Quem acompanha este blog deve ter notado que em inúmeros posts me referi - intuitivamente, é claro - sobre a provável influência genética no que se refere à inteligência. Agora um estudo apurado sobre esse assunto vem a público. Sempre parto do princípio que o fato de que alguns pontos do planeta sejam dominados pelo atraso tem a ver com a influência de determinadas variáveis ao longo da evolução da espécie. Pelo viés darwiniano essa evolução continua ocorrendo e variáveis diversas e incalculáveis continuam atuando. O que parece é que ao longo desse processo aquelas variáveis que concorrem para dotar os cérebros humanos de inteligência são infinitamente menores e rarefeitas e em determinadas áreas do planeta, por algumas razões que a ciência haverá de explicar no futuro, sequer existem. Pelo comportamento e as idéias professadas pela maioria dos humanos, principalmente a partir do final do século passado, as perspectivas não são animadoras, a menos que a ciência encontre os mecanismos capazes de deter a supremacia da estupidez.
Mas o estudo agora divulgado não deixa de ser muito interessante. A natureza - costumo afirmar - é pródiga na produção da estupidez e extremamente parcimoniosa na geração da genialidade. Não fosse assim, a cada ano pelo menos nasceria um gênio. Suponho que a minha intuição tenha uma ponta de consistência lógica. Leiam o que dizem os experts:
Um estudo realizado por pesquisadores do Reino Unido e Austrália credita de 40% a 50% da inteligência – tomada pelo grau de conhecimento aliado à capacidade de resolver problemas – à herança genética.
Pesquisas anteriores com gêmeos e filhos adotivos já haviam apontado que a capacidade de raciocinar, planejar, abstrair e resolver problemas tem uma importante contribuição genética, além das influências do ambiente. O novo estudo é o primeiro a apontar diretamente estas evidências biológicas.
Desenvolvida por cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, Instituto de Pesquisa Médica Queensland, na Austrália, e Universidade de Manchester, Inglaterra, a pesquisa será publicada no periódico científico especializado Molecular Psychiatry.
"Sabíamos que a inteligência é altamente familiar, mas até onde a genética e o ambiente contribuem para isso é algo que tem sido debatido há muito tempo", diz Peter Visscher, responsável pela equipe australiana que se debruçou sobre a análise genética de mais de 3.500 participantes da Inglaterra e Escócia. Adultos da Noruega foram utilizados como grupo controle, para evitar desvios regionais nos resultados.
Os pesquisadores analisaram dois tipos de inteligência: a que está relacionada aos conhecimentos gerais e a capacidade de formular conceitos abstratos. Os resultados mostram que entre 40% e 50% da diferença nestas habilidades poderia ser atribuída aos genes.
Muitos genes - "O estudo confirma as conclusões anteriores obtidas com pesquisas realizadas com gêmeos", ressalta Neil Pendleton, autor do artigo sobre o trabalho. "Nosso trabalho demonstra que o número de genes envolvidos com a inteligência é grande, como ocorre em outros traços humanos, tal qual a altura de uma pessoa."
"Mostramos que os diferentes níveis de inteligência em cada um são o efeito cumulativo de muitas pequenas mudanças em pequenos pedaços de DNA ao longo de todo o genoma", explicou Visscher. "O impacto de mudanças individuais é tão leve que não foram detectadas em estudos genéticos mais simples feitos anteriormente". Em outras palavras: é o conjunto de pequenas variações genéticas e sua dinâmica que determinam as habilidades, e não genes individuais. Os pesquisadores acreditam que os resultados do estudo podem ajudar na compreensão da relação existente entre a capacidade mental e desempenho social, como renda, saúde e longevidade. Do site da revista Veja
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2 comentários:
Não disse nada. Meio a meio.
Tambosi,
mas já é um começo.
abs
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