TRANSLATE/TRADUTOR

sábado, março 31, 2012

ARTIGO: O caso Demóstenes e o 'homem-bomba'


Por Nilson Borges Filho (*)
As gravações realizadas pela Polícia Federal, das conversas entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres,  são motivos suficientes para enquadrar o político goiano na legislação penal brasileira e convertê-lo em réu por práticas criminosas no exercício do mandato. É claro que ao acusado deve-se conceder o direito de defesa e o devido processo legal, mesmo que os indícios apresentados pela peça policial não coloquem qualquer dúvida sobre o desempenho do senador com tratativas fora-da-lei, em cumplicidade com um contraventor contumaz e figura conhecida do meio político. 

A expressão “eu não sou mais o Demóstenes”, dita pelo próprio senador, dá a entender que Demóstenes não era um só, mas dois: um deles era aquele que subia à tribuna do Senado Federal e atacava o governo federal pela complacência com a corrupção nos ministérios; o outro era o delinquente que, em associação com um bicheiro, trafegava descaradamente pelos escaninhos da República transacionando facilidades para o seu cúmplice. O político goiano cairá sozinho e provavelmente os garçons do Senado nem mais estão lhe servindo o cafezinho e os porteiros mal o cumprimentam.

Os senadores José Sarney e Renan Calheiros, “dois grandes republicanos”,  que foram alvos do “moralismo de araque” de Demóstenes, não moverão uma palha para livrar o desafeto da cassação e da perda dos direitos políticos. O DEM, que ainda não se recuperou da lambança promovida  pelo ex-governador do Distrito Federal - José Roberto Arruda – entende que a melhor saída para Demóstenes será a de abandonar o partido por conta própria. Ou, caso contrário, optar pela saída humilhante: a expulsão sumária. Demóstenes entrou em processo de depressão, que será agudizado com novas revelações, agora sobre conversas entre a sua mulher e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, envolvendo outros políticos e um ministro do STF.

A casa dos horrores que ainda não curou as cicatrizes com a renúncia de Renan Calheiros da presidência e as graves denúncias contra José Sarney, enfrenta uma nova crise com o “caso Demóstenes”, que não se esgota com a cassação do mandato e com o afastamento do senador goiano da vida pública.

Carlinhos Cachoeira é nitroglicerina pura, um verdadeiro arquivo sobre o que rola de sujeira pelos meandros da política brasileira. As farmácias de Brasília acusam o crescimento do consumo de antidepressivos.

Um famoso advogado e ex-ministro do governo petista foi chamado às pressas para tentar estancar novas revelações que possam comprometer outros “ilustres” republicanos. Esforços estão sendo promovidos para que Carlinhos Cachoeira não abra as comportas. Caso acorde com a justiça a delação premiada, Cachoeira vai arrebentar com a República, inclusive atingindo pessoas de outros poderes .

(*)Nilson Borges Filho é doutor em Direito, professor e articulista colaborador deste blog

5 comentários:

Anônimo disse...

Dá para notar que os petralhas são rápidos para julgar alguém da oposição. Aí tudo funciona como uma engrenagem: a Polícia Federal, o Procurador Geral da República, o Ministro da Justiça, o Ministro do STF Lewandowski. E aqueles do PT e PMDB que estão na fila, ou melhor, no fundo da gaveta? Nunca serão julgados? Que venha tudo o que está no tal relatório semi-vazado. Por que proteger alguns?

Kozel® disse...

Uma análise simplista de quem não sabe os meandros podres da política.Demóstenes apenas ajudou um contraventor e recebeu por isso,e os petralhas ,que vendem lanchas para ganharem 150 mil em doação .Quero ver o que vai acontecer com a Ideli.
A guilhotina do judiciário e da PF é implacável com os inimigos da República,mas coaduna com os "malfeitos" dos petralhas,que são tratados quase como vítimas quando pegos no flagra.

Anônimo disse...

Caro Articulista

Vamos ser mais precisos nos adjetivos. O contraventor Cachoeira não é nitroglicerina pura. É cão que ladra, não vai morder. Ele circula pelo Brazil faz muito tempo fazendo seus negócios e é conhecido desde o episódio Valdomiro, o chefe de gabinete do Zé Dirceu. Ele não vai abrir a boca e se abrisse não iria arrebentar com a República porque a República já está arrebentada faz tempo. Este trabalho de alcançar outros figurões do congresso e da administração pública não deve caber às denúncias de Cahoeira, mas sim do trabalho sério da PF, Ministério Público e outros órgãos de investigação que não se mexem. O objetivo foi atingido - queimar politicamente um senador que bem ou mal incomodava o governo federal. Na área penal o processo não irá adiante. Num futuro próximo outros virão e serão defenestrados. A laranja já foi chupada e o bagaço precisa ser descartado. Começou com o Jucá e outros serão atingidos pela falsa "faxina".

Sds

José Anibal - Taubaté

Atha disse...

Kozel,

Com Ideli salva ti, acontece nada da silva, pois é uma das combanheras mais aferradas em defeza dos comunistas pro Comunismo.

Do Site do Partido Comunista do Brazil>:

O comunismo quer ferir a Lei de todos os modos e geitos. Veja só, as Radios piratas que chamam de "Rádios Comunitárias" vão receber dinheiro público para fazer Avião cair, ao confundir o Piloto e a Pelota que o Pilóta.

Paim: rádios comunitárias devem ser incluídas na Lei Rouanet

Nota publicada neste sábado (31), pelo gabinete do senador Paulo Paim (PT-RS), informou que a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) realizará, nesta quarta-feira (4), audiência para discutir a possibilidade das rádios comunitárias receberem recursos previstos na Lei Rouanet (Lei 8.313/1991).

Ao todo, são 33 matérias em pauta na reunião que começa às 9h.

O autor do projeto (PLS 629/2011) que prevê a proposta é o senador Paulo Paim (PT-RS).

Ele justifica o investimento nas rádios comunitárias por vê-las como responsáveis por “difundir ideias, elementos de cultura, tradições e hábitos da população local, formando, integrando e estimulando o convívio social”.

Em declaração à imprensa, Paim observou que essas emissoras têm dificuldade de financiamento.

“A legislação em vigor admite apenas o patrocínio como apoio cultural de estabelecimentos situados na área da comunidade. Isso não é suficiente para atender às necessidades das rádios comunitárias”, argumenta o senador.

Anônimo disse...

Acho que quando chegar nos petralhas as coisas vão começar a ficar devagar até parar.Os bandidos de togas ainda estão agindo,pois não?