O editorial do jornal O Estado de São Paulo lança o derradeiro alerta aos cidadãos paulistanos na véspera de uma eleição cujo desfecho não interessa apenas à capital paulista, mas a todo o Brasil. O texto explica muito bem o que está em jogo: a democracia, a liberdade e a sorte dos cofres públicos paulistanos, já que uma eventual vitória do PT, o partido do mensalão, representa uma punhalada no coração do Brasil. O título do editorial é "Resistir é preciso".
Mais de 8,6 milhões de paulistanos estão aptos a ir às urnas amanhã,
no segundo turno do pleito que elegerá o novo prefeito da capital. Na
maior metrópole do País, onde vivem mais de 11,3 milhões de pessoas, o
crescimento demográfico tem sido, nas últimas décadas, muito mais rápido
do que a capacidade dos governantes de planejar e desenvolver uma
infraestrutura urbana e social minimamente capaz de garantir qualidade
de vida, em especial para os habitantes da periferia, onde o aumento da
população é muito maior. O momento de depositar na urna o voto que
decidirá quem estará à frente da Prefeitura da capital nos próximos
quatro anos reveste-se, portanto - particularmente na atual quadra da
vida política nacional -, de um sentido de acentuada responsabilidade
cívica, tanto maior quanto mais excepcionalmente desafiadora é a tarefa à
espera do novo prefeito.
Assim, é de esperar que, tanto quanto possível acima das paixões
partidárias e da mistificação marqueteira que costumam dar o tom das
campanhas eleitorais, o eleitor cumpra seu dever cívico depois de
sopesar criteriosa e objetivamente os programas de governo e as
credenciais de cada um dos candidatos. A eleição de prefeito deve ser
sempre considerada, antes e acima de tudo, como a escolha de um
governante verdadeiramente capaz de resolver os problemas da cidade.
Trata-se de uma obviedade, ostensiva até. Mas que precisa, sem embargo,
ser devidamente assinalada pelo fato de a conjuntura política de âmbito
nacional em que o pleito paulistano se realiza tornar essa questão muito
mais complexa e delicada do que seria normalmente. Em outras palavras,
ao depositar seu voto nas urnas amanhã, o eleitor paulistano não estará
apenas elegendo um novo alcaide, mas influindo decisivamente nos
destinos políticos do País.
Não é suficiente, portanto, levar em conta apenas as qualificações
político-administrativas de Fernando Haddad e José Serra. É necessário
ter em mente o que a vitória de um ou de outro poderá significar para o
futuro do País.
A eleição paulistana é estrategicamente fundamental para o PT,
conforme apregoam as próprias lideranças do partido. Neste momento em
que, por um lado, se jogam as preliminares do quadro sucessório de 2014
e, por outro, o grupo político liderado por Lula vê suas "vísceras
expostas" pelo julgamento do mensalão no STF, a vitória em São Paulo é
essencial para o lulopetismo, tanto para cacifar as pretensões de
consolidar sua hegemonia no cenário político nacional como para lançar
uma cortina de fumaça sobre o grave ônus que representa o atestado de
inidoneidade ao modo petista de governar representado pela condenação de
José Dirceu&Cia. Foi o próprio ex-ministro da Casa Civil, já então
na condição oficial de quadrilheiro, quem anunciou, no dia seguinte à
sua condenação, que "a prioridade" no momento é vencer a eleição em São
Paulo.
Fernando Haddad, a nova invenção de Lula, tem dado de ombros ao
escândalo do mensalão com o argumento de que, pessoalmente, não tem nada
a ver com isso. Provavelmente é verdade. Mas ninguém, nem mesmo o
próprio, é capaz de imaginar que uma eventual administração petista na
mais importante cidade do País possa ser mantida imune ao contágio de
uma mentalidade que deliberadamente confunde Estado e partido. A
voracidade com que, estimulados pelos prognósticos eleitorais, quadros
do PT e aliados se lançam à disputa antecipada por espaço numa futura
administração da cidade é sintoma claro de que se tentará reproduzir
aqui, na hipótese da vitória petista, o lamentável fenômeno do forte
aparelhamento partidário que tem comprometido a eficiência da
administração federal na última década.
Nessa perspectiva, a vergonhosa realidade dos fatos expostos pelo
julgamento do mensalão, antes de constituir um argumento eleitoral
antipetista, é um vigoroso brado de alerta sobre a grave ameaça que
significa para o futuro da democracia no Brasil a desmedida ambição de
poder e o abominável sentimento de impunidade de um grupo político cuja
liderança não hesita em atacar e desqualificar o papel da Suprema Corte
quando esta, constituída por uma maioria esmagadora de membros
escolhidos por ela própria, ousa contrariar seus interesses políticos.
São Paulo precisa continuar resistindo a esse desatino. Do site do jornal O Estado de S. Paulo
sábado, outubro 27, 2012
O DERRADEIRO ALERTA AOS PAULISTANOS: RESISTIR É PRECISO!
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Postado por
Aluizio Amorim
às
10/27/2012 06:41:00 PM
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7 comentários:
Lamentando e reiterando, os paulistanos não votarão no filhote do canalhão mas os invasores, bolsistas, canalhopetralhas e outros vagabundos sim. Esse não leem jornal mas limpam a bunda com ele. Como a esperança é a ultima que morre, quem sabe ainda poderá haver resistência à essa tragédia que se prenuncia sobre São Paulo.
Paulistanos vamos reagir e fogo, muito fogo nelles!!!
Eduardo.45
Custo a crer, sinceramente pensei que paulistano fosse esclarecido, mas é igual aos seus escolhidos.
Parece que o povo gosta de Kit Gay e adora ser ebanado eganado com Banana Nanica e Manzana. É por isso que Braz Brazi não sai da Braza e vive abrazado abraçado com a Braza. O Filho do Brazi sabe como abrazá e sai pro Abraço e você abradeze agradezce.
O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, deve vencer a eleição neste domingo (28). Pesquisa Datafolha concluída hoje, véspera da votação, mostra o petista 16 pontos à frente, com 58% dos votos válidos, ante 42% do tucano.
Esste Bisteba Sistema Bistebático Sistemático tem que ser levantado do Abismo. Os Abismos não ficam abismados por já ser abispenado. Parece que o STF julga o PT em segredo e niguém sabe ou gostam de ser embanado enganado.
O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, deve vencer a eleição neste domingo (28). Pesquisa Datafolha concluída hoje, véspera da votação, mostra o petista 16 pontos à frente, com 58% dos votos válidos, ante 42% do tucano.
Como você e eu sabemos, precisamos fazer a guerra cultural, a guerra de valores, a luta pelos direitos democráticos e republicanos.
Para nos contrapormos à tal reunião dos "Amigos de 68", que pretende desagravar mensaleiros da tchurma, que tal organizar um encontro dos "Amigos de 88", todos aqueles que cultuam a nossa Constituição acima de qualquer outro objetivo, seja político, econômico e social?
Com certeza contaríamos com a presença de Reinaldo Azevedo, Marco Antônio Villa, Augusto Nunes, Guilherme Fiuzza, Rodrigo Constantino, Luiz Felipe Pondé, Demétrio Magnolli, Roberto Romano, José Goldemberg, Bolivar Lamounier, Hélio Bicudo, Ferreira Gullar, Ênio Mainardi, José Nêumanne Pinto, João Ubaldo Ribeiro, Nelson Motta, Lobão, FHC, José Serra, Roberto Freire, Aluízio Nunes Ferreira, Regina Duarte, Carlos Vereza, Marcelo Madureira e centenas de outros.
Quem poderia encabeçar esse movimento republicano e democrático?
O povo brasileiro, é o que mais no mundo, é capaz de surpreender: surpreender na burrice, na canalhice, na leniência, na sem-vergonhice, na hipocrisia, na patifaria, na ignorância.
Como irá acontecer nas eleições de SP elegendo PTralhas.
Dispensaram a benção, que fiquem com a maldição. Provérbios de Salomão.
Aqui, de Curitiba , ratifico o comentário do Anonimo acima.
Proverbio de Salomão perfeito para a ocasião........
C O /PR.
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