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segunda-feira, setembro 12, 2011

PREFEITO DE RIO DO SUL PERDEU TUDO QUE TINHA DENTRO DA PRÓPRIA CASA NA ENCHENTE E SE IMPÔS UM DESAFIO: RECUPERAR A CIDADE EM 30 DIAS!

Milton Hobus perdeu a própria casa e uma fábrica
O prefeito de Rio do Sul, Milton Hobus (DEM), se impôs uma meta: reconstruir a cidade em 30 dias. Aos 53 anos, ele vive o maior desafio de sua vida, refazer a cidade desolada por uma enchente que deixou 70% do território embaixo d'água. Hobus nasceu em Rio do Sul, vivenciou as enchentes de 1983 e 1984, quando a casa dele foi tomada pela água. Agora, novamente. Perdeu tudo que tinha em casa, além de uma de suas fábricas. A família ficou ilhada no apartamento da filha, no Centro. Ele passou os últimos dias ajudando a comunidade e tomando decisões, como a que determinou o toque de recolher, para evitar saques ao comércio e manter a ordem na cidade.

Jornal de Santa Catarina - Qual a situação atual em Rio do Sul? 
A água subiu muito rápido, mas está descendo devagar. Este é um momento muito difícil porque a água vai baixando e o cenário da cidade é de guerra. A maioria da população foi atingida, há inúmeros relatos de pessoas que saíram com a roupa do corpo. Mesmo as pessoas que não sofreram alagamento, pois estavam em pontos mais altos, ficaram sem alimentos e água, à medida em que foram recebendo os desabrigados. O rio deixou lodo e entulho justamente na área central, onde se encontram os dois rios. Além disso, a maioria dos comerciantes não tirou nada de dentro das lojas. Muitas pessoas não acreditavam que o Rio Itajaí-Açu iria ultrapassar os 10 metros. Desde 1983 e 1984, não tínhamos mais tido enchentes nestes níveis.

O senhor vivenciou duas enchentes na década de 1980. Imaginava que isso aconteceria novamente? 
Rio do Sul passou pela enchente de 2008 sem transtorno, porque fizemos investimentos em macrodrenagem, mas desta vez o problema foi a água do rio. Não temos muito o que melhorar na cidade, são necessárias obras de caráter estadual, que é o aumento da capacidade das barragens, principalmente de Ituporanga. Vamos pedir também o desassoreamento dos rios. Eu já tinha presenciado enchentes, minha casa foi tomada por água na década de 1980 e agora novamente. Perdi a casa e uma parte da fábrica, mas não vou pensar nisso agora.

E como será a reconstrução?
Precisamos passar por estes primeiros momentos críticos, que são de dar alimento a quem ficou isolado. Os saques tem a ver com o desespero, e o toque de recolher vai proteger a própria comunidade, evitando abusos. Foi uma boa atitude para manter a ordem.
O senhor ficou muito abalado com a enchente, não é?
Não é fácil (silêncio). Rio do Sul vive um momento muito especial, se afirmou como cidade polo regional, temos um desenvolvimento econômico alto, por isso vivíamos um momento de autoestima. Agora estamos vivendo um momento de guerra, com caminhões para todos os lados para carregar o entulho, tirar o lixo, tirar a lama, lavar a rua, para que possamos o mais rápido voltar à normalidade. Eu fiz um desafio, em 30 dias as marcas da tragédias serão mínimas na cidade. Quem vier a Rio do Sul e não souber que houve enchente, não vai perceber. Todas as pessoas estão ajudando, estão trabalhando com essa vontade de reconstruir. Claro que não vou conseguir refazer as pontes que o rio levou, ruas inteiras que cederam, mas vamos ordenar e plantar as flores para mostrar a cidade bonita que Rio do Sul é. Do portal da RBS/Diário Catarinense

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2 comentários:

Anônimo disse...

ALUIZIO.
QUAL A SOLUÇÃO PARA AS ENCHENTES DE RIO DO SUL E BLUMENAU, NINGUÉM APRESENTA UM PLANO PARA DEBELAR ESTA CALAMINADE DESTE POVO.

UMA ENCHENTE NÃO RECORDO O ANO 1980 OU 1983, ATÉ O BANCO DO BRASIL FICOU DEMBAIXO D'ÁGUA

BACARIA

gutenberg j disse...

De modo geral, faltou é planejamento quando alguém deixou uma cidade crescer tanto em terrenos tão alagadiços.
Beira de rio é muito bom, quando não há enchentes.
Como canalizar um rio que subiu dez metros?
Seria mais fácil erguer o piso da cidade...