Chávez aparece mais, porém continua visivelmente inchado. |
O cabelo começa a brotar de sua careca e, ainda que continue visivelmente inchado, o caudilho Hugo Chávez agora mostra mais energia e passa mais tempo em atos públicos na tentativa de dar credibilidade a suas palabras de que já não tem câncer. É uma mensagem constantemente reiterada pelo tiranete, que com seu slogan "Viver Vivendo" trata de desmentir as insistentes versões de que a enfermidade se encontra numa etapa avançada e garantir que está em condições físicas, não só de derrotar a oposição nas eleições presidenciais de outubro, mas de governar a Venezuela por mais duas décadas, segundo reportagem do jornal El Nuevo Herald.
As dúvidas persistem sobre a longevidade da chamada "revolução bolivariana" num momento em que aparecem sinais de que o descontentamento da população está aumentando, que a oposição começa a aprender com seus erros do passado e que Washington está perdendo a paciência frente às estranhas articulações entre Caracas e Teerã e os vínculos entre os generais de Chávez e o narcotráfico. E no meio de tudo isso está a enfermidade, que segue jogando contra o projeto de reeleição de Chávez, ainda quando o caudilho reitera insistentemente que já não há uma só célula cancerígena em seu corpo.
"Ainda quando não há certeza sobre o desenlace final da enfermidade, não é o mesmo um candidato presidencial em forma, na pleniturde de suas condições físicas", sustenta o analista político John Magdaleno. "A campanha deste ano será uma campanha muito exigente, muito desgastante e teria que ver o tipo de campanha que pode realizar o presidente".
No momento, são muitos os que monitoram discretamente as aparições públicas de Chávez em meio às incessantes especulações sobre sua saúde e as informações filtradas desde altas esferas do governo que assinalam que o estado médico do caudilho é muito pior do que deja entrever.
O próprio Chávez teve que sair desmentindo no ano passado as declarações do reconhecido médico Salvador Navarrete, o qual disse ser médico da família presidencial, e declarou a uma revista mexicana que Chávez tem um câncer avançado e muito agressivo e que sua expectativa de vida podia ser de até dois anos.
Roger Noriega, o ex-subsecretário de Assuntos Hemisféricos do Departamento de Estado americano, crê que as expectativas de vida do mandatário são inclusive menores. "Segundo fonte que me tem proporcionado informação privilegiada e documentos desde dentro do regime venezuelano, o câncer de Chávez propaga-se muito mais rápido do que se previa e poderia causar-lhe a morte antes das eleições presidenciais de outubro", assegurou recentemente o diplomata e também ex-embaixador americano ante à Organização dos Estados Americanos (OEA).
"Chávez quer que seu povo acredite que se curou há meses e que as recentes visitas a Cuba têm confirmado sua recuperação milagrosa. Entretanto, sua deterioração física se acelera mais rápido do que seus médicos haviam previsto e, apesar desta grave situação, Chávez tem insistido em receber doses baixas de quimioterapia para evitar longas ausências da cena política durante este frágil perído", acrescentou Noriega.Roger Noriega, o ex-subsecretário de Assuntos Hemisféricos do Departamento de Estado americano, crê que as expectativas de vida do mandatário são inclusive menores. "Segundo fonte que me tem proporcionado informação privilegiada e documentos desde dentro do regime venezuelano, o câncer de Chávez propaga-se muito mais rápido do que se previa e poderia causar-lhe a morte antes das eleições presidenciais de outubro", assegurou recentemente o diplomata e também ex-embaixador americano ante à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Os esforços do caudilho em aumentar suas aparições públicas se produzem num momento em que aumenta o descontentamento dos venezuelanos ante o aprofundamento dos problemas do país. É um descontentamento que em teoria poderia favorecer os candidatos da oposição, quando pesquisas assinalam que os oposicionistas começam a posicionar-se favoravelmente aos olhos do eleitorado.
Segundo uma sondagem da oposição se as eleições tivessem ocorrido em dezembro de 2011, Chávez seria derrotado por três dos seis oposicionistas e um quarto candidato opositor teria empatado com ele. A pesquisa também mostrou significativa deterioração da confiança dos venezuelanos em que um Chávez doente possa solucionar os problemas do país. Leia MAIS - en español
3 comentários:
O poder pode comprar ""quase"" tudo (até tramento especializado a que o povo não tem acesso). Mas só vai até o ""quase"".
Q esse verme morra,mas depois de perder e ser desmoralizado nas urnas!
Esses ditadorezinhos latino-americanos adoram aparecer com o peito estufado de medalhas, faixas e outras idiotices próprias para uso durante o carnaval.
Aqui no Brasil não é diferente, basta ir procurar fotos de antigos ditadores que veremos uma penduricalha de ferro velho inútil pendurado no peito para mostrar a pseudo-bravura e o pseudo-heroismo.
Postar um comentário