Esta análise do Reinaldo Azevedo sobre as últimas pesquisas eleitorais revela que pode vir por aí um resultado que nem os tucanos mais entusiasados imaginavam. Transcrevo:
Vocês querem ver como estão sendo feitas e editadas as pesquisas? Vamos lá:
O Ibope divulgou, no dia 29, quarta-feira, uma pesquisa feita a pedida da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Os dados tinham sido coletados, informava-se, entre os dias 25 e 27. Dilma aparecia com 50% dos votos; Serra, com 27%, e Marina, com 13%. A petista tinha 55% dos votos válidos. O instituto também simulou um eventual segundo turno: a candidata do PT aparecia com 55%, contra 32% do tucano: 23 pontos de diferença.
Vocês querem ver como estão sendo feitas e editadas as pesquisas? Vamos lá:
O Ibope divulgou, no dia 29, quarta-feira, uma pesquisa feita a pedida da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Os dados tinham sido coletados, informava-se, entre os dias 25 e 27. Dilma aparecia com 50% dos votos; Serra, com 27%, e Marina, com 13%. A petista tinha 55% dos votos válidos. O instituto também simulou um eventual segundo turno: a candidata do PT aparecia com 55%, contra 32% do tucano: 23 pontos de diferença.
Pois bem… Poucas horas depois, na madrugada do dia 30, vieram à luz números do Datafolha, em pesquisa realizada nos dias 28 e 29. A petista teria 47%; o tucano, 28%, e a verde, 14%. Também o Datafolha simulava um segundo turno: 53% a 39% para Dilma: 14 pontos de diferença.
Pois bem. Ontem, os dois institutos divulgaram novos levantamentos. Eureca! Os números são os mesmos: 47%, 29%, 16%, com uma pequena diferença por causa dos nanicos: o Datafolha diz que Dilma tem 50% dos válidos, e o Ibope, 51%. Certo!
Ora, a questão jornalística que se coloca desde logo é a possibilidade de a eleição não se resolver amanhã. Logo, os números do segundo turno são relevantes, certo? Para Daniel Bramatti e José Roberto de Toledo, que assinam o texto do Estadão, mais ou menos. Eles nem mesmo deram os números totais do segundo turno, limitando-se aos válidos: 58% a 42%.
E por que os totais são importantes? Ora, na pesquisa divulgada pelo ibope há quatro dias, num eventual segundo turno, Dilma aparecia com 55%, contra 32% de Serra — uma diferença de 23 pontos! Na divulgada ontem, a petista caiu para 51%, e o tucano subiu para 37% — 14 pontos de diferença. Segundo o Ibope, em quatro dias, a diferença entre Dilma e Serra caiu nove pontos percentuais!!! Só para registro: no Datafolha — e os dois omitem este dado também —, a diferença já era de 14 pontos (53% a 39%) e, agora, é de 10: 52% a 42%.
NOVE PONTOS DE DIFERENÇA EM QUATRO DIAS? 12,15 milhões de eleitores? Ou o Ibope está muito errado na pesquisa de ontem ou estava muito errado naquela de há quatro dias. Ou está em curso uma sangria com a qual nem os tucanos sonharam!
De todo modo, o espantoso é que se omita do leitor um fato óbvio. Ah, sim: não sei se vai haver segundo turno, tá? Havendo ou não, o leitor tem o direito de saber dos números, não é mesmo? Não há especialista que consiga explicar esse critério.
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Um comentário:
Collor de Melo, com adesivo de Dilma no peito, é vaiado e vota em si mesmo e no PT
O fato mais sórdido desta campanha é com certeza o apoio do ex-presidente Collor de Melo aos candidatos do PT.
É que Collor de Melo foi cassado por iniciativa e influência direta do PT. Os novos aliados do Partido dos Trabalhadores - Collor, Sarney, Jader Barbalho, Renan - demonstram de que modo foi pasteurizada a política brasileira, o que ficou evidente na atual campanha eleitoral, a mais alienada e alienante de toda a história republicana brasileira.
http://www.uol.com.br/
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