Com o risco de registrar um alto nível de abstenção — superior a 40% —
numa eleição considerada crucial pela revolução bolivariana de Hugo
Chávez, o Palácio Miraflores apelou para o poder de convocatória do
presidente venezuelano na tentativa de vencer na maioria dos 23 estados
do país, que no domingo elegeram seus governadores. Ciente de que o
resultado das eleições regionais será fundamental para enfrentar os
primeiros meses de uma eventual etapa pós-Chávez, o governo enviou
mensagens do presidente a seus seguidores durante a votação, provocando a
ira da oposição, que acusou o Executivo de cometer “abusos de poder” e
“violar as regras eleitorais do país”.
A estratégia governamental
teria ajudado o governo a conquistar a maioria de seus objetivos
eleitorais, com exceção de três estados que teriam ficado em mãos
opositoras, entre eles Miranda, onde foi reeleito Henrique Capriles.
Confirmado
pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a oposição venceu nos estados
de Miranda e Lara e, também, em Amazonas. Em Bolívar, onde saiu
vitorioso o candidato do governo, o resultado ainda não é irreversível. O
chavismo teria, então, garantido a vitória em 20 estados do país.
Capriles é reeleito
Em
Miranda, Henrique Capriles, derrotado por Chávez nas eleições
presidenciais em outubro, venceu com cerca de 50% dos votos, contra 46%
do ex-vice-presidente Elias Jaua. A oposição perdeu Zulia, Nova Esparta e
Carabobo. Se não fosse pela vitória em Miranda — uma dos estados
considerados nevrálgicos para a oposição — a eleição teria sido
desastrosa para os adversários do PSUV. O maior desafio do chavismo era
vencer em Miranda, mas, com duas dezenas de estados, o governo sai
favorecido.
Com Capriles derrotando Jaua, ele terá se consolidado
como o candidato da oposição em eventuais eleições presidenciais no
curto prazo. Leia MAIS
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário