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segunda-feira, fevereiro 10, 2014

OLAVO DE CARVALHO: A LUTA DE CLASSES NO BRASIL.

O jornalista, escritor e filósofo Olavo de Carvalho, que há uma década reside nos Estados Unidos, escreveu a melhor e mais perfeita análise do que está ocorrendo no Brasil em sua coluna no jornal Diário do Comércio. Depois deste artigo não tem para mais ninguém. O texto é impecável sob todos os aspectos. O título do post é o original do artigo. Transcrevo e recomendo a leitura, sugerindo que compartilhem amplamente pelas redes sociais e por email.
Leiam:
A luta de classes, no Brasil, não é entre operários e patrões. É entre o lumpenproletariat que Marx abominava e a maioria da população, especialmente a classe média, aí incluída uma boa parcela do operariado, se não ele todo.
Cada uma dessas facções tem seus aliados permanentes. A primeira tem, acima de tudo, o governo e os partidos de esquerda que o dominam. Aí mesclados, vêm logo os intelectuais acadêmicos e os estudantes universitários.
Destes últimos, cinquenta por cento, segundo um cálculo otimista (v. http://blog.portalexamedeordem.com.br/blog /2012/11/pesquisador-conclui-que-mais-de-50-dos-universitarios-sao-analfabetos-funcionais/), são considerados analfabetos funcionais.
Excluídos irremediavelmente da alta cultura, e não tendo a menor idéia de que são vítimas de si mesmos, encontram no ódio projetivo à sociedade o alívio de uma culpa recalcada no mais fundo do seu inconsciente. Sentem por isso uma afinidade instintiva com os bandidos, drogados, narcotraficantes, prostitutas, prostitutos e outros marginais.
 Caso de 'justiça com as próprias mãos'
A terceira faixa de aliados do lumpen são as ONGs, as fundações bilionárias e os organismos internacionais, que não cessam de nos impor leis e regulamentos que praticamente inviabilizam a ação da polícia e desarmam a população, a qual assim não tem meios de defender-se nem de ser defendida.
Em seguida, vem a grande mídia, que, mesmo onde discorda do governo em algum ponto de seu específico interesse, não deixa de fazer eco passivo aos mesmos critérios de julgamento moral que orientam os governantes, aplaudindo, por exemplo, a senadora Benedita da Silva quando esta se debulha em lágrimas por um bandidinho estapeado e amarrado a um poste e não diz uma palavra quanto à menina queimada viva no Maranhão ou, mais genericamente, quanto aos setenta mil brasileiros assassinados por ano.
O alto clero católico, por meio da CNBB, comunga dos sentimentos da senadora Benedita. Vêm, por fim, os patrões, os capitalistas, os burgueses. Estes não costumam pronunciar-se de viva voz nessas questões, mas, como aliados e colaboradores ao menos passivos do governo, dão sustentação econômica e psicológica à política pró-lumpenproletariat.
A outra facção – isto é, o restante da população brasileira – encontra apoio em mais ou menos uma dúzia de jornalistas, radialistas e blogueiros execrados pelo restante da sua categoria profissional, entre os quais eu mesmo, o Reinaldo Azevedo, a Rachel Sheherazade, o Felipe Moura Brasil, o Rodrigo Constantino, a Graça Salgueiro.
Tem também algum respaldo – tímido – nas polícias estaduais, em alguns púlpitos evangélicos isolados e ainda em dois ou três parlamentares, como Jair Bolsonaro e Marcos Feliciano, que na Câmara Federal imitam João Batista pregando aos gafanhotos. That’s all, folks.
Nada pode caracterizar melhor a presente situação do que a total inversão das proporções, em que os nominalmente desamparados recebem todo amparo do establishment enquanto a população inerme se torna a imagem odienta do opressor capitalista.
No caso do garoto amarrado no poste, a reação indignada contra os populares que ousaram "fazer justiça com as próprias mãos" partiram especialmente de pessoas que, quatro décadas atrás, faziam exatamente isso.
Entretanto, ninguém, no parlamento ou na mídia, terá a coragem de espremer a presidente Dilma na parede com a pergunta: Quando você assaltava bancos estava cometendo uma injustiça ou fazendo justiça com as próprias mãos? Tertium non datur.
No entender do nosso governo, só quem tem o direito e até o dever de fazer justiça com as próprias mãos quando acha que a Justica falha são os terroristas de esquerda, como José Genoíno e a própria Dilma. Esses têm o direito até de condenar à morte e executar a sentença. Os outros têm a obrigação de aceitar resignadamente o homicídio, o roubo, o estupro como se fossem fatalidades da natureza.
Mais significativo ainda é que, quando a Rachel Scheherazade, com lógica inatacável, explicou a agressão ao delinquentezinho como reação espontânea e quase inevitável de uma população desprovida de proteção estatal, os mesmos que criaram essa situação tenham saído gritando "Apologia do crime! Apologia do crime!", como se eles próprios não viessem há décadas fazendo a apologia dos terroristas que um dia, sentindo cambalear muito menos do que hoje a ordem legal, tomaram a justiça nas suas próprias mãos.
Todas as idéias e atitudes do grupo pró-lumpen, especialmente as dos professores e estudantes universitários, explicam-se por dois fatores igualmente endêmicos: o analfabetismo funcional e o fingimento histérico. Ambos, intimamente associados, deformam o sentido de todas as comunicações verbais e invertem a ordem da realidade.À aliança de marginais, governo, ONGs, capitalistas, igreja, mídia e intelectuais, chamam "povo oprimido". Ao restante, denominam "minoria privilegiada".
De todas as classes que compõem a sociedade brasileira, só uma ainda não tomou partido nessa guerra: as Forças Armadas. Seu silêncio pode tanto refletir uma indecisão perplexa quanto um ódio contido.
Na primeira hipótese, quando acabará a indecisão? Na segunda, ódio a quem? As Forças Armadas são o fiel de balança. O futuro depende inteiramente delas.

10 comentários:

Otavio disse...

Aluízio, tudo isso já sabia, previa o que está acontecendo nos meus primeiros cinco anos como Policial Militar, sem contar com um ano de serviço obrigatório militar, em 1984 em Quitaúna - SP, o que mais chamava a atenção, era com alguns professores do ensino médio nos anos 90, PeTistas roxos, que olhavam de maneira estranha para o Policial, como se fosse um inimigo mortal, o PT está sendo previsível, é facil promover uma desordem, como em 2006 nas eleições para governo federal e estadual, nos ataques á família Policial Militar, aos ônibus (que pagavam R$1000,00 por ônibus queimado), para voce tirar um ônibus de circulação basta pegar uma faca e rasgar dois ou três pneus, as empresas NÃO tem estoque de pneus, depois veio o desarmamento, e agora uma balbúrdia total, desordem pra todo lado, enquanto isso, a seca do nordeste e a miséria do povo, sustentado por bolsas disso e daquilo (miséria permanente)continuam em segundo plano. Sou Militar e acredito que somente um governo Militar consiga tomar pulso da situação, acredito num governo Militar e capitalista para devolver a ordem ao nosso País. Celso Otavio Lopes
celso.otavio@terra.com.br

Anônimo disse...

Para os que contam com o apoio das Forças Armadas, acessem o link abaixo. Tive a intenção de postar um comentário, mas não existe a possibilidade. No mínimo é um broxa que só tem coragem para falar, ouvir a opinião dos CIVIS, a quem demonstra tanto ódio, nem pensar.
AS FORÇAS ARMADAS TÊM O DEVER ( NÃO É NENHUM FAVOR)DE DEFENDER O POVO,E PONTO FINAL!

http://www.brasilacimadetudo.com/2014/02/desabafo-de-um-soldado-para-a-hora-presente/

Anônimo disse...

Muito bom, só acresentaria os médicos brasileiros no segundo grupo

Jurandir D'almeida disse...

Essas são as cabecinhas que “governam” o Brasil. O povo realmente tem o governo que merece...
Senadora petista diz, não podendo resistir a propaganda, e não podendo comprar, é legitimo furtar

http://www.questoesinsanas.com/senadora-petista-diz-nao-podendo/

Marcio disse...

E AS LEIS ANTI TERRORISMO SERÃO VOTADAS QUANDO?
Quem sai por aí enfrentando a polícia como os black blocs depredando bens alheios, criando caos em meio a manifestações e ainda tapam o focinho para não serem distinguidos só podem ser terroristas, mais se parecendo o pessoal dos radicais islâmicos tipo Al Kaeda e, para fazerem isso, têm logicamente contar com apoio de governo e de paralelos a ele, como os partidos comunistas, tipo PT, PSOL, PSTU e outras porcarias incentivadoras das lutas de classes.
Protegem bandidos em detrimento da população, que se dane, querem é o caos para dominarem o pedaço e depois o país ficar como Cuba, todos presos!
Pensem bem na hora de votar para não cometer suicídio!

Anônimo disse...

Aqueles que incentivam a luta de classe, como por exemplo, a benedita da sila, tem um salário de marajá e uma verba de gabinete absurda. Eu até gostaria de saber se ela estaria disposta a dividir o salário e a verba de gabinete com os marginais que ela defende. Quem sabe, talvez, eles desistiriam de colocar fogo nas pessoas.
Estes que incentivam a luta de classes, estão todos milionários.
Eu acredito que o incentivo à luta de classes é para manter as pessoas ocupadas atacando uns aos outros enquanto eles enchem os bolsos de dinheiro. Porque ao mesmo tempo em que se compadecem com o marginal, eles não se sentem culpados ao receber salários de marajás e mais uma verba de gabinete que em nada justifica um valor tão alto, em um país de maioria de miseráveis. Há, portanto, uma incoerência.

Manoel Francisco Gomes disse...

DESABAFO: Gostaria que muitos ex-colegas meus e/ou amigos e até professores com quem não mantenho contato, nem mesmo por e-mail, lessem o artigo. Muitos desses ex-colegas/amigos/professores, enquadram-se na categoria de analfabetos funcionais, ainda que eventualmente tenham até doutorado. É a classificação mais caridosa que posso fazer, já que não desejo de forma alguma considerá-los pura e simplesmente desonestos pessoal e intelectualmente. A cada dia minha aversão por essa gente aumenta. Não é possível que sejam tão cegos que não enxerguem o óbvio, e continuem iludindo seus alunos e votando no bando de salafrários que se aboletou no poder neste país, exatamente pelo voto de inconsequentes e ignorantes como eles, mesmo que titulados.

Anônimo disse...

Tânia SP
Falar oq depois deste texto do Professor Olavo?!?!? Ele simplesmente disse tudo, não há oq comentar.

silvia maria carvalho disse...

A observação dos militares parece repetir a mesma em 1964. O povo necessita de uma identificação de quem está no "poder político". Quem é mocinho...quem é bandido"???? O grande ideal onde está?? A mudança sabemos que vem do povo mas, ha uma observação silenciosa a espera de uma guerra civil. Jornalistas de plantão falem..unam-se para obtermos respostas e atitudes.

Anônimo disse...

Não tenho a grande mente do Professor Olavo, mas, venho cantando esta pedra faz tempo. O momento é de retirar do poder urgentemente estes bandidos travestidos de líderes. Qualquer representante que não seja petista já serve, e depois vê o que se faz. A prioridade agora é arrancar o PT do poder.