Uma explosão em um restaurante do Centro do Rio de Janeiro matou três pessoas e provocou muita destruição. Seis feridos continuam internados. Três deles em estado grave.
Praça Tiradentes, Centro do Rio, às 7h21. A câmera de trânsito da prefeitura registra o momento exato da explosão. Analisando as imagens, dá para ver quatro pessoas na frente do prédio antes de tudo ir pelos ares. Um homem de branco encostado na parede, outros que falam com ele e um pedestre que passava na calçada. Todos são atingidos violentamente.
Minutos depois, o Globocop gravou as primeiras imagens da região. Uma fumaça enorme cobriu os prédios. Havia escombros por toda parte e vítimas já recebendo socorro. A praça parecia ter sido bombardeada. Era um cenário de devastação. A explosão destruiu o subsolo, o térreo e atingiu salas em praticamente todos os andares. As vítimas foram arremessadas a cerca de 50 metros. Quem viu se desesperou.
“Pessoas foram arremessadas. Um cara bateu na árvore e voltou. A pressão jogou muita gente para a altura”, relata a testemunha Ivaneide Maria Machado.
“Parecia filme. Esses filmes que explodem. Parecia terrorismo mesmo”, compara a testemunha José de Castro.
Anderson Almeida estava no quarto andar do prédio na hora da explosão. “Na hora que saí do elevador, pensei que o prédio todo fosse cair. Onde eu estava afundou do quarto andar para baixo do térreo. Eu engoli bastante areia, cheiro de gás”, conta.
Até quem estava na praça, do outro lado da rua, se feriu. “Eu tive que correr e me atirar. Eu fui para cima uns dois metros. Eu caí no chão, dei sorte”, conta uma vítima.
“Fui atingido na testa, caí no chão”, acrescenta outra.
A equipe de reportagem teve acesso a um edifico bem ao lado do prédio. De lá era possível ver o estrago que a explosão provocou também na parte dos fundos. De tão forte, havia partes de lajes inteiras no chão, ferro retorcido e rachaduras na garagem do hotel que fica atrás.
Vários hóspedes deixaram o hotel assustados. “Achamos que fosse dentro do hotel, aquela correria toda, aí pediram para a gente sair do hotel. Depois a gente viu os corpos”, diz Claudemir Adriano.
O abalo foi sentido em quase todo o quarteirão. “Escutei a explosão, todo mundo saiu correndo”, lembra uma mulher. “Foi horrível, estremeceu o prédio”, descreve outra.
A principal hipótese para a explosão é o vazamento de gás no restaurante que ficava no térreo do prédio. Michelle estava no grupo de funcionários que chegou a entrar no restaurante. “Tinha muito cheiro de gás”, diz.
Nervosa, ela ligou para o chefe e contou que o cozinheiro não conseguiu escapar da explosão. “Eu entrei com Seu Antônio e saí. Ele voltou”, lamentou Michelle.
Ao saber da morte do cozinheiro Severino Antonio, a mulher dele se desesperou. Outro funcionário do restaurante, identificado como Josimar, e Matheus Maia de Andrade, de 19 anos, também morreram no local. O rapaz era funcionário de um banco e estava a caminho do trabalho. Dezessete pessoas ficaram feridas.
As causas da explosão ainda vão ser determinadas por uma perícia, mas, segundo os Bombeiros, ela pode ter sido tão intensa por causa da quantidade de gás dentro do prédio. Como nesta quarta-feira foi feriado e as lojas ficaram fechadas, pode ter havido vazamento sem que ninguém percebesse. Do portal do JN/Rede GloboCLIQUE E SIGA ---> BLOG DO ALUZIO AMORIM NO TWITTER
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