
ele teria ou deveria ter conhecimento das fraudes. "Em razão do cargo
que ocupava, teria ou deveria ter conhecimento de que a situação
financeira do banco começara a se deteriorar a partir de 2007", disse.
Também são processados Rafael Palladino (ex-presidente do banco), Wilson
de Aro (ex-diretor financeiro), Adalberto Saviolli (ex-diretor de
crédito), entre outros ex-funcionários sob suspeita de formação de
quadrilha, lavagem de dinheiro e de gestão fraudulenta.
Cavali determinou a citação dos réus para apresentarem a defesa prévia.
NOVA ADMINISTRAÇÃO
O Grupo Silvio Santos acertou a venda ao BTG Pactual, do banqueiro André
Esteves, em 31 de janeiro de 2011 por R$ 450 milhões. Naquela data o
rombo decorrente das fraudes era estimado em R$ 4,3 bilhões.
A Caixa Econômica Federal, que havia comprado 36% da instituição em
dezembro de 2009 por R$ 739,3 milhões, afirmou que desconhecia a fraude
contábil antes de fechar a compra de participação no banco PanAmericano.
Em entrevista, o vice-presidente de finanças da Caixa, Márcio Percival,
chegou a afirmar que "todos" foram enganados pela fraude. "A Caixa foi
enganada. O mercado foi enganado, as empresas de auditoria foram
enganadas", afirmou.
Neste ano, sob o comando da Caixa e do BTG Pactual, o PanAmericano mudou
a estratégia de captação de recurso e parou de vender crédito a outros
bancos.
A mudança levou a um prejuízo de R$ 262,5 milhões no segundo trimestre
-dez vezes maior do que as perdas de R$ 25,5 milhões do mesmo período de
2011. Leia MAIS
quarta-feira, setembro 05, 2012
O BAÚ DA INFELICIDADE: JUSTIÇA ACEITA DENÚNCIA CONTRA 17 EX-DIREITORES E FUNCIONÁRIOS DO BANCO PANAMERIDANO.
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Um comentário:
E o dono do banco? Quer dizer que o Sílvio Santos não sabia de nada, não perde nda, não pega cadeia e ainda recebe uns milhões de recmpensa por inventar a farsa da bolada de appel na cabeça do Serra?
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