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domingo, julho 24, 2011

O JAZZ E A BOSSA NA VOZ DELICADA DE STACEY KENT. UMA DÁDIVA NESTE DESERTO MUSICAL QUE TEM CARACTERIZADO O SÉCULO XXI



Um dos melhores shows musicais dos últimos tempos no Brasil acontecerá em Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, com a voz delicada e incisiva que Stacey Kent. Embora não a conheça pessoalmente, tenho que lhes dizer que já a conheço musicalmente há um bom tempo. 
Por acaso descobri Stacey no YouTube e postei imediatamente aqui no blog em 2008 como vocês podem conferir aqui. E logo após essa agradável descoberta consegui comprar um dos últimos CDs dessa fabulosa artista Breakfast on the Morning Tram. No YouTube vocês poderão encontrar vários vídeos com suas interpretações.
Stacey é uma cantora de jazz extraordinária e que passeia com desenvoltura pela bossa nova e pelas canções francesas. Poliglota, como verão na entrevista que concede à Veja no primeiro vídeo acima, além do inglês, fala fluente o francês e o português. No segundo vídeo ela interpreta Águas de Março, de Tom Jobim. Lá no site de Veja há mais alguns vídeos dela cantando e vale a pena conferir. 
Trancrevo um bom texto biográfico sobre Stacey Kent que está no site da revista Veja. Eis aí um belo show musical, sobretudo civilizado e de bom gosto, coisa cada vez mais rara neste século XXI. Leiam:
Na primeira semana de agosto, a cantora americana Stacey Kent se apresenta em Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. Os shows fazem parte do festival I Love Jazz, que traz ainda a pianista Judy Carmichael, o trompetista John Faddis e o guitarrista Buck Pizzarelli. Stacey diz que ama o Brasil – e isto está longe de um elogio pró-forma. Ela toma aulas de português e já declarou várias vezes o quanto aprecia a música de compositores como Caetano Veloso e Chico Buarque. E cada visita da cantora ao país é uma lição de simpatia, talento, profissionalismo e paixão.
Nascida em Nova York, Stacey Kent mudou-se para Oxford, na Inglaterra, no ano de 1991, onde estudou jazz na tradicional Guildhall School of Music and Drama. Ali conheceu seu futuro marido, o talentoso saxofonista Jim Tomlinson – e por conta dessa paixão ela firmou suas raízes na Europa. Em 1997, Stacey Kent lançou seu disco de estreia, Close Your Eyes, que trazia standards de clássicos de Cole Porter, da dupla Jerome Kern e Johnny Mercer, entre outras canções. A discografia dela traz ainda álbuns inspirados no repertório dos filmes de Fred Astaire, do compositor Richard Rodgers e um composto apenas de sucessos gravados por artistas do sexo masculino. Breakfast on the Morning Tram, lançado quatro anos atrás, trazia outros elementos à música de Stacey. Havia canções escritas em parceria com o escritor Kazuo Ishiguro e flertes com o pop e a MPB. Boa parte desses ingredientes foi mantida nos discos seguintes da cantora.
Stacey é uma das melhores intérpretes da atualidade. Tem uma voz delicada, porém expressiva (que dá um novo sentido a canções como I’m Gonna Wash That Man Out of My Hair, do musical South Pacific, e Las Saison des Pluies, de Serge Gainsbourg),  e transforma qualquer canção pop num standard de alto escalão – como se pode perceber em Jardin d’Hiver, de Benjamin Biolay e Keren Ann. O repertório de Stacey também foge do óbvio, vide seu último disco Raconte-Moi, que traz uma versão em francês de Águas de Março, de Tom Jobim, além de pérolas da chanson. Para o VEJA Música, Stacey, além de encantar toda a equipe do programa, preparou quatro números musicais: Les Eaux de Mars, Mi Amor (de Claire Denamur), I’ve Grown Accustumed to His Face (da dupla Alan Jay Lerner e Frederick Loewe) e Landslide (de Stevie Nicks). Há de se destacar o Trio Corrente, que atuou como banda de apoio de Stacey Kent. Do site da revista Veja

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