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segunda-feira, janeiro 09, 2012

A LÚGUBRE TINTURA PARDA DO FASCISMO QUE SE DERRAMA SOBRE O BRASIL OBSCURECE A DEMOCRACIA E A LIBERDADE

Muito bom o artigo do historiador Marco Antonio Villa na Folha de S. Paulo desta segunda-feira, intitulado "Mistério da Verdade", quando analisa o quadro político nacional que mostra uma oposição frouxa a ponto de conferir o poder total ao governo do PT, o que confere a esse quadro a tintura parda do fascismo. A constatação é que o Brasil vive, na verdade, o exercício da política sem política, algo que pode ferir de morte a democracia e a liberdade. Leiam:
Estamos vivendo um tempo no qual os donos do poder exigem obediência absoluta.
No Congresso, a oposição representa apenas 17,5% das cadeiras. O governo tem uma maioria digna da Arena. Em 1970, no auge do regime militar, o MDB, partido de oposição, chegou a examinar a proposta de autoextinção. Quatro anos depois, o mesmo MDB venceu a eleição para o Senado em 16 dos 22 Estados existentes (no Maranhão, o MDB nem lançou candidato).
Ou seja, a esmagadora maioria de hoje pode não ser a de amanhã. Mas, para que isso aconteça, é necessário fazer algo básico, conhecido desde a antiga Grécia: política.
É nesse terreno que travo o meu combate. Sei que as condições são adversas, mas isso não significa que eu tenha de aceitar o rolo compressor do poder. Não significa também que eu vá, pior ainda, ficar emparedado pelos adversários que agem como verdadeiros policiais do Ministério da Verdade.
Faço essas ressalvas não para responder aos dois comentários agressivos, gratuitos e sem sentido do jornalista Janio de Freitas, publicados nesta Folha nos textos "Nada mais que o Impossível" (1º de janeiro) e "Meia Novidade" (3 de janeiro). Não tenho qualquer divergência ou convergência com o jornalista. Daí a minha estranheza pelos ataques perpetrados sem nenhuma razão (aparente, ao menos).
A minha questão é com a forma como o governo federal montou uma política de poder para asfixiar os opositores. Ela é muito mais eficiente que as suas homólogas na Venezuela, no Equador ou, agora, na Argentina.
Primeiro, o governo organizou um bloco que vai da direita mais conservadora aos apoiadores do MST. Dessa forma, aprova tudo o que quiser, com um custo político baixo. Garantindo uma maioria avassaladora no Congresso, teve as mãos livres para, no campo da economia, distribuir benesses ao grande capital e concessões aos setores corporativos. Calou também os movimentos sociais e sindicatos com generosas dotações orçamentárias, sem qualquer controle público.
Mas tudo isso não basta. É necessário controlar a imprensa, único espaço onde o governo ainda encontra alguma forma de discordância. No primeiro governo Lula, especialmente em 2005, com a crise do mensalão, a imprensa teve um importante papel ao revelar as falcatruas -e foram muitas.
No Brasil, os meios de comunicação têm uma importância muito maior do que em outras democracias ocidentais. Isso porque a nossa sociedade civil é extremamente frágil. A imprensa acaba assumindo um papel de enorme relevância.
Calar essa voz é fechar o único meio que a sociedade encontra para manifestar a sua insatisfação, mesmo que ela seja inorgânica, com os poderosos.
Já em 2006, quando constatou que poderia vencer a eleição, Lula passou a atacar a imprensa. E ganhou aliados rapidamente. Eram desde os jornalistas fracassados até os políticos corruptos -que apoiavam o governo e odiavam a imprensa, que tinha denunciado suas ações "pouco republicanas".
Esse bloco deseja o poder absoluto. Daí a tentativa de eliminar os adversários, de triturar reputações, de ameaçar os opositores com a máquina estatal.
É um processo com tinturas fascistas, que deixaria ruborizado Benito Mussolini, graças à eficiência repressiva, sem que se necessite de esquadrões para atacar sedes de partidos ou sindicatos. Nem é preciso impor uma ditadura: o sufrágio universal (sem política) deverá permitir a reprodução, por muitos anos, dessa forma de domínio.
Os eventuais conflitos políticos são banais. Por temer o enfrentamento, a oposição no Brasil tenderá a ficar ainda mais reduzida e restrita às questões municipais e, no máximo, estaduais.

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6 comentários:

Atha disse...

Aluizio,

Entenda o por que de, em vez de divergir, procuram se unir, pois, segundo já é sabido há muito, "a União faz a Força" e "povo unido jamais será vencido". Porém, o pior vai acontecer, o Mundo vai acabar em 2012 e Fidel Castro, o Chefe dos combanheros diz que o mundo caminha para o Abismo no Juizo final. Não se esqueça, Ahmadijad já se reuni com Chavez pedindo união dos anti-americanos e inimigos de Israel.

Fidel Castro alerta sobre guerras e mudança climática. Ex-líder cubano retoma artigos alertando para a 'marcha em direção ao abismo' em que estamos.

O ex-presidente de Cuba Fidel Castro retomou suas "Reflexões" após quase dois meses de silêncio com um texto que alerta sobre as ameaças de guerra nuclear e os efeitos nocivos da mudança climática para a humanidade.

O texto, publicado na quinta-feira, 5, pelo site oficial cubadebate, tem o título de "A marcha em direção ao abismo" e é divulgado após rumores de uma suposta piora do estado de saúde do líder cubano. O ex-mandatário de 85 anos, que se afastou do poder em 2006 devido a uma grave doença e o delegou a seu irmão Raúl Castro, não publicava seus textos desde 13 de novembro.

Desta vez, Fidel alerta a espécie humana caminha para seu fim e se refere à ideia de um juízo final, mas ressalta o "dever elementar de lutar para adiar e, talvez impedir, esse dramático e próximo acontecimento no mundo atual". "Diversos perigos nos ameaçam, mas dois deles, a guerra nuclear e a mudança climática, são decisivos e ambos estão cada vez mais longe de aproximar-se de uma solução", avalia.

Sobre as ameaças bélicas, assinala que "os riscos da explosão de uma guerra com uso de armas nucleares aumentam à medida que a tensão cresce no Oriente Médio, onde nas mãos do Governo de Israel se acumulam centenas de armas nucleares em plena disposição combativa".

Fidel critica também "o palavreado demagógico, as declarações e os discursos da tirania imposta ao mundo" pelos Estados Unidos e seus aliados e a "débil posição" de Washington no "delicado assunto" do escudo nuclear europeu.

O líder cubano censura ainda a postura dos EUA diante dos acordos estabelecidos sob o Protocolo de Kyoto, seu papel no "esbanjamento" dos recursos energéticos e como "promotor" de guerras, e adverte que o planeta "marcha hoje sem política" quanto aos problemas climáticos.

No entanto, Fidel afirma que o verdadeiro assunto que motivou seu novo artigo foi seu conhecimento da existência do "gás de xisto", e menciona dados sobre as reservas mundiais e a exploração desse recurso. O líder cubano avalia que são informações que "nenhum quadro político ou pessoa sensata devem ignorar" e detalha dados de estudos sobre os efeitos ambientais que pode provocar a exploração desse combustível.

Do Estadão.

Anônimo disse...

Não, infelizmente a oposição não ficará restrita ao nível estadual e municipal. Muito pelo contrário: a Prefeitura e o Estado de São Paulo é o último e maior butim que falta para os comunistas cravarem seus caninos...

Anônimo disse...

Não é por nada mas voce pode tirar a foto do exu, do teu site???Já deu enjôo!!!!

obrigado


Álvaro/Curitiba

Aluizio Amorim disse...

Enquete permanece até hoje à noite do para que os visitantes do blog possa conhecer o resultado.
Fico grato pela sua atenção.

Sergio disse...

Aluízio, boa noite. não sou muito de comentar, mas realmente o que se nota é a dominação quase que total do partido que se intitula dos trabalhadores. é nojento .

Atha disse...

Sergio,

"O partido que se intitula dos trabalhadores". Note que tem os que se aprezentam como os Broletários Proletários de Brole Prole que haviam se proliferado e o Battisti é um desses que faziam guerra com o mesmo Bim Fim que agora dizem o Fim do Mundo em 21/12/2012.

Porém, os Trabadores ditos Trabalhadores, são os travadores, entrebadores em entrgadores e entrevadore trovadores que hoje dizem ser a Trave e Travelers. Ficou tudo Travado entrevado e entregue ás Baratas a caminho do Abismo que Fidel Castro descobriu e disse em reflexion.