Caciques do PSB se reuniram na manhã desta quinta-feira em São Paulo para discutir a logística de remoção do corpo de Eduardo Campos para Recife e discutir os rumos do partido na campanha presidencial. O presidente nacional do partido, Roberto Amaral, o líder no Senado e candidato ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), o líder na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), o presidente do partido no Rio, deputado Gláuber Braga e o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) estão na capital paulista. Roberto Freire, presidente nacional do PPS, um dos partidos que compõem a chapa, também está em São Paulo.
Após o encontro, Delgado e o ex-ministro Fernando Bezerra seguiram para o Instituto Médico Legal (IML) para acompanhar a liberação do corpo.
Júlio Delgado afirmou que Eduardo Campos, caso estivesse vivo, gostaria de ver Marina Silva candidata. A ex-senadora, vice na chapa da coligação "Unidos pelo Brasil" (PSB, PPS, PHS, PRP, PPL, PSL, além da Rede), ainda não se posicionou sobre o assunto.
— É um sentimento que tenho (de que Eduardo gostaria de ver Marina candidata), pela relação que eles construíram ao longo dos últimos meses — afirmou, por telefone, o deputado, presidente do PSB em Minas Gerais e integrante do Diretório Nacional do partido.
A opinião é compartilhada por Beto Albuquerque, que considera a candidatura de Marina "natural".
— Não sabemos exatamente qual será o destino (da candidatura). Temos que conversar internamente, ver a disposição de um ou de outro, nossos aliados também, saber o que estão pensando. Não sei se a Marina, que é nossa grande companheira, aceita ou não (a candidatura). Não a consultamos, não tivemos nenhum diálogo ainda. O nome dela, num primeiro momento, parece ser natural. Mas num abalo desses a gente não sabe o que está passando na cabeça de cada um — disse o deputado, ressaltando que o PSB vai "honrar o legado de Campos". — A chama que ele acendeu, e que não era pequena no Brasil, estava crescendo muito. Essa chama, não vamos deixar apagar. Vamos honrar esse legado do Eduardo, não vamos deixar a peteca cair
O prazo do partido para resolver a questão é apertado. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estipula um prazo de dez dias para a definição sobre a candidatura, mas a agenda é ainda mais apertada, já que a campanha na televisão começa na próxima terça-feira.
NOME ESPECULADO
Por telefone, a secretária de Roberto Amaral afirmou que o vice-presidente do partido estava em reunião. Delgado, um dos nomes influentes do partido e ventilado como um possível candidato a vice-presidente, nega que a sucessão presidencial esteja na pauta do encontro.
— Estou aqui com o (Rodrigo) Rollemberg, o Beto (Albuquerque) e o Roberto Amaral e não existe essa discussão. Estamos aqui para prestar as últimas homenagens ao nosso grande irmão, o Eduardo — afirmou.
Questionado se aceitaria uma indicação do partido para a vice-presidência da chapa, o deputado desconversou.
— Não existe essa especulação, em momento nenhum isso foi conversado. Não vou falar sobre o futuro, porque o presente é a dor.
Delgado, candidato à reeleição para deputado federal, ressaltou que ainda é cedo para o partido tomar alguma decisão.
— O abalo do pessoal ligado ao Eduardo é muito grande. Não existe posicionamento, batida de martelo. Primeiro, estamos pegando energia. O que eu tenho é um sentimento (sobre Marina), mas não é uma deliberação e nem uma decisão partidária. O que pode acontecer (alguma posição do partido) é em Recife, após o sepultamento, porque, por enquanto, não tem a menor condição. Hoje, nada acontece, isso eu posso garantir — afirmou o deputado, destacando que não é nenhuma reunião partidária agendada para debater o assunto.
FUTURO DE MARINA NA ELEIÇÃO
Há muitas questões a serem acertadas entre PSB e Rede antes de uma decisão sobre o futuro de Marina. Uma preocupação por parte de lideranças do PSB é com relação às alianças feitas por Eduardo Campos em alguns estados e que não tiveram o apoio de Marina, como no caso de São Paulo. No estado, o PSB se aliou ao PSDB, por exemplo. Muitos no PSB se perguntam se a vice vai manter esses acordos políticos.
Outra preocupação é com o futuro de Marina no PSB no caso de uma vitória nesta eleição. Há quem diga que o partido pode ganhar a Presidência da República, mas não levá-la. A ex-senadora repetiu inúmeras vezes nos últimos meses que, no ano que vem, voltará a se empenhar na criação do seu partido, a Rede Sustentabilidade. No processo de aliança e filiação, havia o compromisso de permitir a saída de Marina e de seus aliados em 2015. Leia MAIS
9 comentários:
tchau psb.
marina não é oposição mas sim pt.
O tempo dos currais acabou.
Os crocô lacrimejam.
Postado adilson cg
Supondo um eventual segundo turno entre Dillma e Aécio, Marina apoiaria de imediato o poste do Lulla. Marina levou um pé do PT, mas o coração ficou lá.
Não se pode dar a candidatura a uma petralha que teria direito a sair do partido logo depois da posse e ir direto para o PT e ser a POSTE 4 um poste barriga de aluguel do PINGUÇO ou um TRANSPLANTE DE FÍGADO. KKKKK
A sombra voltou,resta saber se o partido irmao gêmeo do pt vai aprovar.
Aluizio: V. tentou acessar veja.abril.com.br nas 02 últimas horas? Está fora. Esquisito, não?
Marina é a candidata natural...para
o primeiro turno é bom para o Aécio...no segundo acredito ela fica neutra e libera os eleitores...
quanto a alusão sobre a veja no comentário eu também já tentei várias vezes e não consigo acessar...não abre a página...
Que o povão é programaticamente desinformado, não há dúvida: o PT e toda a esquerda conspira para mantê-lo alienado e cativo. Marina já teve votação expressiva, mas não acredito que a ausência de Campos melhore a posição eleitoral dela como cabeça de chapa: a mulher tem fala e figura de visagem, não tem carisma, e é uma abstração política que só agrada muito a quem não tem nada a perder com uma sua possível (?!) ascensão à Presidência, ou seja, a esquerda festiva do champagne e caviar, de dondocas socialites (que a Beata Salu imita, invejosamente, no gestual e no visual) a black blocs. Mas também é preciso ficar atento para a rejeição da Dilma dentro do próprio PT, cujos mandarins mais conhecidos nem tentam disfarçar. Daí a ‘doidia’ poderia se tornar uma solução, a máquina partidária investindo nela pode ser a salvação da lavoura deles. CRUZ CREDO!!
Não confio e não votaria jamais em Marina, e não acredito que será a candidata do PSB, pois ela não tem nada com o partido. Vão acabar lançando um político de Minas para tentar solapar o Aécio.
NÃo SE ESQUEÇAM QUE a Marina É A FAVOR DO DECRETO 8243/bolivariano da dilma.
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