A juíza ainda determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal de Vaccari e de Ana Maria. Na decisão, a magistrada afirmou que há "relevante suspeita do envolvimento dos referidos acusados na prática dos crimes descritos na denúncia". E ressaltou que "o sigilo não pode servir de escudo protetivo para o exercício e proveito de atividades ilícitas".
O pedido da abertura de processo foi feito no último dia 19, pelo promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo. Em depoimento à CPI da Bancoop, na Assembleia Legislativa do estado, Blat afirmou ter “indícios suficientes de autoria e materialidade contra diretores, ex-diretores e terceiros que participaram desta verdadeira organização criminosa, que fraudou milhares de cooperados que não receberam suas unidades habitacionais e foram achacados."
Os outros três réus são a mulher de Tomás, Henir de Oliveira, a advogada da Bancoop, Leticya Achur Antonio e a presidente da Germany, Helena Conceição Pereira Lage. "Quando eles estavam à frente da cooperativa simplesmente ocultaram movimentações financeiras para dificultar a identificação das transações", comentou Blat, na Assembleia.
De acordo com o promotor, os envolvidos devem ser condenados por estelionato porque 1.133 pessoas compraram apartamentos da Bancoop, mas ainda não têm onde morar, e por tentativa de estelionato, porque outras 2.362 vítimas tiveram de pagar muito mais do que o combinado inicialmente para receber seus apartamentos. Blat estima que a quantia desviada pelo esquema chegaria a 170 milhões de reais.
Histórico - O caso Bancoop foi revelado por VEJA, em março deste ano. A reportagem indicava a descoberta do Ministério Público de São Paulo de que dirigentes da cooperativa desviavam recursos de empreendimentos imobiliários para abastecer seus próprios bolsos e o caixa dois de campanhas petistas. Em contrapartida, integrantes do PT afirmaram que o promotor agia com interesses eleitorais para beneficiar pessoas ligadas ao ex-governador de São Paulo e candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra.
Diante da acusação, a bancada tucana na Assembleia conseguiu reunir assinaturas suficientes para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar o caso, que foi criada no mesmo mês da reportagem. Na edição de 13 de março, VEJA destacou ainda a relação entre o escândalo da Bancoop e o mensalão, indicada pelo depoimento à Procuradoria-Geral da República de Lúcio Bolonha Funaro, um dos maiores especialistas em fraudes financeiras. Do portal da revista Veja
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2 comentários:
Pode anotar: o crime vai prescrever.
E esse canalha vai devolver o dinheiro roubado? Ou vai ser condenado a pagar 10 cestas básicas e sair milionário?
Paredão nelle, depois de devolver tudo!!!
FOGO, MUITO FOGO DE .45 NELLE!!!
Eduardo.45
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