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quarta-feira, agosto 28, 2013

INFLAÇÃO E DISPARADA DO DÓLAR AMEAÇAM A ECONOMIA E FAZEM COPOM AUMENTAR SELIC PARA 9% ANO ANO. NO GERAL, PREÇOS VÃO AUMENTAR!

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) aumentou em 0,50 ponto porcentual, para 9% ao ano, a taxa básica de juros (Selic) nesta quarta-feira, em decisão unânime, sem viés - ou seja, a decisão é válida até o próximo encontro em outubro. Trata-se da quarta elevação consecutiva do juro básico da economia neste ano. A trajetória de alta teve início em abril, quando a autoridade monetária subiu a Selic de 7,25% (mínima histórica) para 7,5%. A decisão não surpreendeu o mercado financeiro, que apostava de forma quase unânime no aumento de 0,50 ponto.
No comunicado que acompanhou a decisão, o BC reafirmou que a inflação constitui um risco para a economia. "O comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano". 
Votaram por essa decisão o presidente do BC, Alexandre Tombini, e os diretores Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.
A subida da Selic é motivada pelo alto patamar inflacionário - e, mais recentemente, a valorização do dólar. A prévia da inflação de agosto, medida pelo IPCA-15, indica alta de 0,16% no mês, e de 6,15% no acumulado dos últimos doze meses. Apesar de o número apontar para desaceleração, o IPCA continua próximo do teto da meta. Muitos analistas atribuem ao controle de preços de alguns produtos, como combustíveis, a manutenção da inflação ainda abaixo de 6,5%. Ou seja, sem tais controles, o índice poderia facilmente extrapolar a meta.
Outro fator macroeconômico levado em conta pelo Copom é a alta do dólar, que deverá ter reflexos nos preços do mercado doméstico em breve. Produtos de primeira necessidade, como o trigo, já subiram devido à alta da moeda americana. O petróleo também fechou em alta, a 116,31 dólares o barril, devido às incertezas sobre a ofensiva militar que poderá chegar à Síria. Por enquanto, tais aumentos não estão sendo repassados ao consumidor e são absorvidos pela Petrobras. Como resultado, segundo análise do Itaú Unibanco, a estatal vai aumentar em 900 milhões de reais por mês seus gastos com importação de combustível, caso não haja repasse de preços. Leia MAIS

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