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terça-feira, novembro 12, 2013

PROJETO DO PT PARA AMORDAÇAR INTERNET TEM VOTAÇÃO ADIADA. MAS ELES NÃO DESISTEM E PARTEM PRA CIMA DOS DEPUTADOS!

Leio no site da revista Veja, que a votação do tal Marco Civil da Internet, projeto de autoria do PT, foi adiado mais uma vez. Os deputados, ao parece, já sentiram o cheiro de carne queimada. 
Não é a primeira vez que abordo este assunto aqui no blog e, cada vez que faço postagem sobre esse projeto da mordaça da internet, petralhas chegam por aqui em sua quatro patas babando a baba da estupidez para agredir o blog em defesa de mais essa tentativa da Dilma, do Lula e seus sequazes de censurar o direito de livre expressão consagrado na Constituição.
Desta feita não serei eu a opor argumentos contrários a esse projeto da mordaça à internet. Faço minhas as palavras do jornalista Elio Gaspari, contidas no artigo que escreveu na Folha de S. Paulo, edição do último domingo, dia 10.
Nem sempre concordo com Gaspari, embora reconheça nele um dos jornalistas mais competentes e experimentados da grande imprensa brasileira, além de possui um texto impecável.
Transcrevo na íntegra o artigo de Gaspari que denuncia mais essa tentativa do PT de exercer a deletéria censura. O título original é "A internet livre incomoda o governo". Leiam:
Misturando ignorância, prepotência e marquetagem, o comissariado meteu-se numa salada de iniciativas que envolvem a liberdade da internet. Produziu ridículos, empulhações, lorotas e, por incrível que pareça, uma boa ideia.
O ridículo: doutora Dilma propôs que a internet seja colocada sob algum tipo de supervisão da ONU. Se isso acontecer, a ONU criará a ONUNet, que funcionará em Genebra, dirigida por um marroquino, abrindo-se a quinta representação de Pindorama naquela aprazível cidade.
A empulhação: o comissariado quer que os provedores de conexões e de aplicações guardem seus dados no Brasil. Disso poderá resultar apenas a criação de cartórios de armazenamento a custos exorbitantes. Acreditar que essa medida contém a espionagem estrangeira é pura parolagem. Estimula apenas a xeretagem e os controles nacionais. Toda vez que o governo se mete com a internet há um magano na outra ponta querendo ganhar dinheiro com o atraso tecnológico. Gente que sonha com a boa vida dos anos 80, quando era mais fácil entrar no Brasil com cocaína do que com um computador.
Lorotas: os doutores falam que estão votando um "Marco Civil para a internet". De civil ele não tem nada. É governamental, e inútil.
A boa ideia: no meio dessa salada ressurgiu a proposta de não se usar mais softwares fechados como o Windows da Microsoft na rede pública. A Viúva migraria para sistemas abertos, gratuitos, como o Linux. Essa ideia chegou ao Planalto em 2003, quando Lula tomou posse. Foi abatida a tiros pelas conexões comissárias.
Nada do que os doutores estão propondo acontecerá, simplesmente porque a internet é maior que a onipotência de Brasília. Se a doutora Dilma começar um faxina dos softwares fechados comprados pelo governo, fará um grande serviço, comparável ao do tucano Sérgio Motta que, nos anos 90, atropelou os teletecas que pretendiam transformar a estatal de telecomunicações num provedor exclusivo de internet. Do site da Folha de S. Paulo

2 comentários:

Anônimo disse...

A Declaração de Chapultepec é uma carta de princípios e coloca “uma imprensa livre como uma condição fundamental para que as sociedades resolvam os seus conflitos, promovam o bem-estar e protejam a sua liberdade. Não deve existir nenhuma lei ou ato de poder que restrinja a liberdade de expressão ou de imprensa, seja qual for o meio de comunicação”. O documento foi adotado pela Conferência Hemisférica sobre Liberdade de Expressão realizada em Chapultepec, na cidade do México, em 11 de março de 1994.
O Brasil assinou este documento em 94 e retificou em 2006...
encontrei este documento como assunto para prova discursiva do trt 15ª região.

Unknown disse...

Trabalho na área de Tecnologia da Informação e a segurança dos dados sempre foi uma de minhas preocupações.
Embora a privacidade e o armazenamento dos dados em território nacional tenham ganhado maior destaque nas discussões e na mídia, estou muito apreensivo com o Principio da Neutralidade (Art. 9, § 3): onde diz “ … é vedado ao provedor de conexão bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de dados. ...”. Se nem os provedores podem, quem pode? A ABIN? O tal Comitê Gestor?
Isto significa que os provedores deverão permitir qualquer tipo de tráfego, inclusive vírus, “Cavalos de Troia” e assemelhados.
Assim fica muito mais fácil utilizar "programas espiões" e não ser detectado. Quem criticar o governo vai virar a próxima vítima do "Cavalo de Troia Vermelho", literalmente falando.
Ainda mais grave, são as eleições 2014, pois além das urnas eletrônicas não serem confiáveis, o processo de transmissão para totalização é realizado através da internet, onde pode ser interceptado, alterado e retransmitido. Segundo denuncias, isso já foi feito nas eleições de 2012.
Só que para não correr riscos, o Governo quer aprovar a neutralidade sem modificações no texto, pois ninguém poderá scanear a conexão para verificar “o conteúdo dos pacotes de dados” e identificar programas fraudadores.
Será que é por isso que o relator, Deputado Alessandro Molon (PT/RJ) fica tão nervoso quando criticam a neutralidade?