O jurista alemão Claus Roxin |
O jornalista Augusto Nunes acaba de postar em sua coluna no site da revista Veja, um texto que nos faz sentir vergonha alheia. Os tarados ideológicos que infestam a redação da Folha, desta feita foram contestados pelo jurista alemão Claus Roxin que se viu de repente quase como um advogado da causa dos mensaleiros.
É algo impressionante e inaudito. Transcrevo por isso mesmo o artigo de Augusto Nunes com link ao final para que os honrados leitores deste blog nunca esqueçam de dar uma olhada diária na coluna do Augusto, que além de escrever com maestria é dos poucos jornalistas da grande imprensa brasileira que não costuma falsear a verdade dos fatos. Leiam:
Na edição de 11 de novembro, a Folha de S. Paulo
amparou-se em declarações atribuídas ao jurista alemão Claus Roxin, um
especialista na teoria do domínio do fato, para socorrer na página 5 os
condenados no julgamento do mensalão. Participação no comando do esquema tem de ser provada,
diz o título da reportagem que promoveu um desfile de frases muito
animadoras para os companheiros punidos pelo Supremo Tribunal Federal.
Por exemplo: “Roxin diz que essa decisão precisa ser provada, não basta
que haja indícios de que ela possa ter ocorrido”,
Neste domingo, um esclarecimento público divulgado por Roxin em Munique e reproduzido pelo site Consultor Jurídico atestou que a reportagem é tão verdadeira quanto um palavrório de Paulo Maluf sobre contas em paraísos fiscais (leia a íntegra na seção Feira Livre). Durante a conversa ocorrida no Rio no fim de outubro, em nenhum momento o jurista imaginou que as perguntas estavam associadas ao julgamento em curso no STF, que não tem acompanhado e cuja essência desconhece.
“O professor se limitou a repetições das opiniões gerais que ele já defende desde 1963, data em que publicou a monografia sobre “Autoria e domínio do fato” (Täterschaft und Tatherrschaft)”, esclarece o documento redigido pela assessoria de Roxin, que se declarou especialmente perplexo com outro espasmo de criatividade dos autores da reportagem: “O jurista alemão disse à Folha que os magistrados que julgam o mensalão não tem (sic) que ficar ao lado da opinião pública, mesmo que haja o clamor da opinião pública por condenações severas’”.
“A Folha já havia terminado suas perguntas quando um dos participantes (da mesa-redonda na Universidade Gama Filho), em razão de uma palestra em uma escola para juízes (a EMERJ) que Roxin proferiria, indagou se havia alguma mensagem para futuros juízes, que, muitas vezes, sofrem sob a pressão da opinião pública. O professor respondeu a obviedade de que o dever do juiz é com a lei e o direito, não com a opinião pública”.
Além de demolir a reportagem, o texto ressalta que Roxin se espantou “ao ler, no dia 18 de novembro de 2012, notícia do mesmo jornal em que consta que ele teria manifestado “interesse em assessorar defesa de Dirceu”. O professor afirma tratar-se de uma inverdade. O professor declara tampouco ter interesse em participar na defesa de qualquer dos réus. Segundo ele, não só não houve, até o presente momento, nenhum contato de nenhum dos réus ou de qualquer pessoa a eles próxima; ainda que houvesse, o professor comunica que se recusaria a emitir parecer sobre o caso. Em primeiro lugar, o professor desconhece o caso quase por completo”.
Em resumo: Claus Roxin não acompanha o julgamento do mensalão, não está interessado no assunto, não fez comentários sobre o caso, não analisou o desempenho dos ministros do STF, não foi convidado para assessorar advogados de defesa de qualquer condenado e, se for convidado, recusará. Os leitores do jornal aguardam explicações. Se é que existem. Da coluna do jornalista Augusto Nunes
Neste domingo, um esclarecimento público divulgado por Roxin em Munique e reproduzido pelo site Consultor Jurídico atestou que a reportagem é tão verdadeira quanto um palavrório de Paulo Maluf sobre contas em paraísos fiscais (leia a íntegra na seção Feira Livre). Durante a conversa ocorrida no Rio no fim de outubro, em nenhum momento o jurista imaginou que as perguntas estavam associadas ao julgamento em curso no STF, que não tem acompanhado e cuja essência desconhece.
“O professor se limitou a repetições das opiniões gerais que ele já defende desde 1963, data em que publicou a monografia sobre “Autoria e domínio do fato” (Täterschaft und Tatherrschaft)”, esclarece o documento redigido pela assessoria de Roxin, que se declarou especialmente perplexo com outro espasmo de criatividade dos autores da reportagem: “O jurista alemão disse à Folha que os magistrados que julgam o mensalão não tem (sic) que ficar ao lado da opinião pública, mesmo que haja o clamor da opinião pública por condenações severas’”.
“A Folha já havia terminado suas perguntas quando um dos participantes (da mesa-redonda na Universidade Gama Filho), em razão de uma palestra em uma escola para juízes (a EMERJ) que Roxin proferiria, indagou se havia alguma mensagem para futuros juízes, que, muitas vezes, sofrem sob a pressão da opinião pública. O professor respondeu a obviedade de que o dever do juiz é com a lei e o direito, não com a opinião pública”.
Além de demolir a reportagem, o texto ressalta que Roxin se espantou “ao ler, no dia 18 de novembro de 2012, notícia do mesmo jornal em que consta que ele teria manifestado “interesse em assessorar defesa de Dirceu”. O professor afirma tratar-se de uma inverdade. O professor declara tampouco ter interesse em participar na defesa de qualquer dos réus. Segundo ele, não só não houve, até o presente momento, nenhum contato de nenhum dos réus ou de qualquer pessoa a eles próxima; ainda que houvesse, o professor comunica que se recusaria a emitir parecer sobre o caso. Em primeiro lugar, o professor desconhece o caso quase por completo”.
Em resumo: Claus Roxin não acompanha o julgamento do mensalão, não está interessado no assunto, não fez comentários sobre o caso, não analisou o desempenho dos ministros do STF, não foi convidado para assessorar advogados de defesa de qualquer condenado e, se for convidado, recusará. Os leitores do jornal aguardam explicações. Se é que existem. Da coluna do jornalista Augusto Nunes
6 comentários:
18 de novembro de 2012- Consultor Jurídico - Domínio do fato - Jurista alemão mostra interesse pela defesa de Dirceu.
O professor e doutor em direito penal Claus Roxin confirmou que foi procurado por pessoas próximas ao ex-ministro José Dirceu. A defesa do petista espera um parecer jurídico do professor alemão — um dos autores da teoria do domínio do fato, usada pelo Supremo — sobre o julgamento, noticiou o jornal Folha de S.Paulo.
Antes de embarcar para o Equador, Roxin demonstrou interesse no caso e disse que ainda não o conhece "com detalhes", mas que quando retornar à Alemanha, em dezembro, "terá com certeza um conhecimento mais aprofundado do assunto".
Ainda segundo Roxin, desde sua viagem ao Brasil, no mês passado, "cresceu o assédio dos jornalistas brasileiros". Segundo ele, as opiniões que deu durante sua visita "foram observações jurídicas gerais" e não estavam diretamente ligadas ao julgamento do mensalão.
Para ele, os magistrados que julgam o mensalão "não têm que ficar ao lado da opinião pública, mesmo que haja o clamor da opinião pública por condenações severas". Segundo a teoria de Roxin, indícios de que um réu poderia, por sua posição hierárquica, decidir sobre a ocorrência de um crime não bastariam para condená-lo. Seria preciso provar que ele emitiu ordens. A teoria foi um dos fundamentos usados pelo relator Joaquim Barbosa na condenação de Dirceu.
Segundo o ministro, que foi acompanhado pela maioria dos colegas, era impossível que Dirceu não soubesse do esquema sendo um dos ministros mais poderosos do governo Lula.
Como se sabe, ou deviam saber, o Sin di Gato de Bato que é Fato Dominio de Fato é composto por Jornalistas. O Sin di Gato Cato dos Jornalistas faz o seu serviço pra confundí.
O jurista alemão deveria cuidar dos problemas do país dele.
Típica atitude petralha essa de colocar palavras na boca dos outros. Vergonhoso!!
Que mico, hein FSP?
Quanto a retratação, esqueçam... não faz parte do ethos dessa gente.
terça-feira, 20 de novembro de 2012 | 16:17
Juiz deu um jeitinho brasileiro para extinguir processo contra Lula, por favorecimento ao BMG. Mas o MPF pode recorrer.
Carlos Newton.
Aquí: http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=52977
segurem a decepção do HD.
caiu como o Palmeiras.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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