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quarta-feira, abril 02, 2014

MARIA CORINA MACHADO, LÍDER OPOSICIONISTA VENEZUELA, RECEBE A SAUDAÇÃO DO SENADOR AÉCIO NEVES, DETONA A DITADURA DO TIRANETE NICOLÁS MADURO E FUSTIGA DILMA PELA FRIA INDIFERENÇA À CRISE QUE VIVEM OS VENEZUELANOS.

A deputada venezuelana Maria Corina Machado é saudada pelo líder oposicionista brasileiro e candidato à Presidência da República, Senador Aécio Neves, em foto do site da Folha de S. Paulo. Abaixo, o momento em que Maria Corina fala em audiência pública no Senado brasileiro, em foto do site de Veja. Informam ao blog de Brasília, que a líder oposicionista venezuelana fez, como sempre, uma brilhante e contundente palestra.
A deputada María Corina Machado, uma das líderes da oposição na Venezuela, visitou Brasília nesta quarta-feira e reclamou da indiferença do governo brasileiro diante da repressão aos manifestantes que desde fevereiro vão às ruas contra o presidente Nicolás Maduro. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, relatou as agressões que sofreu, ouviu manifestantes gritarem contra sua presença no Parlamento e pediu um voto de confiança ao povo venezuelano. Para ela, o país "despertou" e sua transformação é algo "irreversível".
“Tenham confiança no povo da Venezuela. Essa é a lição dos últimos dois meses. Muitos diziam que a Venezuela estava resignada, paralisada. Mas um chamado à consciência e aos corações por parte dos estudantes despertou o país e esse é um processo irreversível que vai transformá-lo”, disse a opositora. 
María Corina denunciou a repressão de um “regime sem escrúpulos” em seu país, dizendo que “quando a uma sociedade se fecham as vias institucionais, as pessoas têm duas opções: ou hesitam ou vão às ruas pacificamente lutar pela liberdade”. Ela exibiu aos senadores um vídeo com cenas da repressão aos protestos e contou que sua família está aterrorizada diante das agressões que ela própria sofreu. “Sofri agressões físicas dentro do Parlamento e nas ruas. É uma estratégia do poder público para me aniquilar. Tentaram pela força, com a agressão psicológica e agora pela via criminal. Creio que é uma confissão que põe em evidência ao mundo inteiro o caráter ditatorial da Venezuela”.
A venezuelana disse ainda que audiências como essa de que estava participando é algo “impensável” em seu país. “Não há liberdade de expressão. Como pode se chamar de Constituição algo que persegue, censura e tortura a população?”, disse. Para María Corina, na Venezuela não há um conflito ideológico entre esquerda e direita, mas um conflito entre “a ditadura e a democracia, entre a Justiça e os atropelos, entre um regime opressor e um povo que clama por liberdade”.  
Silêncio conivente – Logo ao desembarcar na capital, a opositora falou sobre o silêncio do governo brasileiro diante da repressão aos protestos no país vizinho, e disse que "o tempo para a indiferença já passou". "O regime do senhor Maduro nessas últimas semanas ultrapassou uma linha vermelha”, disse. “Na Venezuela, não há democracia. Há um regime que atua como uma ditadura e por isso não há espaço para a indiferença. Porque a indiferença seria a cumplicidade".
Já no Senado, ela classificou de “incompreensível” a postura de muitos países, “que foram tão ativos nos casos de Honduras e Paraguai e dão as costas à Venezuela”. Nos dois casos citados pela opositora, o Brasil teve uma postura ativa: condenou a deposição do presidente hondurenho Manuel Zelaya – que rasgou a Constituição de seu país para dar um golpe – e suspendeu o Paraguai do Mercosul depois do impeachment de Fernando Lugo (que respeitou a Constituição), em uma manobra para incluir a Venezuela no bloco, já que o Paraguai era o único país ainda contrário à entrada do novo membro. Diante das barbaridades cometidas contra opositores na Venezuela, o Brasil opta por apoiar o Estado repressor. 
Mandato cassado – O governo Maduro endureceu a repressão contra os estudantes e também contra opositores como María Corina, que teve seu mandato cassado na última semana sob a alegação de que teria ferido a Constituição ao aceitar usar o espaço do Panamá na Organização dos Estados Americanos para falar sobre a crise em seu país. O depoimento foi silenciado pela maioria dos países membros da entidade, incluindo o Brasil. O Supremo Tribunal de Justiça, sob influência do chavismo, manteve a cassação. 
A deputada, uma das mais votadas da Venezuela, rejeita a decisão. Ela destacou que chegou ao Brasil “mais deputada do que nunca”, pois esse cargo lhe foi dado pelo povo, “e só o povo” pode tirá-lo. 
O convite para falar no Senado foi feito na semana passada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Os dois se encontraram em Lima, no Peru, e o peemedebista disse ter ficado “muito chocado" com o que ouviu da opositora venezuelana. A convidada foi recebida na comissão sob gritos de “golpista” por um pequeno grupo que usou o mesmo termo que Maduro emprega contra os protestos da oposição. Na verdade, o que motiva as manifestações diárias em várias cidades venezuelanas são as políticas de Maduro, que contribuíram para afundar ainda mais a economia venezuelana, aumentar a insegurança e apertar o cerco contra a liberdade de expressão e de imprensa. Do site da revista Veja - a única publicação verdadeiramente independente do Brasil!

9 comentários:

Anônimo disse...

Para María Corina, na Venezuela não há um conflito ideológico entre esquerda e direita, mas um conflito entre “a ditadura e a democracia, entre a Justiça e os atropelos, entre um regime opressor e um povo que clama por liberdade”. “Na Venezuela, não há democracia. Há um regime que atua como uma ditadura e por isso não há espaço para a indiferença. Porque a indiferença seria a cumplicidade".
Não gostei desse posicionamento em cima do muro, muito embora ela clame por falta de democracia.
Ela não é muito clara, como não foi a Yoani Sanchez. Segundo informações, essa última é contra os Castro. Somente! Mas é socialista de carteirinha. Por isso estranhei muito a sua saída tranquila da Ilha para fazer um proselitismo que a mim não convenceu. Os ataques foram teatro. Uma tremanda jogada! Ou alguém discorda?
A Senhora Corina não pode ter medo de falar em alto e bom som a ideologia em curso na Venezuela, já que hoje temos essa simbiose louca, o capimunismo, neo-comunismo, ou capitalismo de estado, enfim todo mundo doido por dinheiro.
Odilon Rocha - JP/PB

Giovanna Castellao, Alexander Carrizo disse...

Parabens pelo post, Sr. Aluizio Amorim... muito bem escrito, como sempre! Segundo o Senador Alvaro Dias, o pequeno grupo de manifestantes que chamavam a Dep. Maria Corina de golpista sao do Movimento Sem Terra (MST). Nao sei o que esse grupo tem a ver com a Venezuela? Sera que eles trabalham para o PT e aliados?

Giovanna Castellao, Alexander Carrizo disse...

Sr. Odilon... acho que o sr. confundiu educacao com ficar em cima do muro. Vc acha mesmo que uma mulher que ja foi agredida e quebraram o nariz dela dentro da Assembleia em Caracas por falar o que ninguem tem coragem de dizer, eh uma pessoa que fica em cima do muro? Essa mulher, ontem, tomou um bombardeio de gas lacrimogeneo pq queria assumir o lugar dela, de deputada eleita pelo povo, na Assembleia Nacional em Caracas, eh uma pessoa que fica em cima do muro? Corre risco de vida, de ser presa, censura total... e tudo isso por falar o que pensa, eh uma pessoa que fica em cima do muro?

Anônimo disse...

Parte da audiência na qual a deputada responde as perguntas de Suplicy, Ana Amélia e Randolfe.

https://www.youtube.com/watch?v=XH0szM1CPAg

Anônimo disse...

Sei que é só um detalhe, mas além dos atributos de guerreira ela é linda, oque é inaceitável para algumas harpias hororrosas e despeitadas da esquerda.

Edgar_MorenoB disse...

Mulher corajosa María Corina Machado, orgulho do povo da Venezuela foi recebido e ouvi com muito entusiasmo pelo Senado brasileiro, ato que nos enche de alegria, e podemos reconhecê-lo como o sentimento do povo brasileiro, não o seu governo.

Anônimo disse...

Anônimo disse...
Sra Gionanna Castellao
Aceito as suas colocações em achar que estou exagerando ou duvidando.
Sou democrata liberal republicano.
É óbvio que as atitudes da Sra Maria Corina são louváveis e apontam para uma intenção bem definida. Se ela não fizer o que está fazendo, quem mais vai fazer?
Ao saber da verdade sobre a Yoni Sanchez, que, no duro, não estava errado, me decepcionei.
Preste bem a atenção quando ela diz que não é briga de direita(democracia) ou de esquerda (socialismo, comunismo). É o que então? Gostaria que ela deixasse claro; só isso! O blogueiro semprte deixa muito bem claro a questão ideológica, não é mesmo?
Dizer que é ditadura, pode ser direita ou esquerda!
Educação? Ela é educadíssima, bonita e elegante. Existe sereia assim também, até que me prove o contrário.
Educação é uma coisa, linha ideopolítica é outra.
Abraço
Odilon Rocha JP/PB

Anônimo disse...

Muito bonita e delicada.Diferente dos canhões do ministério, Câmara e Senado do Brasil,com exceção da senadora Ana Amélia que é uma senhora bonita e de muita classe.

julia disse...

COM MUITO REPEITO Sr. ANONIMO,
1º= ;ANONIMO NÃO EXISTE
2º QEM ESTA ENCIMA DO MURO E O SENHOR.
3º A DEPUTADA Sra. MARIA CORINA MACHADO,E UMA MULHER DE FIBRA E CHEIA DE CORAGEM TOTALMENTE DEFINIDA POLITICAMENTE .
O Sr,ANONIMO QUE PARECE SABER , ENTENDER TANTO, NÃO DEVE TER A CORAGEM QUE A Sra. CORINA TEM DE SOBRA , VIVA VENEZUELA LIVRE DOS CASTRO