Reproduzo após este prólogo um texto que aparece na Folha de São Paulo deste domingo em que o jornal destaca que é apartidário, isento imparcial e o que valha. Cita o "Manual da Redação", destacando o verbete "pluralismo" que estabelece que "todas as tendências ideológicas expressivas da sociedade devem estar representadas no jornal".
Compreende-se daí que para a Folha, aqueles que conspiram contra a liberdade de imprensa, que desejam assassinar a liberdade e o Estado de Direito postulando a implantação do comunismo no Brasil como fazem os líderes do PT, do MST e de seus satélites nanicos, sejam incluídos como "tendências ideológicas expressivas da sociedade" e, portanto "devem estar representados no jornal". E tanto é verdade que o Stédile do MST e outros do mesmo naipe já cansaram de destilar o veneno comunista nas páginas da Folha. É comunista, ou não é? Não sou hipócrita e digo o que tem de ser dito.
Ora, isso não tem qualquer cabimento. Poder-se-ia falar em "tendências ideológicas expressivas da sociedade" aquelas que informam, por exemplo, as correntes conservadoras e liberais para as quais a democracia é fundmental. Mas a prevalecer essa orientação editorial da Folha, é possível então que o jornal acolha em suas páginas um artigo de Hugo Chávez. Ou não? Ou um artigo de Ahmadinejad, o amigo do Presidente da República e que também tem o apoio do PT. Ou não? Afinal, o PT com suas recorrentes tentativas de "controlar a mídia" seria uma "tendência ideológica expressiva" na sociedade brasileira?
Por essas e outras os venezuelanos vivem um Estado policial. Chávez jurava de pés juntos que não iria desrespeitar a Constituição. Deu no que deu. Na última segunda-feira a polícia política de Chávez invadiu o apartamento do líder opositor Alejandro Peña Esclusa, alegemou-o, plantou espoletas dentro de uma gaveta no quarto de uma de suas três filhas menores e disse ao mundo que Peña Esclusa tinha ligações com o terrorismo. Esclusa continua até agora nos calabouços da stasi bolivariana.
Era de se esperar que a Folha de São Paulo publicasse um editorial vigoroso contra mais essa ignomínia do tirano de Miraflores. Esse funesto episódio ocorrido na Venezuela não é um fato isolado, porquanto é do conhecimento de todos que faz parte do esquema do Foro de São Paulo, organização esquerdista que dá suporte coletivo aos tiranos latino-americanos. Lula é um dos fundadores dessa organização.
Um jornal que tem compromisso apenas com os fatos não precisa jamais publicar textos para explicar que sua linha editorial é isenta e imparcial. Os leitores não se interessam por textos desse tipo. Os leitores sabem quando um jornal é ou não comprometido com os fatos. Não compram um jornal para saber o que diz o seu manual de redação, mas adquirem um periódico para ter acesso a notícias e opiniões atinentes aos fatos. Só.
Transcrevo o texto que está na edição da Folha deste domingo. Os comentários estão abertos para vocês opinarem, caros leitores. O debate está livremente aberto aqui no blog a respeito desse assunto que é importantíssimo. O título do texto da Folha é: "Folha reafirma princípios editoriais":
Em 1984, ao lançar seu primeiro Projeto Editorial, a Folha cristalizou no "Manual da Redação" a opção por um jornalismo crítico, pluralista, apartidário e moderno, que deveria ser feito com "intransigência técnica".
A última versão do projeto, divulgada em 17 de agosto de 1997, está reproduzida na atual edição do manual e reafirma o compromisso da Folha com aqueles quatro princípios editoriais.
O texto do "Manual da Redação" afirma: "Tais valores adquiriram a característica doutrinária que está impregnada na personalidade do jornal e que ajudou a moldar o estilo brasileiro da imprensa nas últimas décadas".
A cobertura eleitoral deste ano, assim, não poderia fugir desse script.
Diferentemente do que ocorre em jornais de outros países -como nos Estados Unidos, onde o "New York Times" publicou o editorial "Barack Obama para presidente"-, a Folha não apoia nenhuma candidatura.
Em um ambiente político polarizado, princípios editoriais bem definidos tornam-se balizas que ajudam o jornal a manter-se equidistante das campanhas, fazendo uma cobertura isenta sem perder o tom crítico.
A atual versão do Projeto Editorial atualizou aqueles princípios à luz das transformações ocorridas durante a década de 90 "na política, na economia, nas ideias".
Assim, a disposição crítica do jornal deveria tornar-se mais refinada e aguda, num cenário em que "o debate técnico substituiu, em boa medida, o debate ideológico".
Do ponto de vista da política, o "Manual da Redação" determina um jornalismo "crítico em relação a todos os partidos políticos, governos, grupos, tendências ideológicas e acontecimentos".
O pluralismo, por sua vez, não poderia resumir-se na busca formal pelo "outro lado". Deveria, mais que isso, "renovar-se na busca de uma compreensão mais autêntica das várias facetas implicadas no episódio jornalístico".
O verbete "pluralismo" do manual estabelece que "todas as tendências ideológicas expressivas da sociedade devem estar representadas no jornal".
E a atitude apartidária, que "obriga a um tratamento distanciado em relação às correntes de interesse", não poderia ser "álibi para uma neutralidade acomodada".
Segundo Suzana Singer, ombudsman da Folha, a existência desses parâmetros bem estabelecidos é fundamental para guiar a cobertura eleitoral.
De acordo com ela, o jornal até agora tem seguido esses princípios. Ainda assim, Singer afirma que recebe reclamações dos leitores.
"A maioria das reclamações políticas que recebo é sobre uma suposta proteção ao candidato do PSDB. Mas tem muita gente que acha o contrário, que a Folha é petista", diz ela.
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domingo, julho 18, 2010
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