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sexta-feira, abril 20, 2012

LEWANDOWSKI AFIRMA QUE MENSALÃO NÃO PRESCREVERÁ

Principal responsável por definir quando o processo do mensalão será julgado, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, afirma que vai liberar seu voto neste semestre, o que permitiria o julgamento a partir de agosto. Ele nega estar segurando o processo ou que pretenda aliviar a situação dos réus. E diz que não haver a “menor possibilidade de ocorrer a prescrição” enquanto o processo estiver em suas mãos.
Quando o sr. vai liberar seu voto no caso do mensalão?
Pretendo liberá-lo ainda neste semestre. Agora que saí do Tribunal Superior Eleitoral terei mais tempo para estudar os casos complexos que se encontram em meu gabinete.
Por que não libera até maio?
Estou trabalhando com afinco nesse processo, que tem cerca de 60 mil páginas, desde quando recebi o relatório e o disquete com cópia integral dos autos do relator, ministro Joaquim Barbosa, momentos antes do recesso de janeiro deste ano. Na prática, estou com o processo digitalizado em mãos há pouco mais de 60 dias, descontado o período de recesso.
O sr. está deliberadamente segurando o processo?
Jamais retive nenhum processo em 22 anos de magistratura. Meu gabinete é um dos que têm o menor acervo de processos. Ressalto, ainda, que minhas liminares são apreciadas em 24 ou 48 horas no máximo. E mais: ingressei no ano de 2012 sem nenhum voto-vista (voto após pedido de vista) pendente.
Dizem que o sr. está entre aqueles que querem absolver...
Não há nenhum fundamento nessa afirmação. Somente depois de ler todas as provas é que farei um juízo de culpabilidade sobre os réus.
O sr. é revisor. Seu papel não seria secundário no processo?
Pelo contrário. O papel do revisor é dos mais importantes, segundo o próprio regimento interno do Supremo Tribunal Federal. Não se restringe apenas a revisar os procedimentos formais adotados pelo relator ou conferir o relatório que ele elaborou. Compete ao revisor preparar um voto completo, em pé de igualdade com o do relator, para trazer outro ponto de vista sobre o processo para os colegas. É importante deixar claro que a função do revisor não consiste em examinar o voto do relator. Aliás, nem sequer conheço o voto que o ministro Joaquim Barbosa está redigindo. 
E o risco de prescrição, existe?
Não é possível cogitar prescrição antes de conhecer a pena em concreto a ser eventualmente aplicada aos réus. Lembro que, segundo o artigo 109 do Código Penal, as penas de 1 a 2 anos, por exemplo, prescrevem em 4 anos. Acima desse patamar começam a prescrever em oito anos. No caso deste processo, o marco inicial da prescrição é a data do recebimento da denúncia, que ocorreu em agosto de 2007. Não há, portanto, a menor possibilidade de ocorrer a prescrição enquanto o processo estiver sob minha apreciação.
Como vê a cobrança de colegas pela liberação do processo?
Não existe cobrança de colegas. Isso seria inadmissível, mesmo porque nenhum juiz da Suprema Corte pode ser pressionado por quem quer que seja. Não ignoro, porém, que determinados ministros têm externado publicamente a opinião de que o processo precisa ser julgado ainda este semestre. Trata-se, porém, de uma manifestação de caráter pessoal, que não expressa o consenso da Corte. Do site do jornal O Estado de São Paulo

5 comentários:

Atha disse...

Não prescreverá, só escreverá um Dezagravo e fica tudo desgravado.

Você escreve isto? Eu Escravo Escrevo e descrevo o BenSalão como um Ben Bienvenido Benvindo ao Salão Nobre Nobre Sabão Bábio Sábio. Segundo e Veredito, o Sabão não é Salão, assim, o Bensalão MenSalão não existe. PT da Silva agra desce.

Atha disse...

Para presidente do STF, Planalto é imperial e autoritário. Você discorda do Disco Voadô.

“O Poder Executivo no Brasil não é republicano. É imperial”. Essa foi a conclusão a que chegou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, diante do descumprimento da Constituição e das decisões do STF, pelo Palácio do Planalto, em matéria orçamentária, no ano passado.

“Temos um Executivo muito autoritário”, conclui, ao lamentar a falta de independência do Congresso. O desabafo foi feito pelo ministro a este site, que hoje publica a parte final de sua entrevista.

Leia mais:

http://www.conjur.com.br/2012-abr-18/entrevista-ministro-cezar-peluso-presidente-stf-cnj

Anônimo disse...

Não se enganem! Esse negócio a partir de "agosto", tem tudo para dar em PIZZA. É tempo demais para que os petralhas busquem algum mecanismo de deter a CPI.
E como já é de nosso conhecimento, na rima popular "agosto é o mês do desgosto".
Só os idiotas acreditam na Justiça do brasil.

José de Araújo Madeiro disse...

Aluízio,

Mais pressões em cima do Ministro Lewandowski para ele liberar o Processo do Mensalão.

É o que faremos amanhã, na Marcha Contra Corrupção, no MASP em São Paulo.

Abs, Madeiro.

Anônimo disse...

Completo
Não Prescreverá, nem Nunca sairá das Nossas Mentes,
Apenas os Crimes Prescreverão, Ninguém Responderá, nem será Punido nem Devolverá Tostão algum aos Cofres Públicos,
Entenderam ou querem que eu desenhe?
O ministro esqueceu de dizer que em dezembro o papai noel vem trazendo brinquedos para as crianças,
e em abril o Coelhinho da Pascoa também vem trazendo ovinhos.