EDUARDO CAMPOS, LULA E O MENSALÃO.

Amigo meu e que me honra com a leitura deste blog ligou para mim nesta quarta-feira especialmente para falar sobre o julgamento do mensalão. Queria saber a minha opinião, além de tudo o que publico e analiso diariamente aqui neste espaço, ou seja, se realmente os envolvidos no maior escândalo da República serão punidos.

Disse-lhe que mais não sabia do que aquilo que é veiculado na grande imprensa. Ao mesmo tempo adverti que, em sua maioria, os veículos da grande mídia têm de ser lidos com cuidado. Deve-se separar criteriosamente o que são fatos e o que são notas plantadas. Deve-se, ainda, ser criterioso para saber separar os verdadeiros jornalistas daqueles que são penas alugadas do PT e seus sequazes.

Pois bem. Agora no início desta fria madrugada resolvi abordar o mensalão a partir de um post escrito pelo jornalista Reinado Azevedo e que vai diretamente ao ponto, dando a medida exata da encrenca. Creio que interessará aos leitores e especialmente ao amigo que me telefonou sequioso por informações a respeito do rumoroso julgamento.

É  que Reinaldo analisa a coisa a partir de uma ação de Lula que, espertamente, colocou no Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, filha do conhecido comunista nordestino Miguel Arraes. 

Agora tomem nota: Ana Arraes é a mãe do atual governador do Pernambuco, Eduardo Campos do PSB, partido integrante do Foro de São Paulo, a organização esquerdista fundada por Lula e seus sequazes no início dos anos 90 para implantar o socialismo em todo o continente latino-americano.

Por sua vez Eduardo Campos é uma versão nordestina de Gilberto Kassab. É um sujeito que tenta aparentar que não é de esquerda, nem de direita, nem de nada. Está mais para uma metamorfose ambulante e por isso é tão próximo de Lula... A única coisa que tem em mira é ser presidente da República, vejam só!

E, pelo que fica evidente pela análise do jornalista Reinaldo Azevedo, a mãe de Eduardo Campos estaria, pelas suas decisões em processos em julgamento no TCU, proferindo pareceres que se tornam um verdadeiro maná para os advogados que defendem os mensaleiros.

E alguém perguntaria: e o Lula? Cadê o Lula?  Ao que eu respondo: ninguém sabe, ninguém viu... a não ser alguns blogueiros da esgotosfera. Um de seus últimos atos foi articular com Eduardo Campos, conforme a ilustração cima, com as tintas devidamente carregadas...

Agora imaginem um tipo como Eduardo Campos presidente da República? O Brasil, como já cansei de afirmar aqui, é um país inviável ou, no mínimo, a sede do lixo ocidental, um esgotão a céu aberto.

Transcrevo o post do Reinaldo Azevedo e vocês verão a triste realidade dos fatos.  Oxalá o grupo dos onze faça jus à toga. Leiam:

"Leiam o que informa Lauro Jardim, na página “Radar”, na VEJA Online. Volto em seguida:

O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, esteve hoje no STF e inseriu no processo do mensalão a decisão do TCU sobre a legalidade dos contratos da DNA publicidade com o Banco do Brasil.

Numa petição protocolada na Corte ele anexou quatro acórdãos do TCU que tratam da apropriação do chamado “bônus de volume” por parte das agências de publicidade.

Para Leonardo, a decisão do TCU, que atestou legalidade à apropriação do bônus com base numa lei de 2010 contribui para a defesa e deve ser analisada pelos ministros do STF durante o julgamento do mensalão.

Voltei
Era evidente que isso iria acontecer. No dia 20 de julho, escrevi aqui um post intitulado “VERGONHA E IMPUNIDADE – Ana Arraes, mãe do governador Eduardo Campos, dá a sua grande contribuição à impunidade dos mensaleiros; TCU se desmoraliza! É um escracho! Vejam o que o atual ministro da Justiça tem a ver com isso”. Escrevi então:

De uma coisa essa gente não pode ser acusada: de falta de método. Ao contrário: a determinação com que se organiza para transformar o Brasil num curral é impressionante. Que prova de talento! Sabem quem foi o autor da lei que abriu a brecha para Ana Arraes dar o seu “parecer”?  José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça. Sabem quem a sancionou? Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010.

O que é a tal “bonificação por volume”? São descontos oferecidos pelos veículos de comunicação às agências para a veiculação de anúncios. Pela lei anterior, eles deveriam ser repassados às estatais . O TCU constatou que a agência de Marcos Valério — o empresário era a fonte dos recursos do mensalão — não fazia o repasse. O prejuízo aos cofres públicos só nessa operação, segundo o TCU, foi de R$ 106,2 milhões. Pois bem, a “lei” inventada por Cardozo mudava a regra: as agências poderiam ficar com o dinheiro do desconto e pronto! Pior: a lei passaria a valer também para contratos já encerrados. Entenderam? José Eduardo assinou um projeto, sancionado de bom grado por Lula, que, na prática, tornava legal a ilegalidade praticada por Valério.

José Eduardo Cardozo é magnânimo. Uma lei não pode retroagir para punir ninguém. Mas pode retroagir para beneficiar. E ele fez uma que beneficia Marcos Valério. É por isso que é considerado uma das reservas morais do petismo, ora essa! Dilma o chamava, carinhosamente, de um dos seus “Três Porquinhos”. Os outros dois eram Antonio Palocci, que deixou o governo, e José Eduardo Dutra, que está pendurado numa diretoria da Petrobras.

Qual é o busílis?
O desenho era óbvio, não? Marcos Valério pegava a dinheirama das estatais e depois fazia “empréstimos” para o PT. Uma das estatais era justamente o Banco do Brasil. Agora Ana Arraes, com endosso de outros ministros, diz que tudo foi regular, entenderam? Quer-se, assim, reforçar a tese de que o dinheiro do mensalão não era público. É evidente que os advogados dos mensaleiros tentarão usar isso a favor dos seus clientes. Eles não tinham uma notícia tão boa desde que o processo começou.

Ana Arraes demonstra que não foi nomeada por acaso e que Lula sabia bem o que estava fazendo quando entrou com tudo na sua campanha. Só para registro: Aécio Neves também foi um entusiasmado cabo eleitoral da ministra. Campos é apontado por muitos como uma espécie de novidade e de renovação da política. É mesmo? Eis um episódio a demonstrar que ele é jovem, mas não novo!

Nada mais antigo do que o que se viu no TCU.  Manobras dessa qualidade fariam corar a República Velha. A 15 dias do início do julgamento do mensalão, uma das operações mais descaradas de desvio de recursos públicos para os mensaleiros recebeu a chance de “nada consta” do TCU. É a nossa elite política “progressista”! Caberá ao STF dizer se existe pecado do lado de baixo do Equador! Se decidir que não há, não vai adiantar Deus ter piedade dos brasileiros".