Considero importante registrar aqui no blog este post do Reinaldo Azevedo, que destaca uma nota de esclarecimento da revista Veja. Reparem que ao final da nota assinala que o caso precisa ser esclarecido, o que sugere no mínimo uma pauta de reportagem para levantar o véu que encobre mais um escândalo!
A
direção da VEJA emitiu uma nota de esclarecimento sobre a espantosa
decisão do relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG), que pediu o
indiciamento do jornalista Policarpo Júnior, diretor da Sucursal de
Brasília e um dos redatores-chefes da revista. Entre outros aspectos, a
nota lembra que Cunha omitiu de seu relatório os depoimentos de
delegados da Polícia Federal e de procuradores da República — que
efetivamente investigaram o caso — atestando que a atuação de Policarpo
nunca ultrapassou a fronteira da relação normal entre jornalista e
fonte. Leiam a íntegra.
Nota de esclarecimento da revista VEJA
Ao pedir o
indiciamento do jornalista de VEJA Policarpo Júnior, o relator Odair
Cunha, do PT de Minas Gerais, não conseguiu esconder sua submissão às
pressões da ala radical de seu partido que, desde a concepção da CPI,
objetivava atingir a credibilidade da imprensa livre por seus
profissionais terem tido um papel crucial na revelação do escândalo do
“Mensalão” – o maior e mais ousado arranjo de corrupção da história
oficial brasileira.
Com a
punição exemplar pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dos réus petistas
integrantes do esquema do Mensalão, sobrou a seus sequazes
instrumentalizar o relator da CPI e usá-lo para tentar desqualificar o
exemplar e meritório trabalho jornalístico de Policarpo Júnior, diretor
da sucursal de Brasília e um dos redatores-chefes da revista
VEJA, profissional dono de uma história invejável de serviços prestados
aos brasileiros.
Em seu afã
de servir de instrumento de revanche contra o jornalista que mais
destacadamente ajudou a desnudar os crimes dos petistas no Mensalão, o
relator recorreu a expedientes condenáveis. O mais grave deles foi
suprimir do relatório a mais límpida evidência da conduta absolutamente
correta do jornalista de VEJA. Odair Cunha desprezou o exaustivo
trabalho dos integrantes do Ministério Público e da Polícia Federal
encarregados das investigações e das escutas legais feitas no contexto
das operações em que o jornalista de VEJA é citado.
O
relatório de Odair Cunha omitiu os depoimentos à CPI dos delegados da
Polícia Federal Matheus Mella Rodrigues e Raul de Souza e dos
procuradores da República Daniel Rezende e Léa Batista Salgado,
encarregados das investigações. Todos eles, sem exceção, foram enfáticos
em descrever as conversas do jornalista de VEJA com Carlos Cachoeira
como relação entre repórter e fonte.
Ouvido
pela comissão no dia 8 de maio, o delegado federal Raul Souza afirmou:
“Não há indícios de que o relacionamento tenha ultrapassado a relação
entre jornalista e fonte”. Integrantes da CPI perguntaram repetidamente e
sem rodeios ao delegado Mella Rodrigues se Policarpo Júnior praticou ou
participou de algum crime. A resposta do policial foi sempre a mesma:
“Não”. Os procuradores também reafirmaram que, nas investigações, ficou
evidente que os contatos entre o jornalista e o contraventor nunca
ultrapassaram “os limites do trabalho de um repórter em busca de
informações”. As razões pelas quais Odair Cunha suprimiu essa prova
irrefutável de inocência de seu relatório ainda precisam ser devidamente
esclarecidas. Do blog do Reinaldo Azevedo
Um comentário:
Esse fariseu é o mesmo que tem usado política e vergonhosamente, recursos da hidrelétrica de Furnas em obras "sociais" para se dizer o "bom moçinho".
http://ferramula3.blogspot.com.br/2012/11/odair-cunha-e-suas-peripecias.html
Taí Veja, um bom prato para suas próximas edições.
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