O embaixador colombiano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Hoyos, disse nesta quinta-feira, 22, que há cerca de 1,5 mil guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em três acampamentos em território venezuelano.
Em uma reunião convocada a pedido da Colômbia no órgão, Hoyos apresentou fotos de guerrilheiros mortos, segundo ele, na fronteira com a Venezuela. O embaixador pediu a criação de uma comissão da OEA para verificar a presença guerrilheira no pais vizinho.
O diplomata colombiano assegurou que há três acampamentos das Farc na Venezuela, batizados de 'bolivariano', Ernesto e Berta'. Alguns deles estariam há 23 km dentro da fronteira venezuelana, no estado de Zulia.
As informações apresentadas na reunião, ainda de acordo com o embaixador, vieram do computador do ex-líder das Farc Raúl Reyes, morto em uma ação no Equador em março de 2008 e de guerrilheiros desmobilizados.
"Temos de dizer ao povo da Venezuela que fiquem atentos à ameaça das Farc", disse Hoyos na reunião.
"Tomara todos os países façam da luta contra o terrorismo um marco democrático, como aconteceu com a Colômbia", completou.
Venezuela nega
O embaixador venezuelano na OEA, Roy Chaderón, classificou as acusações mostradas pelo colega colombiano Luis Hoyos de mentiras evidentes e maliciosas.
Na quarta-feira, o governo colombiano entregou ao embaixador o material a ser apresentado na reunião. Mapas e vídeos seriam provas de que os rebeldes estão no país vizinho.
Hoyos disse também na quarta que a Colômbia não pretende que o governo da Venezuela seja condenado pela OEA com sua petição de uma reunião extraordinária e disse que o que interessa é que seu vizinho do norte "coopere, como é sua obrigação". Leia MAIS
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