Por Nilson Borges Filho (*)
Embriagado pela própria vaidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, potencializado pelos bajuladores de plantão, acreditou, mesmo, que podia tudo. As urnas disseram que no Brasil as coisas não funcionam como bem entendem alguns, aqueles tais que se autoproclamam protagonistas da malandragem política.
Em Santa Catarina, Jorge Bornhausen e Luiz Henrique da Silveira liquidaram com as pretensões da oposição PT-PP, que desejava fazer de Santa Catarina um apêndice do Palácio do Planalto. Foi uma vitória incontestável de Jorge e LHS: ajudaram a fazer o sucessor, levaram as duas vagas para o Senado Federal e elegeram uma bancada consistente.
Errou, redondamente, quem via em Raimundo Colombo como sendo apenas mais um candidato e que sua eleição seria uma incógnita. Colombo provou ter luz própria, agregando muitos votos que chegaram às urnas catarinenses pelo seu próprio mérito, visto pelos eleitores como um gestor de bom tipo na Prefeitura de Lages, um político conciliador na montagem das alianças, elegante no fazer política e valente no enfrentamento com os adversários.
Colombo, não resta dúvida, deve boa parte dos seus votos ao apoio de Luiz Henrique e Bornhausen, mas nada disso se concretizaria se não houvesse um reconhecimento público pela forma como se conduziu na administração pública e no Senado Federal. Considerando ter sido o primeiro pleito que Colombo participou como candidato ao governo estadual, foi uma vitória e tanto, pois não só alcançou mais de 50% dos votos válidos , como, também, com a ajuda dos partidos aliados, derrotou o consórcio PP/PT.
Se isso só não bastasse, Colombo, LHS e Bornhausen liquidaram com as duas principais lideranças catarinenses de oposição: Ideli Salvatti e Ângela Amin. Movido por uma equipe de marketing de primeira linha, que conseguiu dar um tom à campanha voltada para o que é “ser catarinense”, Luiz Henrique se consagra como uma das principais lideranças nacionais do PMDB e Colombo tem tudo para sair dessa eleição como um político de futuro próspero.
Jorge Bornhausen mostrou mais uma vez, no seu estilo discreto, que sabe fazer política. O próximo passo é o que se pode avaliar como sendo o mais difícil pós-eleição, ou seja, a montagem da equipe de governo. Aqui, neste ponto, tem que prevalecer a serenidade do governante em escolher os melhores, desagrando, no mínimo, os nem tanto. O assédio será fortíssimo, político vai se apresentar como sendo a solução para aquela determinada pasta. Os não eleitos, que acreditam que contribuíram para a eleição do governador, em estado de desemprego, exigirão uma diretoria aqui ou uma sinecura acolá.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito. Foi professor da UFSC e da UFMG.
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Embriagado pela própria vaidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, potencializado pelos bajuladores de plantão, acreditou, mesmo, que podia tudo. As urnas disseram que no Brasil as coisas não funcionam como bem entendem alguns, aqueles tais que se autoproclamam protagonistas da malandragem política.
Em Santa Catarina, Jorge Bornhausen e Luiz Henrique da Silveira liquidaram com as pretensões da oposição PT-PP, que desejava fazer de Santa Catarina um apêndice do Palácio do Planalto. Foi uma vitória incontestável de Jorge e LHS: ajudaram a fazer o sucessor, levaram as duas vagas para o Senado Federal e elegeram uma bancada consistente.
Errou, redondamente, quem via em Raimundo Colombo como sendo apenas mais um candidato e que sua eleição seria uma incógnita. Colombo provou ter luz própria, agregando muitos votos que chegaram às urnas catarinenses pelo seu próprio mérito, visto pelos eleitores como um gestor de bom tipo na Prefeitura de Lages, um político conciliador na montagem das alianças, elegante no fazer política e valente no enfrentamento com os adversários.
Colombo, não resta dúvida, deve boa parte dos seus votos ao apoio de Luiz Henrique e Bornhausen, mas nada disso se concretizaria se não houvesse um reconhecimento público pela forma como se conduziu na administração pública e no Senado Federal. Considerando ter sido o primeiro pleito que Colombo participou como candidato ao governo estadual, foi uma vitória e tanto, pois não só alcançou mais de 50% dos votos válidos , como, também, com a ajuda dos partidos aliados, derrotou o consórcio PP/PT.
Se isso só não bastasse, Colombo, LHS e Bornhausen liquidaram com as duas principais lideranças catarinenses de oposição: Ideli Salvatti e Ângela Amin. Movido por uma equipe de marketing de primeira linha, que conseguiu dar um tom à campanha voltada para o que é “ser catarinense”, Luiz Henrique se consagra como uma das principais lideranças nacionais do PMDB e Colombo tem tudo para sair dessa eleição como um político de futuro próspero.
Jorge Bornhausen mostrou mais uma vez, no seu estilo discreto, que sabe fazer política. O próximo passo é o que se pode avaliar como sendo o mais difícil pós-eleição, ou seja, a montagem da equipe de governo. Aqui, neste ponto, tem que prevalecer a serenidade do governante em escolher os melhores, desagrando, no mínimo, os nem tanto. O assédio será fortíssimo, político vai se apresentar como sendo a solução para aquela determinada pasta. Os não eleitos, que acreditam que contribuíram para a eleição do governador, em estado de desemprego, exigirão uma diretoria aqui ou uma sinecura acolá.
A boa condução, sem muitos traumas, nessa fase da organização do governo é que vai indicar a direção que o governante dará à sua administração. Agora, que foi um show de política, foi mesmo. Os institutos de pesquisa, em geral, devem uma justificativa pública convincente. E fique bem claro que, antes de tudo, vendem pesquisas e não resultados ao gosto do cliente. Foi dado o recado muito claro: Santa Catarina é dos catarinenses.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito. Foi professor da UFSC e da UFMG.
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