A grande imprensa nacional e internacional tornou-se um lixo só. E contam-se nos dedos os jornalistas que trabalham nessas grandes corporações de difusão da notícia e da opinião que não sejam estúpidos ou que ainda não tiveram seus cérebros abduzidos pela maldição do pensamento políticamente correto, essa peste que solapa os valores da civilização ocidental.
A inteligência sempre foi rarefeita, sempre foi uma exceção na história da humanidade. Não fosse assim a cada ano, pelo menos, nascería um novo gênio da ciência, da filosofia ou das artes. No entanto, o mundo continua venerando e aprendendo com a filosofia grega. E lá se vão dois mil anos.
Essa predominância do obscurantismo e a cretinice vestidos de hipocrisia tem uma explicação: o extraordinário crescimento da população do planeta que decorre justamente da genialidade de alguns humanos que desenvolveram a ciência e a tecnologia graças à consagração do direito racional que possibilitou a estruturação do Estado laico, o regime democrático e as liberdades.
Contudo deparamo-nos com o inevitável paradoxo das conseqüências: o avanço da ciência até aqui que permite a longevidade, a qualidade de vida e viabiliza a gestação em profusão de novos seres humanos não traz à luz a inteligência, que continua reduzida. Este aspecto da natureza humana torna-se mais evidente em decorrência do fato de que existem mais humanos povovando o planeta, algo hoje em torno de 7 bilhões. Ou seja, existem muito mais imbecis! Eles se tornaram a maioria absoluta!
O resultado disso é que as iniqüidades passaram a ser a regra. Assiste-se a um esforço gigangtesco para impor a imbecilidade e a estupidez como o únicos parâmetros a nortear a organização social. E a justificativa não pode ser mais cretina, pois se baseia num conceito completamente idiota que atende pelo designativo de 'inclusão'. E os principais difusores dessa torrente de estupidez são os veículos de comunicação onde predomina em 99% o jornalismo politicamente correto. É possível intuir então que a humanidade provavelmente já iniciou o caminho de volta às cavernas. E o fará com os pés e as mãos no chão.
Na atualidade brasileira sobram muito poucos jornalistas da grande imprensa que têm cérebro. Dentre eles estão o Reinaldo Azevedo, o Augusto Nunes e mais meia dúzia de bravos resistentes. Rendo minha homenagem ao Civita, dono de uma das maiores empresas genuinamente brasileira, que é o Grupo Abril que edita a revista Veja e mais um montão de títulos, por não se entregar ao politicamente correto e permitir que a inteligência ainda tenha lugar na imprensa brasileira.
A propósito, Reinaldo Azevedo postou nesta tarde no seu blog um artigo muito especial cujo título condensa o pensamento dessa maioria de asnos travestidos de jornalistas: "Abaixo a Democracia!" Transcrevo porque está mais do que perfeito. Bravo Reinaldo! Leiam:
A imprensa “liberal” americana, que quer dizer “de esquerda” (a possível) nos EUA, e amplos setores da imprensa brasileira estão com o saco cheio da democracia. A síntese poderia ser mais ou menos esta: “Se é para todo mundo ter direito a uma opinião e se os progressistas [é o que pensam de si mesmos] não puderem impor a sua agenda, então democracia pra quê? Esse sistema é bom quando a gente ganha e quando a nossa vontade triunfa. A democracia que dá a vitória aos nossos adversários é o princípio do apocalipse”.
Não vivemos dias muito fáceis, não, embora nunca tenha sido tão fácil viver se nos dedicarmos a uma mirada, digamos assim, histórica. Sim, existe muita pobreza no mundo (desde que o mundo é mundo), mas nunca, por exemplo, a tecnologia de ponta chegou com tanta rapidez ao povo. Tanto é assim que os reacionários de esquerda estão preocupadíssimos com o interesse das massas pela sociedade de consumo. Bons eram aqueles tempos em que os trabalhadores pediam “liberdade” em vez de iPad. O marxismo lírico-pegador de Arnaldo Jabor parecia fazer mais sentido… Afinal, pensam, “se o nosso objetivo não for nos libertar deles [os conservadores], vamos lutar por qual causa?”
Incrível! Deploram a democracia, mas voltam o dedo acusador contra os adversários. Os atentados praticados por Anders Behring Breivik, o delinqüente norueguês, soltou a besta antidemocrática que estava mais ou menos aprisionada no coração das esquerdas, mesmo as mais moderadas — até aquelas que se fingiam de tolerantes multiculturalistas no New York Times. Então vamos ver.
Não há editorialista politicamente correto, islamicamente correto, multiculturalisticamente correto que já não tenha escrito o seu texto deplorando os atentados terroristas praticados por extremistas islâmicos como uma contrafação do islamismo, o verdadeiro, o essencial, que seria pacífico, tolerante, ecumênico, inclusivo, até mesmo, creiam, democrático. Tomadas em seus fundamentos, todas as crenças têm seu rol de prescrições — e, pois, de limitações. A violência não é estranha ao Velho Testamento, ao Novo ou ao Corão. Digamos que o cristianismo tenha descoberto o caminho da democracia de massas, etapa ainda não alcançada pelo Islã. Se vai conseguir chegar lá, não sei. De todo modo, chamo a atenção para o fato de que, contra as evidências, a experiência e a realidade empírica, afirma-se a existência de um islamismo libertário como contraposição ao delírio terrorista. Este não é visto como uma exacerbação dos fundamentos daquele, mas como o seu oposto.
Pois bem. Alguém notou algum esforço dessa imprensa “correta” para distinguir um vagabundo como Anders Behring Breivik dos cristãos ou, se quiserem ainda, do “fundamentalismo cristão”? Não! De súbito, vejam que formidável!, os supostos extremistas da cruz passaram a ser vistos como uma ameaça. Além deles, claro!, a perigosa “direita” estaria na raiz de tudo o que ameaça o bem-estar da humanidade. Jabor, para ficar na expressão caricata desse pensamento, depois de nos contar pela enésima vez que ele abatia menininhas em Ipanema, afirma em sua coluna de hoje que “os homens-bomba nasceram aos milhares, paridos pelos criminosos Bush e Dick Cheney…” Entenderam? Não fossem os republicanos, a direita, os fundamentalistas cristãos, não haveria terrorismo islâmico. É um juízo boçal, que joga a história no lixo. E daí? Um ficcionista não precisa ser fiel à realidade.
Embora boa parte do mundo seja hoje composta de teocracias islâmicas — não há uma única cristã — e o terrorismo seja financiado por estados constituídos, o mundo parece à beira do apocalipse por causa, pasmem!, da “islamofobia” dos “fundamentalistas cristãos”!!! Osama Bin Laden ou até mesmo o Hamas podem ser tomados, então, como contrafação do “verdadeiro islamismo”, mas Breivik não! Ele seria a expressão verdadeira, sem hipocrisia, da “ultradireita” e do “fundamentalismo cristão”. Não custa notar: o que chamam “ultradireita” são partidos legais, que disputam eleições e que não recorrem à luta armada como método de tomada de poder. O New York Times foi longe: num texto sobre a intolerância, chegou a botar Nicolas Sarkozy e Angela Merkel no saco de gatos dos… intolerantes porque direitistas e adversários do “multiculturalismo”.
Faz sentido! O New York Times (vamos ver se consigo escrever a respeito ainda hoje) descobriu que o que impede o Barack Obama presidente de fazer o que o Barack Obama candidato prometeu são os… republicanos! Essa gente tem a ousadia de se opor ao presidente e pode, ameaça o jornal, conduzir os EUA para o caos. Isso quer dizer que o país chegou ao ponto em que a democracia pode destruir a América. Sendo assim, das duas uma: ou se acaba com a democracia ou se acaba com os republicanos. Pensando bem, as duas coisas querem dizer uma só.
Huuummm… Democracia nunca foi mesmo uma questão programática para as esquerdas, não é mesmo? Talvez elas estejam ficando menos hipócritas.
Um comentário:
Eh...!!! São os Bildebergs
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