Por Nilson Borges Filho (*)
Pode ser lugar comum, mas o grande vitorioso no pleito de 3 de outubro foi o eleitor brasileiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou, mas, também, perdeu. Ganhou quando transferiu 48 milhões de votos para a candidata Dilma Rousseff, uma ilustre desconhecida até dois anos atrás. Lula saiu vencedor quando ajudou a derrotar os senadores Tasso Jereisati, Arthur Virgílio, Heráclito Fortes, Marco Maciel e Mão Santa, seus desafetos declarados.
Perdeu, quando interferiu desastrosamente na composição da chapa ao governo de Minas, liquidando com as chances do PT chegar ao governo. O ex-governador Aécio Neves se consagrou: fez seu sucessor, se elegeu senador com uma montanha de votos e levou junto para a “sua bancada” o ex-presidente Itamar Franco. De quebra, derrotou as duas principais lideranças petistas em Minas Gerais, os ex-prefeitos de BH, Fernando Pimentel e Patrus Ananias. Não satisfeito, levou o senador Hélio Costa, do PMDB, ao desemprego.
Lula foi derrotado, ainda, em Santa Catarina com a vitória em primeiro turno de Raimundo Colombo, do Democratas, partido que gostaria de “extirpar” da política. Sua candidata e lider no Senado, Ideli Salvatti, ficou em terceiro lugar para o governo estadual. Luiz Henrique da Silveira, dissidente do PMDB nacional, e Jorge Bornhausen, presidente de honra do DEM, foram os grandes vencedores no Estado.
Lula ganhou quando apostou na reeleição de Jacques Wagner, na Bahia, Cid Gomes, no Ceará e Tião Viana, no Acre. Ganhou, também, com a derrota de Mercadante para o governo paulista. Aliás, ambos se detestam. Talvez se sentisse bem melhor, se no Rio Grande do Sul o atual prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, batesse Tarso Genro nas urnas. Lula nutre - como dizer? – uma certa antipatia pelo político petista. Lula perdeu em São Paulo, com a vitória de “esse sujeito”, como se refere a Geraldo Alckmin. O PSDB paulista fez o governador e o senador mais bem votado do País.
O presidente ficaria bem mais satisfeito – dizem - se a segunda vaga para o Senado ficasse com o pagodeiro Netinho de Paula, do PC do B. Lula ganhou com a eleição para o senado da candidata petista Gleisi Hoffmann, mas perdeu com a vitória em primeiro turno de Beto Richa. Ainda, no Paraná, Lula não sabe – e nunca saberá – se ganhou ou perdeu com Roberto Requião.
Lula ganhou no Rio, Pernambuco e Alagoas, sendo que neste último Estado com a vitória de Renan e a derrota de Collor para o governo. No Rio Grande do Norte, Lula levou um banho com a eleição de Rosalba para o governo e José Agripino para o Senado.Já em Sergipe, Lula levou a melhor com a reeleição de Marcelo Déda.
Quem apostou que o DEM e o PSDB desapareceriam do cenário político, perdeu feio. Os grandes perdedores nessa campanha foram os institutos de pesquisa de opinião. Todos erraram, ainda bem. Alguns por incompetência e outros por má fé mesmo. Parece que houve uma certa confusão entre venda de pesquisa com venda de resultado. Em suas defesas, alegar que indicam apenas tendências é desonestidade. Fosse assim, não haveria margem de erro.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito. Foi professor da UFSC e da UFMG
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Pode ser lugar comum, mas o grande vitorioso no pleito de 3 de outubro foi o eleitor brasileiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou, mas, também, perdeu. Ganhou quando transferiu 48 milhões de votos para a candidata Dilma Rousseff, uma ilustre desconhecida até dois anos atrás. Lula saiu vencedor quando ajudou a derrotar os senadores Tasso Jereisati, Arthur Virgílio, Heráclito Fortes, Marco Maciel e Mão Santa, seus desafetos declarados.
Perdeu, quando interferiu desastrosamente na composição da chapa ao governo de Minas, liquidando com as chances do PT chegar ao governo. O ex-governador Aécio Neves se consagrou: fez seu sucessor, se elegeu senador com uma montanha de votos e levou junto para a “sua bancada” o ex-presidente Itamar Franco. De quebra, derrotou as duas principais lideranças petistas em Minas Gerais, os ex-prefeitos de BH, Fernando Pimentel e Patrus Ananias. Não satisfeito, levou o senador Hélio Costa, do PMDB, ao desemprego.
Lula foi derrotado, ainda, em Santa Catarina com a vitória em primeiro turno de Raimundo Colombo, do Democratas, partido que gostaria de “extirpar” da política. Sua candidata e lider no Senado, Ideli Salvatti, ficou em terceiro lugar para o governo estadual. Luiz Henrique da Silveira, dissidente do PMDB nacional, e Jorge Bornhausen, presidente de honra do DEM, foram os grandes vencedores no Estado.
Lula ganhou quando apostou na reeleição de Jacques Wagner, na Bahia, Cid Gomes, no Ceará e Tião Viana, no Acre. Ganhou, também, com a derrota de Mercadante para o governo paulista. Aliás, ambos se detestam. Talvez se sentisse bem melhor, se no Rio Grande do Sul o atual prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, batesse Tarso Genro nas urnas. Lula nutre - como dizer? – uma certa antipatia pelo político petista. Lula perdeu em São Paulo, com a vitória de “esse sujeito”, como se refere a Geraldo Alckmin. O PSDB paulista fez o governador e o senador mais bem votado do País.
O presidente ficaria bem mais satisfeito – dizem - se a segunda vaga para o Senado ficasse com o pagodeiro Netinho de Paula, do PC do B. Lula ganhou com a eleição para o senado da candidata petista Gleisi Hoffmann, mas perdeu com a vitória em primeiro turno de Beto Richa. Ainda, no Paraná, Lula não sabe – e nunca saberá – se ganhou ou perdeu com Roberto Requião.
Lula ganhou no Rio, Pernambuco e Alagoas, sendo que neste último Estado com a vitória de Renan e a derrota de Collor para o governo. No Rio Grande do Norte, Lula levou um banho com a eleição de Rosalba para o governo e José Agripino para o Senado.Já em Sergipe, Lula levou a melhor com a reeleição de Marcelo Déda.
Quem apostou que o DEM e o PSDB desapareceriam do cenário político, perdeu feio. Os grandes perdedores nessa campanha foram os institutos de pesquisa de opinião. Todos erraram, ainda bem. Alguns por incompetência e outros por má fé mesmo. Parece que houve uma certa confusão entre venda de pesquisa com venda de resultado. Em suas defesas, alegar que indicam apenas tendências é desonestidade. Fosse assim, não haveria margem de erro.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito. Foi professor da UFSC e da UFMG
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