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terça-feira, fevereiro 15, 2011

CENSURA À IMPRENSA CRESCE NO BRASIL, DENUNCIA ENTIDADE INTERNACIONAL DE JORNALISMO

Só na primeira metade do ano passado, autoridades brasileiras exigiram que o Google retirasse de seus servidores 398 matérias. É um recorde mundial e é o dobro do segundo da lista, que foi a Líbia. Além disso, nos dias finais da corrida eleitoral brasileira uma pesquisa do Centro Knight para o Jornalismo, do Texas, EUA, revelou que juízes brasileiros emitiram pelo menos 21 ordens de censura durante a campanha. Os dados, que apontam um crescimento da censura no País, estão no relatório Ataques à Imprensa em 2010, lançado nesta terça-feira, 15, pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), de Nova York.
O trabalho do Comitê revela ainda que muitas agências de notícias de todo o Brasil foram multadas, tiveram de remover conteúdos ou foram impedidas de divulgar informações ao longo de 2010. E destaca, também, o fato de já passar de um ano a censura ao jornal O Estado de S. Paulo e ao portal Estadão.com.br, impedidos de divulgar investigações da Polícia Federal envolvendo o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney. 
“Esse quadro mostra que a censura, e a autocensura que ela traz junto, estão atingindo níveis muito sérios no País”, afirmou ontem o coordenador do Comitê de Proteção a Jornalistas, Carlos Lauria, ao apresentar o documento Ataques à Imprensa em 2010. O relatório informa também que, em todo o mundo, 44 jornalistas foram mortos em serviço e 145 foram presos durante o ano – eram apenas 9 no ano anterior. Com 400 páginas, o documento foi lançado pelo Comitê também em Nova York, Madri e Bruxelas.
Lauria considerou “espantoso que num País como o Brasil um dos maiores jornais seja proibido de noticiar um grande escândalo, que envolve figuras políticas conhecidas”. De São Paulo ele vai a Brasília, onde se reunirá na quinta-feira com autoridades da Secretaria das Comunicações (Secom), dos Direitos Humanos e será recebido no Supremo Tribunal Federal.
Segundo o levantamento do CPJ, a censura está em ascensão por todo o continente – em especial no México, em Honduras, na Venezuela e no Equador. No México, o crime organizado praticamente silenciou a imprensa fora da capital, matando 30 jornalistas na última década. “É dramático ver como, em uma ou duas semanas, os criminosos matam 5 ou 10 pessoas, em lugares como Puerto Juarez ou Reynosa, e não sai uma linha em nenhum jornal”, diz ele. “Episódios assim já se tornaram comuns.”
Além de análises de 50 países, o Comitê detalha um a um os casos de 44 jornalistas assassinados durante o ano, e lista os 145 presos, um dos quais um jovem iraniano de 18 anos. A tática mais usual, lembrou Lauria, é tirar os casos do contexto da imprensa, condenando os detidos de forma vaga, por atuar “contra o interesse nacional”. Irã e China, cada um com 34 detidos, são os recordistas dessas prisões. Do portal do Estadão

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2 comentários:

Atha disse...

Em contra-partida e partido, Obama financia Movimentos subversivos contra governos dos Bitabores, ocultados em a "Ditadura". Bitabores os Sabores chamados depois, os "Dissabores".

EUA vão aumentar apoio para combate à repressão na internet.

Nos últimos três anos, segundo a secretária, Washington já destinou US$ 20 milhões (cerca de R$ 33 milhões) para esse fim.

“Os Estados Unidos continuam a ajudar as pessoas em ambientes opressivos em relação à internet a burlar filtros, ficar um passo à frente dos censores, dos hackers e dos bandidos que as agridem ou prendem pelo que elas dizem online”, disse Hillary, em um discurso sobre liberdade na internet em uma universidade de Washington.

No discurso, feito menos de uma semana depois da renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak, após 18 dias de protestos populares, a secretária afirmou que governos repressivos não devem tentar restringir o acesso à internet, porque esses esforços acabarão fracassando.

As redes sociais na internet, como Facebook e Twitter, tiveram papel relevante nos protestos egípcios e foram usadas por ativistas para organizar manifestações contra o governo.

O governo reagiu inicialmente bloqueando o acesso à internet, celulares e sinais de satélite. No entanto, as manifestações continuaram e acabaram forçando a renúncia de Mubarak, na última sexta-feira.

Logo após a queda de Mubarak, eclodiram protestos semelhantes por reformas em diversos países do mundo árabe, nos quais as redes sociais têm sido usadas para mobilizar manifestantes.

Ao ressaltar o papel das redes, Hillary disse que o Departamento de Estado americano pretende criar contas de Twitter em chinês, russo e hindi. Na semana passada, foram lançados os serviços em árabe e persa.

zoot disse...

Eu escrevi no O Globo que : nazismo = fascismo = comunismo. Resultado: fui banido (palavra do jornal) e não posso mais escrever nem receita de culinária por lá. Pergunto: que crime eu cometi? Continuo achando que nazismo = fascismo = comunismo. E não será O Globo que me fará mudar de opinião. Essa é a democracia brasileira. FALÁCIA PURA.