O governo gaúcho suspendeu concorrências para instalar radares eletrônicos e afastou um funcionário do Departamento de Estradas e outro do Detran. Uma reportagem do Fantástico desse domingo (13) revelou como uma máfia transformou a compra de equipamentos para controlar a velocidade dos carros em uma farra de fraudes e negociatas.
Pela manhã, auditores do Tribunal de Contas do Estado recolheram documentos na prefeitura de Gravataí, Região Metropolitana de Porto Alegre. Eles estão investigando o edital que prevê a instalação de 14 controladores de velocidade. O governo gaúcho cancelou nesta segunda-feira (14) licitações no valor de R$ 60 milhões para a instalação de radares em rodovias do estado.
O esquema de fraudes mostrado pelo Fantástico revela como funciona a indústria de multas, que movimenta R$ 2 bilhões por ano. Os fabricantes de pardais e lombadas eletrônicas pagam propinas para servidores públicos e prefeituras. É o que oferece um vendedor da CSP, do Paraná. Sem saber que está sendo gravado, ele negocia a propina, com o repórter Giovani Grizotti, que se faz passar por funcionário de uma prefeitura. “A gente pode estar negociando de 12 a 15%. Como o montante é maior, posso negociar com que o diretor dê uns 15%, tranquilamente”, diz.
Em Curitiba, um vendedor da Dataprom também oferece dinheiro. “Se tu me ‘der’ abertura para eu ir lá e montar o teu projeto inteiro, você vai me falar: ‘eu quero 5%, eu quero 10%’”, declara.
E o plano é dividir tudo meio a meio.
Vendedor da Dataprom: Fala: eu quero outros 60 (mil reais) também. Então, a gente faria um edital de 120.
Repórter: 60 para mim, 60 para ti?
Vendedor da Dataprom: Pode ser.
Repórter: 60 para mim, 60 para ti?
Vendedor da Dataprom: Pode ser.
Na indústria da multas, editais são feitos pelas próprias empresas. A Consilux, que mantém radares em São Paulo e Curitiba, promete o edital já pronto. “Eu posso mandar como se fosse um genérico para você. Não tem problema. Eu mando hoje”, diz o funcionário.
O valor da propina: 5%. Ele diz ao repórter Giovani Grizott: “5%, e a gente ajusta”.
Entre os suspeitos de fraude está o coordenador do sistema de lombadas eletrônicas e radares do Departamento de Estradas do Rio Grande do Sul. Paulo Aguiar foi exonerado nesta segunda-feira do cargo, depois que de ser flagrado oferecendo editais e licitações irregulares para a empresa da qual é sócio, a ACT. Leia TUDO c/ transcrição do programa do Fantástico AQUI
4 comentários:
É isso Aluizio, fogo nos botocudos! País de bandidos! Trabalhar ninguém quer, só mamar e corromper. Parece uma sina que os deuses dos trópico nos impuseram. É de lascar o bambú!
A melhor invenção depois do carro foi a LOMBADA. Se for o quebra-molas e sendo bem feita, é eficiente e barato. Se for ELETRÔNIA é eficiente para ROUBALHEIRA. --------- . . . Será que por isto que o Ex-prefeito de Aracaju, Marcelo Deda - cunpadi deLuLLa - teve condições de bancar uma campanha milionária para Governador e que o atual, o "comunista" Edvaldo Nogueira tá multimilionário ?
...e lá está Rio do Sul e seu magnifico prefeito filantropo, que doa o salário para as instituições, envolvido em mais um rolo...
E aqui na ilha da magia ( só para os irmãos metralha) vamos investigar a fundo e cancelar as multas absurdas aplicadas? Ou vamos colocar a inutil GMF para orientar e organizar o trânsito, ao invés de trabalhar para a zona azul (empresa privada), que atualmente é só o que elles fazem!
Cadeia nessa quadrilha!!!!
Eduardo.45
Postar um comentário