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terça-feira, maio 10, 2011

'ESPIÕES' ANTECIPARAM A CHÁVEZ RELATÓRIO DO IISS QUE REVELOU TENTATIVA DE TERCEIRIZAR COM AS FARC ASSASSINATO DE OPOSITORES NA VENEZUELA

The New York Times :em destaque a acusação contra Chávez
O ditador venezuelano Hugo Chávez prometeu 300 milhões de dólares em 2007 às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), grupo terrorista ao qual forneceu apoio político e acesso territorial. Essas são algumas das conclusões de uma análise do material apreendido com o ex-líder rebelde conhecido como Raúl Reyes, divulgadas nesta terça-feira, em Londres, pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).

O relatório afirma ainda que a chegada de Rafael Correa à Presidência do Equador, em 2007, depois de ele "solicitar e aceitar recursos ilegais das Farc" durante a campanha, foi para a guerrilha colombiana o "clímax" de anos de esforços para infiltrar-se no Equador. Sobre a Venezuela, o documento destaca que, apesar da guerrilha ter chegado à Venezuela muito antes de Chávez, a relação se fortaleceu com o acesso dele ao poder, em 1999.


"Desde 2000, Chávez teve a clara intenção de fornecer apoio financeiro em uma escala calculada para afetar o equilíbrio estratégico da Colômbia", avalia o relatório. Em 2007, por exemplo, ele prometeu ao grupo 300 milhões de dólares", diz o texto, resultado de dois anos de análises dos milhares de arquivos encontrados nos três laptops, dois discos rígidos e três pen drives encontrados no acampamento das Farc em que Raúl Reyes foi morto.


Dinheiro e armas -
Reyes era o número dois do grupo rebelde e foi eliminado em 1º de março de 2008, após um bombardeio colombiano em território equatoriano. Os autores do relatório dizem que parece que Chávez não cumpriu a promessa financeira - mas destacam que nada permite afirmar que a oferta foi retirada. O instituto acrescenta que aconteceram "algumas transferências de valores menores de dinheiro, armas e munições" da Venezuela aos terroristas.

A aliança permitiu ao grupo ter acesso a sócios comerciais da Venezuela, como Bielorrússia e China - que, segundo o IISS, "em diferentes momentos mostraram interesse em fornecer armas às Farc" por meio de acordos triangulares através das exportações de petróleo venezuelanas. Os arquivos mostram que o ditador também concedeu às Farc um "importante respaldo político para promover sua legitimidade no exterior" e "prejudicar os interesses do governo colombiano".


Jogo de cena -
Como se isso não bastasse, Chávez permitiu aos rebeldes "utilizar livremente o território", apenas com algumas "restrições menores". Apesar dos riscos diplomáticos que acarretava, a relação com as Farc tinha para Chávez um "elemento defensivo" ante uma aliança entre Colômbia e Estados Unidos, que ele considerava um "verdadeiro perigo", sobretudo depois de quase ser derrubado por seus opositores internos em 2002.

Por isto, afirma o documento, "apesar de em várias ocasiões Chávez ter pedido às Farc que abandonassem a luta armada e buscassem uma solução política, ele fez isso apenas para desviar a pressão internacional". Depois, sempre recuava e voltava a ajudar os terroristas. Nesse contexto, o instituto considera "improvável" que a retomada das relações entre Caracas e Bogotá desde a chegada ao poder de José Manuel Santos na Colômbia em 2010 possa ser duradoura. Do portal da revista Veja

MEU COMENTÁRIO: Hugo Chávez havia marcado um périplo botocudo iniciando pelo Brasil, quando seria recebido pela Dilma no Alvorada, seguindo-se um almoço privê. Depois o bufão bolivariano iria encontrar-se com o ditador Rafael Correa, do Equador, terminando essa via sacra comuno-bolivariana abraçado com Fidel Castro em Havana. Chávez esquecera que o IISS já havia marcado para este dia 10 de maio a divulgação da análise feita nos arquivos do computador do porco assassino Raúl Reyes, liquidado naquela operação efetuada pela Colômbia contra as FARC em território equatoriano.
Resultado: Ontem, segunda-feira, o amiguinho de Lula, Dilma e sequazes, cancelou repentinamente a viagem alegando ter sofrido uma oportuna lesão no joelho... hehe...
O que fica muito claro é que obviamente alguém ligado ao próprio IISS, o instituto inglês que fez o relatório sobre o conteúdo do material aprendido pelas forças de segurança colombianas, a pedido do governo do então presidente Álvaro Uribe, deve ter avisado a Chávez sobre a informação que seria divulgada no momento em que estaria trocando afagos com Dilma Rousseff em Brasília, juntamente com os integrantes do Foro de São Paulo que tem como chefão o Lula. Não se descarta a hipótese de que algum desses jornalistas militantes da causa bolivariana - eles dominam as redações das agências de notícias internacionais - possa ter sido o mensageiro.
 

Digo isso porque uma declaração do autor dos estudos realizados pelo instituto inglês, James Lockhart Smith, tenta de alguma forma dar uma aliviada para o lado de Chávez, segundo está lá no site do Estadão. Transcrevo o trecho. Confiram:
"Entre as principais conclusões do relatório no que se refere à relação entre a Venezuela e as Farc, o IISS apurou que o governo Chávez teria permitido que o grupo operasse em território venezuelano. 
Além disso, o presidente teria oferecido ajuda às Farc em dinheiro. Segundo a AFP, Chávez teria prometido "300 milhões de dólares" ao grupo guerrilheiro em 2007.
O presidente venezuelano teria ainda, de acordo com o relatório, pedido aos guerrilheiros que "treinassem grupos paramilitares para 'defender a revolução' de outros golpes de estado ou invasões externas", segundo o autor do estudo, James Lockhart Smith.

Smith disse, no lançamento do relatório, em Londres, que é necessário colocar a revelação em um "contexto estratégico". "Depois do golpe de abril de 2002, o regime (de Caracas) se aterrorizou, porque notou que o golpe esteve perto de ter sucesso, e porque viu também que não podia contar com a lealdade das Forças Armadas", explicou." 
Deu para perceber?

Um comentário:

Anônimo disse...

Aluizio,
muito bom artigo,
o Serra, o Reinaldo Azevedo já haviam comentado sobre esses encontros no foro São Paulo e o que poderia estar por trás,
tai,
começa aparecer o rabo dessa cambada de bandidos