Por Nilson Borges Filho (*)
A estratégia de campanha da candidata Dilma Rousseff elevando o tom contra José Serra, no debate promovido pela TV Bandeirantes, pode acender uma luz no fim do túnel da militância petista, mas não vai além disso. Pesquisas informam que o eleitor brasileiro médio é conservador e mantém-se firme na defesa de princípios e valores, seja de ordem moral ou mesmo de conduta religiosa. E tem mais: esse mesmo eleitor – que leva uma vida de cidadão comum – não tolera qualquer tipo de agressividade, física ou verbal, pois basta aquela em que é obrigado a conviver, dia-a-dia, no trânsito, na fila do banco, na escola dos filhos e no trabalho.
Dilma, ao se utilizar de maus modos contra o candidato José Serra, ofereceu munição aos indecisos para se bandearem às fileiras do tucanato. A primeira reação contra a agressividade da petista partiu dos eleitores de Marina Silva, acostumados com o perfil zen da candidata do PV e com a sua elegância em fazer política, mesmo em momentos exageradamente tensos. Os verdes que ainda não haviam se posicionado, oficialmente, em qual candidato despejar seus vinte milhões de votos, depois de domingo último passaram a considerar que o tom, o timbre e os gestos de Dilma Rousseff não condizem com alguém preocupada com um Brasil de conciliação nacional, como prega a senadora Marina Silva.
O ponto negativo da agressividade da candidata petista atingiu o seu auge quando, sem quê nem pra quê, atacou Mônica Serra, mulher de José Serra, exemplo de discrição. Nesse momento, Dilma se afastou mais ainda do eleitorado feminino, um tanto cansado dos maus tratos que sofre no curso da vida. Quando esse tipo de agressividade parte de outra mulher, o efeito é arrasador.
É provável que as pesquisas internas dos partidos não tiveram tempo de apurar a movimentação do eleitor após o debate, mas a voz rouca das ruas sinaliza um clima totalmente desfavorável à Dilma Rousseff. Curiosamente, esse tipo de postura enquadra-se melhor no candidato que se encontra atrás nas pesquisas e, por isso mesmo, parte para o vale-tudo, buscando reverter o quadro eleitoral.
Vem aí mais uma questão – o tom agressivo – que a candidata do PT vai ter que se explicar nos próximos dias, não bastassem suas posições sobre a legalização do aborto, as maracutaias de Erenice Guerra e família, a corrupção na Casa Civil e nos Correios. E de quebra, surge agora uma amiga uruguaia de Dilma, com o nome fantasia de Tupamara, acusada de desviar dinheiro público.
A estratégia de campanha da candidata Dilma Rousseff elevando o tom contra José Serra, no debate promovido pela TV Bandeirantes, pode acender uma luz no fim do túnel da militância petista, mas não vai além disso. Pesquisas informam que o eleitor brasileiro médio é conservador e mantém-se firme na defesa de princípios e valores, seja de ordem moral ou mesmo de conduta religiosa. E tem mais: esse mesmo eleitor – que leva uma vida de cidadão comum – não tolera qualquer tipo de agressividade, física ou verbal, pois basta aquela em que é obrigado a conviver, dia-a-dia, no trânsito, na fila do banco, na escola dos filhos e no trabalho.
Dilma, ao se utilizar de maus modos contra o candidato José Serra, ofereceu munição aos indecisos para se bandearem às fileiras do tucanato. A primeira reação contra a agressividade da petista partiu dos eleitores de Marina Silva, acostumados com o perfil zen da candidata do PV e com a sua elegância em fazer política, mesmo em momentos exageradamente tensos. Os verdes que ainda não haviam se posicionado, oficialmente, em qual candidato despejar seus vinte milhões de votos, depois de domingo último passaram a considerar que o tom, o timbre e os gestos de Dilma Rousseff não condizem com alguém preocupada com um Brasil de conciliação nacional, como prega a senadora Marina Silva.
O ponto negativo da agressividade da candidata petista atingiu o seu auge quando, sem quê nem pra quê, atacou Mônica Serra, mulher de José Serra, exemplo de discrição. Nesse momento, Dilma se afastou mais ainda do eleitorado feminino, um tanto cansado dos maus tratos que sofre no curso da vida. Quando esse tipo de agressividade parte de outra mulher, o efeito é arrasador.
É provável que as pesquisas internas dos partidos não tiveram tempo de apurar a movimentação do eleitor após o debate, mas a voz rouca das ruas sinaliza um clima totalmente desfavorável à Dilma Rousseff. Curiosamente, esse tipo de postura enquadra-se melhor no candidato que se encontra atrás nas pesquisas e, por isso mesmo, parte para o vale-tudo, buscando reverter o quadro eleitoral.
Vem aí mais uma questão – o tom agressivo – que a candidata do PT vai ter que se explicar nos próximos dias, não bastassem suas posições sobre a legalização do aborto, as maracutaias de Erenice Guerra e família, a corrupção na Casa Civil e nos Correios. E de quebra, surge agora uma amiga uruguaia de Dilma, com o nome fantasia de Tupamara, acusada de desviar dinheiro público.
A mudança de estratégia do PT acontece no exato momento em que ressurge das cinzas a figura de Ciro Gomes e com a aproximação de José Dirceu com a equipe de campanha da candidata de Lula. Essa tal aproximação de José Dirceu com Dilma não é um bom negócio para os petistas, pois desde o mensalão – quando foi enquadrado no Código Penal como chefe de quadrilha – que o ex-chefe da Casa Civil representa o que existe de pior no campo político.
Agora, surge a reação de grupos católicos incomodados com a conversão repentina de Dilma Rousseff, frequentando missas e visitando templos religiosos. Comportamento visto pelos eleitores como oportunista e eleitoreiro. Na outra ponta do espectro religioso, evangélicos e espíritas, já vinham denunciando o vai-e-vem escancarado da candidata petista com relação à legalização do aborto.
Baixou o amadorismo na campanha de Dilma Rousseff. O desespero na sua assessoria é visível. A crise no núcleo duro de campanha da candidata já está colocando em dúvida a “a genialidade” do marqueteiro João Santana. Na coordenação de campanha da candidata o clima é o pior possível. Lula – que de bobo não tem nada – submergiu e está dando um tempo até que as coisas fiquem mais claras.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito e foi professor da UFSC e da UFMG. É articulista colaborador deste blog.
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Agora, surge a reação de grupos católicos incomodados com a conversão repentina de Dilma Rousseff, frequentando missas e visitando templos religiosos. Comportamento visto pelos eleitores como oportunista e eleitoreiro. Na outra ponta do espectro religioso, evangélicos e espíritas, já vinham denunciando o vai-e-vem escancarado da candidata petista com relação à legalização do aborto.
Baixou o amadorismo na campanha de Dilma Rousseff. O desespero na sua assessoria é visível. A crise no núcleo duro de campanha da candidata já está colocando em dúvida a “a genialidade” do marqueteiro João Santana. Na coordenação de campanha da candidata o clima é o pior possível. Lula – que de bobo não tem nada – submergiu e está dando um tempo até que as coisas fiquem mais claras.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito e foi professor da UFSC e da UFMG. É articulista colaborador deste blog.
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2 comentários:
"Submergiu"???
Só se foi naquela "água" que passarinho não bebe...
Aluizio, mais um excelente artigo de Nílson Borges, esses artigos tem que circular nos blog's da rede democrática. É muito esclarecedor e traduz o que pensa seus leitores e comentaristas. Creio que já disse aqui, meus filhos acompanham seu blog e adoram ler os artigos que o Nilson escreve. PARABÉNS aos dois.
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