A doutrina da Polícia Federal prepara seus agentes para o combate a
três classes do crime organizado. A primeira é a organização de matriz
mafiosa, como a dos contraventores que exploram o jogo do bicho no Rio.
"Tem o capo e várias pessoas que se unem para cometimento de crimes",
analisa o delegado Oslain Santana. "A organização se infiltra nos
poderes do Estado. Investe muito mais em corrupção do que propriamente
em violência para se manter no poder. Veja o exemplo do Carlinhos
Cachoeira. Começou com jogo do bicho e foi se infiltrando no Estado."
A segunda classificação é relativa aos "grupos agressivos", que
adotam ações armadas. Como as facções que atuam no Rio e em São Paulo.
"Esses têm poder econômico reduzido, comparativamente às demais
quadrilhas, e a infiltração no setor público não é tão enraizada."
A terceira classe é a que mais preocupa o delegado da PF pelo seu
poderio e raio de atuação. "São as organizações do colarinho branco ou
das elites, pessoas acima de qualquer suspeita, mas que movimentam
grandes esquemas. São as mais perniciosas do ponto de vista da Polícia
Federal. Desviam bilhões dos cofres públicos para benefício pessoal.
Tiram dinheiro da educação e da saúde por meio de violações constantes
ao Decreto Lei 201/67 (crimes de prefeitos) e à Lei de Licitações."
Na avaliação de Oslain Santana, essa ramificação do crime organizado
tem uma linha de ação diversa das demais. "Às vezes, até usa um pouco da
violência, até queima um arquivo, mas prefere corromper ou contratar
uma defesa muito boa. Ela é estruturada. Causa prejuízo muito maior para
a sociedade."
A ousadia do colarinho branco impressiona o veterano policial. "O
mercado de cocaína no Brasil gira em torno de US$ 5 bilhões a US$ 10
bilhões por ano. Uma única fraude dessas às vezes tem valor muito maior
que todo o tráfico de drogas no País."
"São crimes de lesa pátria a corrupção, a sonegação fiscal, os
empréstimos fraudulentos que tiram dinheiro de bancos públicos para
interesse de poucos", afirma Oslain. "Lesa pátria porque tira dinheiro
de toda a coletividade, daquelas pessoas principalmente menos
favorecidas que recolhem tributos e não têm uma contraprestação do
Estado com relação à segurança, à saúde, ao provimento de Justiça."
O delegado disse que a meta maior da PF é descapitalizar as
organizações do crime. "Se eu tiro o dinheiro daquela organização, eu
tiro o seu poder. Esse é o segredo, sequestrar os bens ilícitos, tirar a
motivação do crime e reverter esse dinheiro para o Estado aplicar na
saúde, na educação e na segurança." Leia MAIS
domingo, dezembro 23, 2012
PILHAGEM NOS COFRES ESTATAIS: MÁFIA DE GRANDALHÕES INFILTRADA NO PODER PÚBLICO DO BRASIL, REVELA POLÍCIA FEDERAL!
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Postado por
Aluizio Amorim
às
12/23/2012 08:40:00 PM
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2 comentários:
Só falta, agora, no dia 10 de janeiro Chavez tomar posse do cargo de Presidente da Venezuela, em Cuba. Isto se ele sobreviver até lá.
mj
Exatamente como no caso do tráfico! Tem que tirar os bens dos colarinhos brancos fechando assim a torneira, como tem que punir o usuário, fechando a torneira dotaficante. Mas explique isso para os politicamente corretos....
Lis
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